Capítulo 7

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Nada me poderia tirar da minha escuridão, absolutamente nada. Pelo menos era o que eu pensava antes de eu me cruzar com ele e de acontecer todos estes acontecimentos. Foi como se derrepente eu acordasse de um grande pesadelo em que não conseguia ver mais nada sem ser apenas a escuridão e todas as bofetadas que me deram até chegar a este momento.

Obviamente que não consigo afirmar que ele é igual aos outros rapazes ou até mesmo aquelas pessoas que me odiavam sem nem sequer me terem dirigido uma única palavra para me conhecer. Não, ele é é diferente. Eu sinto isso. Porque de cada vez que o via, o meu coração acelerava. Eu sentia aquela maldita sensação das borboletas no fundo da minha barriga. Um sorriso surgia na minha cara vindo do nada e, saber que, ele sente o mesmo que eu e que literalmente se tenha declarado a mim foi como se tivessem tirado a dor e a solidão que permanecia em mim.

Depois da declaração que ele me fez, ele simplesmente pediu que eu não falasse nada e que apenas deixasse as coisas fluírem. E eu agradeci por ele ter dito aquilo porque sinceramente não conseguiria dar uma resposta plausível pois ainda estava meio anestesiada pelo que acabara de acontecer momentos atrás.

Ele apenas entrelaçou a sua mão com a minha e me guiou até á minha casa. Despediu-se de mim com um beijo demorado na minha bochecha que agora estava da cor de um tomate e, disse me que amanha de manhã me vinha buscar para então passar-mos o dia juntos a passear por Lisboa para ele conhecer a cidade. A última coisa que o vi fazer foi lançar-me um sorriso de lado e sumiu pela rua.


De manhã, no dia seguinte, acordei bem disposta e com uma felicidade que não habitava em mim há já muito tempo. Não tive pesadelos durante a noite o que foi estranho, pois sempre os tinha e acordava sempre a meio da noite assustada, mas parece que decidiram me dar um pouco de paz. Lembro-me imediatamente do momento entre mim e o Harry ontem e toco nos meus lábios com um sorriso parvo na cara enquanto pensava no acontecimento. Quem te viu e quem te vê Ana! Muito bem, a menina anda toda apaixonada! Deixo o meu subconsciente de lado e alevanto-me da cama para tomar o meu banho matinal. São apenas 10:30 da manhã e não me preocupo muito com o tempo, pois ele só deve chegar pelas 11:20. Depois do meu banho tomado, tomei logo atenção nas roupas que vestiria, e depois de preparada desci as escadas e dirigi- me á cozinha fazendo uma sandes e indo para a sala onde reparei que estava a Cláudia e o meu pai.

- Bom dia gente - tento não parecer muito animada pois normalmente costumo acordar com os azeites e não quero que eles me perguntem o porque de estar alegre.

Dirigi-me até ao meu pai dando de seguida um beijo na sua bochecha sentando-me ao lado da minha irmã no sofá, ficando de frente com o meu pai enquanto o mesmo olha atentamente para a televisão.

- Então maninha, acordaste bem disposta já vi - a mesma me dá um sorriso e eu dou-lhe uma careta como retorno como quem não quer conversa.

- Não contêm comigo para o almoço, vou sair com um amigo meu e devo chegar perto do jantar- por favor Cláudia não digas nada fica só calada améliaaaa.

-Oh amigo? Ou queres dizer o Harry? - vira-se para mim com um sorriso diabólico e apetece-me bater-lhe com uma panela.

- Harry? - O meu pai solta um olhar intrigado e ao mesmo tempo desconfiado.

- Haa sim pai, andamos na mesma turma, e como ele chegou há pouco tempo ele pediu-me se eu poderia lhe mostrar a cidade - por favor não fiques corada Anaaaaa.

- Hummm... está bem, fico contente que andes a fazer amigos novos, já não te vejo com um sorriso desses há muito tempo. Apenas te peço que tenhas cuidado - diz enquanto olha para mim com um olhar honesto mas ao mesmo tempo amoroso.

Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora