CAPÍTULO 89

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Pai - Tem calma filha, eu já sabia. E ao contrário do que vocês pensem eu apoio - Diz descontraído mantendo o seu olhar diante do volante.

- O quê? Mas pai.. - Estou sem palavras.

Desde quando é que é normal apoiarem a gravidez de uma rapariga com vinte anos? Assim tão tranquilo da vida como se não dfosse nada assim tão grave?

Pai - Eu descobri ao mesmo tempo que o Harry. Ao início também fiquei assim como tu estás, mas a verdade é que eu percebi que o Harry também não estava à espera. percebi que isso foi algo não intencional. E questão da idade é meramente um número. Tu tens a tua vida e por muito mau que isso possa ser agora, como disse, eu vou estar aqui para vocês.

Estou perplexa.

Pai - Claro que existem métodos contraceptivos que te tinha falado Ana - Olha para mim num tom sério - Mas agora não se pode fazer nada. O que já está feito, está feito - Olha de novo para a estrada.

Harry - Para que fique esclarecido, eu juro que irei tomar todas as precauções com a Ana e, obrigado pelo apoio Carlos - Pousa a sua mão em cima do ombro do meu pai.

Pai - Eu sei que estou descansado em relação a vocês, mas vocês sabem o que uma criança acarreta, certo? Infelizmente fui deixado com duas crianças ainda por criar e não foi facil, mas elas criaram-se. Não foi fácil não, mas nada na vida o é, portanto dá minha parte do que precisarem já sabem mas - Há sempre um mas - Agora têm que contribuir com a vossa. Quero que vocês acabem a universidade e que endireitem a vossa vida.

Uma das qualidades que o meu pai tem, é que não ele não julga as pessoas pelo que são ou pelo que fizeram. O que conta é o que demonstram à sua frente e eu sei que ele sabe que o Harry pode, é consegue tomar conta de mim, de nós.

- Iremos pai, serão as nossas responsabilidades. Acabar a faculdade e criar esta criança - Sorri passando a mão pela barriga.

Harry - Pode contar com isso, obrigado pela compreensão.

Pai - Já contaram aos teus pais Harry?

Sem contar com esse pormenor, apanharam me desprevenida. Como será que eles iram reagir?

Harry - Ainda não.

Pai - Bem, tenham isso em atenção.

Ele estaciona o carro em frente à garagem da minha casa e um remoer na minha barriga realça-se. Voltar a esta casa dá-me arrepios. Quando o meu pai abre a porta da frente foi como se caísse novamente nos acontecimentos que ainda hoje me florescem na cabeça de uma péssima maneira.

Harry - Hey. Estás bem?

O seu olhar preocupado acorda-me quando o sinto a massajar os meus braços. praticamente paraíso assim que vejo aquelas escadas de novo. Quem me dera que me tivesse ido embora quando senti que algo mau estava para acontecer.

- Não sei.. Eu acho que não... - Choramingo de nervoso.

Tremo assim que um suor nervoso se exalta pelas minhas mãos. Toda a minha cabeça começa a latejar assim que o meu pai se cerca diante de nós.

Pai - Então filha? O que se passa?

Assim como Harry, o meu pai começa a tentar falar comigo e eu apenas consigo responder pelo olhar. Quero sair daqui o mais rápido possivel.

Cláudia - mana, o que se passa? - Desce as escadas rapidamente assim que me vê.

- Eu... Eu só quero sair daqui, eu não consigo, não consigo...

As lágrimas já tomam conta de mim e as minhas mãos escondem a minha face. Respirar tem sido difícil para mim sendo que nem isso consigo controlar de momento. O Harry enrola os seus braços ao redor do meu corpo e as únicas coisas que consigo ouvir são " Eu vou levá-la para minha casa e ela fica lá comigo até que se sinta pronta para voltar para aqui " e um " Eu vou preparar uma mala com tudo o que ela possa necessitar ".

Harry - Tem calma princesa. Eu estou aqui - Massaja as minhas costas, embalando-me - Ele já não está aqui. prometo estar aqui sempre para te proteger e juro que vou fazer de tudo para que nada de mal vos aconteça - Susurra ao meu ouvido, ouvindo os meus soluços e sentindo os meus tremores.

Do nada, o meu corpo é transportado pelo seu corpo musculado e sou levada para a sua casa. Mal encosto a minha cara, junto ao seu pescoço, um perfume masculino reage com o meu emocional. Um cheiro de que eu já sentia imensas saudades de sentir e, foi precisamente isso que me acalmou. Foi como se me tivesse levado novamente aos momentos que hoje perduram na minha memória. Como quando nos deitavamos no sofá a ver um filme qualquer, eu e ele, deitada em cima do seu torso enquanto recebia carinhos na cabeça e ouvia o seu bater cardíaco tal e qual como se fosse uma música de embalar.

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POV HARRY

Entro em casa com ela ao colo. Subo as escadas e vou até ao meu quarto onde pouso o seu corpo em cima da minha cama.

Eu queria poder terminar com todos aqueles pensamentos que flutuam naquela cabeça. Poder apagá-los tal e qual como se estivesse num computador. O psicólogo que a acompanhou, no pouco tempo que pôde estar com ela, avisou-nos que ela provavelmente iria ter dificuldade, a principio, em conseguir lidar e ultrapassar com sítios que foram traumáticos para ela. Que possivelmente os pesadelos poderiam aparecer e para ter paciência com ela.

Não questionaria duas vezes, se pudesse passar parte daquele inferno que se passa naquela cabeça, para mim. Sei o que é passar por problemas que se tornaram maiores do que ao que pareciam ser, mas isto é bem pior. É algo que ficará para a vida, mesmo tentando passar como se fosse algo desercebido.

É uma ferida que talvez nunca sare. Algo que possivelmente eu acho que vá ser difícil para a Ana. Mas nada posso fazer a não ser, ser compreensivel e apoiar o quanto eu puder.

- Já estás mais calma? - Massajo o seu cabelo deitando-me ao seu lado e beijando o seu rosto que continua um pouco mais expressivo do que há momentos atrás.

Ana - Eu acho que não vou conseguir voltar aquele quarto - Funga pelo nariz olhando-me nos olhos.

- Não precisas de o fazer, eu percebo assim como todos. Até irmos para Inglaterra, podes ficar aqui comigo amor - Limpo o rasto de uma lágrima ao redor da sua bochecha.

Ana - E os teus pais? Eu não quer...

- Tu não incomodas nada , e eles disseram que podias ficar o tempo que quisesses então.. - Beijei aquela boa assim que terminei.

Ana - Obrigado Harry, eu não sei o que faria se não vos tivesse na vida - Abraça-me com força.

- E eu quero que saibas que não há nada neste mundo que eu mais quero sem seres tu - Beijo o seu nariz retirando dela uma gargalhada fofinha.

Ana - Temos de contar aos teus pais - Delineia com os seus dedos, a pele do meu braço causando-me arrepios.  Com ela é assim. As pequenas coisas tomam de mim, sensações às quais sou incapaz de expressar.

- Podemos aproveitar o jantar de hoje o que dizes? - Sorri.

Ana - Parece-me bem - Ela sorri mas momentos depois o seu sorriso desvanece-se, acabando por ficar séria.

- O que se passa? - Desvia o seu olhar do meu.

Ana - Nada eu.. - Volta a sua atenção para o meu rosto, encarando-me - Bem... Eu acho que não deva esconder o estar aqui com rodeios...

Ana - Eu acho que deva falar com o Michael, para poder ultrapassar isto e também porque quero saber  o que o levou a fazer aquilo.

O QUÊ?

- Ana - Sento-me rapidamente na cama olhando-a - Tu nem penses que...

Ana - Nada do que tu digas me vai fazer repensar na minha decisão. Eu quero fazer isto e vou fazê-lo Harry!

- Ana, ele não merece a tua atenção quanto mais... Ele violou-te por amor de Deus! Tu não consegues interar-te disso!? - Concetro-me na ira que vai tomando conta de mim tentando me acalmar - Tu não vais e ponto final!

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OI OIII

Como é que estão?

Acho que o Harry não levou a bem a decisão da Ana, eu acho que também não levaria, mas.....

Comentem muito e votem!

Kissssseeeessssss

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Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora