Only Angel |PT

Capítulo 70

Mais uma vez, obrigado a cada uma por ter retirado um pouco do seu tempo para me desejar os parabéns, vocês são as melhores, e por causa disso vou tentar publicar dois capitulos seguidos.

Preparem-se, o terror chegou!!

Boa leitura, angelss!

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XXX - HARRYYY, PORRA HARRYYY!! Niall vem cá, fodace!! Ajuda-me, chama uma ambulância!

Sinto pancadas desenfreadas no meu rosto. Quero me mexer, mas sinto-me incapaz. Já alguma vez tiveram um pesadelo tão mau mas tão mau, que desejaram querer acordar e não conseguem? O medo cresce, assim como a ansiedade. Tentas espernear-te ao máximo, não querendo fazer subir o medo, mas ele continua lá e esse mesmo sentimento vai-se apoderando a ti, pouco a pouco. 

Toda a gente tem telhados de vidro. Se não cuidas dele, pequenas brechas se vão começando a fissurar. O tema da vida é esse. As mentiras.. Um dos pontos negros da vida, é que mais tarde ou mais cedo o que escondes vai-se libertar da jaula que tu próprio fizeste á volta disso para esconder algo que não convém com que as pessoas saibam. E quando deres por ela, o telhado vai-se partir, e isso acarreta inúmeras consequências. E uma delas sou eu. Sou eu próprio que tenho que apanhar os cacos que o telhado da Ana fez. Só não pensei que, ao tentar pegar cada um, que me cortasse. E eu estou a sangrar. Internamente.

Não me sentia preso. Sentia-me vivo ao lado dela. Perfeitamente lúcido. E não sou abusivo ao ponto de pensar que ela apenas fará ou estará com quem eu quero quando eu quiser. Não... Se eu não posso, porque, neste caso houve uma força superior a separar-me dela, eu não consigo viver. Sem ela, não vejo o céu sorridente com o sol a aparecer como quando estávamos juntos. Não me vejo a encontrar mais alguém a não ser ela, ao fundo da esquina. Não me vejo a amar outra pessoa se não ela. E esta paixão ardente? Ela não evaporou. Manteve-se bem aqui. A tilintar no meu peito como se não houvesse amanhã e então apenas há uma maneira de me condenar ao sofrimento que me tem atormentado.

É isso mesmo que estou a querer fazer. Sem sucesso infelizmente. Abusei. Eu sei que abusei. Mas eu não tenho culpa. A culpa é dela. 

Dela.

Só dela, fodace.

Foram os atos delas que falaram mais alto. Foram eles que me fizeram ir ao supermercado da esquina e comprar whisky. Garrafas. Não me perguntem quantas. Só me inteirei do que tinha feito, quando a minha visão ia ficando embassada, até ao momento em que ficou turva e eu cai. Mas eu não me arrependo. Se ele assim o quer, por alguma razão é. A minha missão aqui em baixo, foi cumprida. Só ainda não cheguei á conclusão do que seja. E, aparentemente, nunca saberei.

Niall - Eles já vêm a caminho, deita-o de lado Louis, agora!

Umas mãos grossas agarram o meu torso, virando-me de lado. Não sinto nada. A dor que sentia, já não se evidencia. O meu corpo pouco sinal dá. Sinto-me mal. Mas de certa forma, o pensamento de que possivelmente posso morrer, dá-me prazer.

Talvez isto acabe tão rápido quanto começou. Os estalos que continuo a sentir na minha cara em nada se comparam á dor que estala no meu coração. Quero morrer. Deus.. Deixa-me morrer. Se estás ai, apenas ouve-me. Faz o que eu te digo, pelo menos uma vez na vida, já que das outras vezes não mexeste uma palha..

Porra. Se dói... Só consigo pensar que não me vou safar desta..É o que mais quero...

Louis - Ele está a respirar mas o coração bate pouco! Isso é normal?! E-eu não faço ideia e-eu..

Oiço os paramédicos a chegar. O meu corpo é posto em cima de uma maca pelo que penso e consigo ouvir os soluços desenfreados dos meus amigos.

A única coisa que eu gostaria de deixar explicito e que odiaria fazer e que acontece-sse era, para que ninguém sentisse a minha falta. Que não derramassem uma única lágrima por mim. Que me deixassem ir em paz.