Capítulo 33

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É dificil poder descrever o sentimento que corroi todo o meu ser. Nunca antes me tinha sentido assim, desta forma. O medo percorre todo o meu corpo e sem puder controlar, o meu coração começa a dar um certo alerta pelo seu bater apressado. Sinal de que estou num elevado e enorme estado de euforia.

Quando o nervosismo bate à porta é assim. A sensação das borboletas por todo o lado, cólicas, suores frios, mãos húmidas, sem contar com o pormenor de quando começo a tremer por todo o lado como uma vara dançante. ..

E então eu que sou a melhor pessoa para puder explicar este remoinho de sensações!

Realmente sempre disseram que os homens são seres complicados de se perceber, e é verdade! Sem sombra de dúvidas, se bem que as mulheres também chegam perto do mesmo patamar, mas há coisas que são inexplicáveis.

E a coisa que mais me aborrece no meio disto tudo, é de facto a maneira como esta situação com o Harry me fez ficar!

Agora é que realmente consigo sentir aquele maldito sentimento de quando nos chatiamos com alguém que, em apenas um instante, nos roubou o coração.

É inevitável por algum momento na nossa vida, pensarmos que somos inquebráveis, que nada é incapaz de nos parar ou de estilhaçar o nosso coração. Eu própria pensei isso, mas a pura verdade, é que quando nos acontecesse algo e nós ficamos sem chão, sem conseguir dar de caras com o amanhã sem saber se por ventura conseguimos chegar até a ele, que duvidamos cada vez mais de nós próprios. Que às vezes as palavras são uma mera ilusão do que espelha os nossos sentimentos.

Ilusão.

Uma palavra simples com 6 letras mas que possui um grande significado. E que pode ou não, acarretar com ela, dor.

E é precisamente nisso em que estou dividida. Entre o Harry gostar de mim ou se apenas me está a iludir e anda a trair me com outra ao mesmo tempo que está comigo.

Ele gosta de ti Ana, acredita...

A verdade é que de nada sei já. A maneira como ele saiu de ao pé de mim. A forma de como ele saiu sem ao menos me dizer um adeus.

Cheira me que tudo isto tem algo a ver com a minha prima e que a história não é boa, mas a verdade é que não percebo como ela consegue ser assim..

Nunca gostei deste tipo de gente, sem escrúpulos e com esta podridão, ai jesus, só de pensar já fico enjoada..

Agora consigo perceber finalmente do meu pai, quando ele disse que a família da minha mãe era assim desta maneira...

Tento ganhar forças para bater à porta do quarto do meu namorado, mas a mesma não chega. É como se algo me impedisse de o fazer, talvez o medo de ser rebaixado ou algo do género.

Tinha acabado de desistir da ideia de falar com ele, quando a porta diante de mim se abre.

Um ser de olhos esverdeados e cachos selvagens surge e quando o seu olhar cruza com o meu, uma faísca recai sobre o meu corpo e é impossível não sentir a conexão entre nós dois.

Harry: Ana? Que estás aqui a fazer?

- Hamm.. Pois eu, vi-vinha falar contigo mas eu esqueci me que tenho de ir passear o cão - meu deus, não conseguias melhor desculpa Ana?

Harry: Que eu saiba não tens nenhum cão - sorri.

Deus. Santa madre Teresa de Calcutá, ajudai me a combater o embaraço e a vergonha que eu sinto neste preciso exacto momento, e já agora se for possível, tele-porta me para Marte!
Mas alguém me sabe explicar de onde é que este gajo foi buscar o cérebro assim tão rápido?!

-Pois eu, hammm, o meu pai deu um á minha irmã e agora sou eu que tenho que ir sempre passeá-lo- por favor! Pela alma do bichano não perguntes mais nada!

Harry: Se quiseres posso ir dar uma volta com vocês. Já agora, como é que ele se chama? - Haroldo Estilos não me provoques!!

-humm, pois... Digamos que ele não existe. Eu...bem... Eu vinha falar contigo mas acho que me arrependi - que estás a dizer Ana?! Andaste a comer merda às colheres?!

Harry: Porquê? - se havia algum momento em que eu pudesse ficar mais envergonhada, seria agora devido ao olhar interrogador que o mesmo me manda.

- Porque, bem.. Pareces estar bem, estás a sorrir e tudo.. - o chão nunca me pareceu tão bonito como agora realmente.

Harry: Às vezes és capaz de ser um pouco totó - ri se - sorri porque fiquei feliz de te ver e já tinha saudades tuas - a sua expressão esmorece enquanto coça a parte de trás do pescoço.

- Asério?

Harry: Claro que sim, não sei se ainda sentes o mesmo mas, eu ainda gosto de ti e desde aquele momento em que sai disparado do hospital que, ando a pensar muito e realmente queria te pedir desculpa pelo que aconteceu. Não foi justo para ti esconder te o que se tem andado a passar ultimamente e não tem quaisquer justificação.

- Sabes eu só quero que saibas que irei te apoiar acima de tudo. E não me importo com os obstáculos que surjam, apenas quero que saibas que irei estar aqui sempre para ti - sorri.

Harry: Eu prometo te contar tudo tintim por tintim, apenas peço que tenhas paciência comigo. Ainda estou a tentar digerir tudo - abraça me.

- Acho que estás a tentar digerir é aqueles cabelos loiros oxigenados.

Harry: Ainda não sabes a história mas não tenhas medo que já me roubaram o coração e que é impossível gostar dela como eu gosto de ti bebé.

- Hummm não sei não sei...

Harry: Acredita que era incapaz de te fazer isso, especialmente a ti.

- Porquê eu?

Harry: Porque és a única que me faz sentir diferente e fazes com que as muralhas à volta do meu coração derretam.

-Tipo manteiga?

Harry: Sim, tipo manteiga - ri se - amote tanto pequena, tu nem sabes... Estes dias sem ti fizeram me trepar paredes.

E com um único beijo, consigo acalmar tanto a minha alma como o coração. Tinha tantas saudades dele.


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Hello angels!!

Eu não sei se aquele problema daquele site que clona as obras, já foi extinguido maassss eu não consiga deixar de vir aqui ao watpadd e não actualizar a Only Angel. Só Deus sabe as saudades que já tinha de escrever mais um capitulo.
Espero que tenham paciência, pois a escola ainda não acabou e os trabalhos também não.

Bem, espero que tenham gostado tal como eu e gostaria imenso que votassem e comentassem!

Obrigado e bjssszzs

All the Love <<3


Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora