Continuação...
- Eu só... Eu preocupo-me com ela, aliás estou preocupado como tudo, inferno! - Alevanto-me e dirigo-me a uma janela ao fundo do bar onde estávamos. Os carros passam, as pessoas quase parecem pequenos pontos e atrevia-me a chamá-los de formigas de tão pequenas que pareciam vistas de aqui de cima.
Constância - O que me é que estás a esconder? - Pousa mais uma vez a sua mão no meu ombro - Conta-me. Eu sei que te posso ajudar e evitas de dizer que não se passa nada porque do pouco que eu te conheço, acredita que passei imensas horas a ouvir alguém a descrever-te como se te conhece-se desde pequeno - Ri-se ao de leve mirando-me.
- Eu odeio vê-la assim, cada dia que passa e saber que ela não faz mais porra nenhuma sem ser olhar para o ar! Eu não quero que lhes aconteça nada de mal, não outra vez! Não com ela! - Engulo a pouca esperança que ainda me resta.
Empurro a minha mão contra a parede, impulsionando-me contra ela. Não quero voltar a passar por aquilo de novo. Principalmente com a Ana... Eu não a quero a ver a sofrer mais do que já está.
Constância - Por favor tu... tu disseste essas duas palavras no plural!? Tu estás mesmo, a f-falar assério? A Ana está.. - Fala chocada. Os seus olhos dizem tudo e nada ao mesmo tempo.
- Grávida. Sim ela está. E porra! Se não dói como tudo vê-la neste estado - Murmuro com o coração a latejar contra o meu peito.
Constância - Desde quando sabes isso? Quando é que aconteceu, quando.. quando... - Tenta se expressar.
- Calma.. Eu sei apenas há poucos dias e, assim como tu, eu tive a mesma reação de como quando recebi a noticia - Penteio com a mão o meu cabelo retirando alguns fios de cabelo para trás.
Constância - E sabes de quanto tempo ela está?
- Não quer dizer. O médico chamou-me a mim e ao pai dela para falarmos em privado. Não sei mais nada se não facto de ela estar á espera de um filho meu. Mas suspeito daquela vez em que fui parar ao hospital devido ao álcool. N-nós tivemos uma recaída. Bate certo tendo em conta as datas. Não faz mais do que quatro, cinco meses.
Constância - E como é que o pai dela reagiu? Já lhe contaste? - Ainda chocada, questionada.
- Aparentemente, com a maior calma do mundo. Temos falado pouco ou nada, mas do que fala comigo, não parece estar zangado ou triste com esta outra situação mas, por outro lado, ainda não tive a coragem para lhe dizer. Quer dizer, é tudo muito verde ainda e, é muito para dirigir. Quanto mais eu virar-me para ela e dizer-lhe que nós vamos ter um bebé, não é?
Constância - Vais ver que tudo vai voltar ao normal. Talvez isso seja uma bênção, um sinal de que isso veio para alegrar a vossa vida e assegurar de que vocês foram feitos um para o outro - Sorri abraçando-me - Meu Deus! Vou ser tiaaa!! - Gargalha estridentemente ao meu ouvido.
- Assim espero - Sorrio enquanto a abraço mais.
Realmente percebo o porquê de a Ana gostar assim tanto dela. A Constância é uma boa amiga.
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POV ANA
Porquê?
A única pergunta que se sobressai.
Questiono-me sobre a razão, ainda desconhecida, de ele ter tido a coragem de ter feito aquilo comigo. Sei que nem sempre fui justa com ele, que, talvez nem sempre lhe dei o devido valor ou até mesmo, a mesma quantia de amor que ele proferia a mim. Que todos os beijos não tinham o mesmo nível de intensidade a nível de importância ou até mesmo de sentimento, como para ele.
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Only Angel |PT
Romance"A realidade é que não te amo com os meus olhos que descobrem em ti mil falhas, mas sim com o meu coração, que ama o que eles desprezam e apesar do que vê, adora apaixonar-se" Inicio(17-04-2020) Fim (11-09-2021) #229 EM STYLES - 26 de Abril 2020 #2...