Only Angel |PT

Capítulo 24

«POV HARRY»

O tempo mais uma vez passou a voar, e quando dei por mim estava no Colombo em frente á tal loja da Toys r Us que a minha mãe tinha referido quando ainda estávamos naquele shopping na cidade de Londres. Hoje é dia 24 de Dezembro e tal como eu pensei, o Colombo estava apinhado de gente e agora que penso nisso não foi boa ideia tardar as coisas mas era impossível porque a Ana ,desde que voltamos de Inglaterra, tem estado sempre comigo e não foi possível ter ido buscar as encomendas que tinha feito.

Acabo por entrar e avisar um funcionário de que tinha feito uma encomenda ao qual referi o meu nome para que ele pudesse ir ver dela no armazém deles. 

Pelo menos faltava estas duas coisas para finalizar a minha surpresa para ela. Estava entusiasmado e ao mesmo tempo ansioso pela sua reacção, até porque não sei se ela vai gostar. Digamos que eu e o romantismo não somos melhores amigos, mas agora que a tenho a meu lado quero puder surpreendê-la e para isso tenho que me esmerar. Quero que ela saiba que ela é a única mulher que eu quero na minha vida, quero que ela veja o quanto a amo.

Depois de já ter pago pela minha encomenda, vou em direcção ao meu carro para por a mesma. Acham que eu vou andar com um peluche gigante atrás de mim? Quando já é difícil por si só, levá-lo nos meus braços. Abro a porta detrás e tento a todo o custo enfiar o peluche mas depois de algumas tentativas reparo que não consigo. Bolas, porque é que tinha que ser tão grande esta coisa?! Ainda por cima as pessoas não param de me olhar meio que a rir, como se fosse um maluco por levar um peluche tão grande.

"A ideia foi tua meu caro". Cala-te sub-consciente, só me faltavas tu para me atarantares o juízo. 

Olho para o carro e para o peluche e tenho uma ideia. Da bagageira para os assentos de trás, há uma espécie de escotilha que dá para rebaixar, ou seja, o peluche vai ter que ficar deitado entre os bancos e a bagageira. "Nice, Harry. Pela primeira vez espantaste-me com a tua inteligência" Mas posso saber porque carga de água ainda estás aqui?!

Depois de ter fechado o carro volto de imediato a correr para apanhar o elevador. Rapidamente chego á fnac, o lugar onde pretendia ir levantar a minha segunda encomenda, e vou falar com um funcionário da loja.

Sinto o meu coração a palpitar que nem um louco, e a verdade é que estou nervoso. Na minha mão já tenho os bilhetes físicos, para a minha menina e não podia estar mais feliz de mim. Quem me viu e quem me vê agora. Há alguns meses se me dissessem que me iria apaixonar e ficar maluco por uma simples rapariga, acho que daria cabo da cara dessa pessoa. Para quem me conheceu apenas naquele tempo em que a rebeldia surgiu em mim, iria-se espantar agora. Eu era um rapaz frio e sem coração, pelo menos era o que me diziam. Curtia com quantas raparigas eu quisesse e no final quanto já tinha recebido delas, o que queria, eu simplesmente ia-me embora. E foi desde aí que começaram a surgir várias bocas como " styles, o come todas" ou simplesmente "o player". 

Se me orgulhava? Nem por isso... quando as fodia era simplesmente porque a raiva se apoderava de mim devido ao meu pai, todas as memórias, a maneira como ele sorria enquanto abusava da minha mãe. E então descarregava em quem não tinha culpa do que acontecera. Sentia-me vazio. Oco por dentro como um coco, sabem? A comparação não é a melhor, mas vocês percebem.

Agora que tenho a Ana, já não me sinto da maneira como me sentia antes. Ela não é a simplesmente uma simples rapariga, ela, sem sobra de duvidas, é a "tal".Sinto-me bem, sinto que sou necessário na vida de alguém. Ser amado é das melhores coisas que há nesta vida. Saber que por causa dela, da maneira como ela fica envergonhada com as minhas bocas perversas ou pelo facto de ela me sorrir, eu sinto-me completo. Ela simplesmente parece varrer todos os pensamentos negativos, o meu lado obscuro como só ela sabe a fazer. Foi a luz que surgiu ao fundo do túnel, preenchendo todo o meu ser com o seu amor puro.