Capítulo 98

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John - Ha... - Puxou de uma faca e começara  aguçá-la com os dedos. Uma cara séria e mórbida habituava no mais velho. Michael temia os próximos minutos - A típica violação... Boa sorte rapaz. 

Michael - Foi algo... algo que nem eu sei explicar. Eu estava fora de mim. Eu não queria...

Pelos segundos, minutos, horas, dias e meses, que tinha passado, sempre lhe ocorrera pela mente, em como estaria se não o tivesse feito. Ele queria-a. Continuava a desejá-la. Queria se puder explicar e dizer que sentia imenso pelo que ele próprio lhe havira feito. Restava um pouco de esperança. Mesmo sabendo que ela nunca o iria perdoar. 

John - É sempre a mesma lenga lenga - O homem riu-se mais para si, mas gargalhou tão alto que, para Michael, aquilo apenas incendiava as vozes na sua cabeça - Olha rapaz. Eu não sou nenhum psicólogo, muito menos um psiquiatra. Só te digo o seguinte - O mesmo havira num segundo, chegado perto de Michael para lhe sussurrar apenas - Estás acabado. A partir do ponto em que saias desta cela, vais ser apenas mais um saco de batatas a sair num daqueles sacos de cadáveres, entendes? Eu tomava cuidado com o dizes. As paredes deste hotel de 5 estrelas, têm ouvidos e se souberem do motivo de estares aqui, os skulls vão te apanhar. Aí, és um homem morto - Susurrou.

Michael - Tu não vais contar, certo? - Já o medo lhe percorria cada célula do seu corpo, exclamando em ansiedade.

John - Oh - Ria-se mais uma vez - Não sou nenhuma fada madrinha muito menos o teu anjo da guarda, mas - Novamente chegara perto dele. O bafo podre estridente e a corpo mal lavado, inundava o olfato de Michael - Tudo tem um preço. E eu protejo-te a guarda. 

Michael - O que eu preciso de fazer? - Olhara para o mais velho ao qual o mesmo só soubera virar a sua atenção para o seu membro e de seguida, ria-se mais uma vez ao mais novo.

John - Ajoelha-te.

Michael mirava ainda perplexo para John que espera pela ações ao qual o próprio o submetera a fazer. Tudo tinha um custo era verdade. E uma coisa Michael sabia. Se queres muito uma coisa, luta para a ter. Assim a sua desaparecida mãe lhe havira dito inúmeras vezes. O desejo insaciante e impaciente de querer reencontrar Ana, mantia-se em pleno na sua cabeça. E era apenas nisso, que ele pensava. 

E fora nesse pensamento, em que a sobriedade já estava a léguas e, se havira ajoelhado á frente do mais velho. A noção da dureza do solo em baixo dos seus joelhos o acordava, mas mais nada ganhava sentido. Ele próprio já estava perdido na lamentação e na obsessão. Verdade seja dita, um maluco sempre irá fazer de tudo para ter o que deseja. A bem ou a mal, apanhando atalhos. O suor nas suas mãos e testa a escorrer aos poucos torturosamente e, a saliva a escapar-se da sua garganta e boca o precipitavam para o que iria se submete a fazer ao mais velho. 

Seria pela Ana. Por ela e unicamente pela rapariga que um dia o tinha feito feliz. Num horizonte passado ao que estava.

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Harry - O que achas? 

Harry e Ana haviam chegado há um dia vindos de Portugal. Finalmente, Harry, se sentia feliz pelo facto de ter conseguido o que desejara ao contrário de Michael. Conseguira convencer a namorada a mudar-se para a sua casa visto não ter sentido em estarem ambos separados. O casal mirava o quarto de solteiro de Harry, onde o próprio tinha montado uma king size bed para eles. 

Ana - Uau - Exclamou satisfeita - Onde tiveste tempo para montá-la? É bem grande!

Harry - Digamos que eu tirei um curso com o bob construtor - Gozou olhando para a namorada que o olhava com cara séria - Okay okay, o youtube faz maravilhas. Encontrei alguns tutoriais e voilá! - Abrira os braços emoldurando o corpo da namorada neles e beijando a sua testa - Estás feliz? - Olhou-a nos olhos massajando a sua bochecha - Aqui ninguém te poderá fazer mal. Eu estou aqui amor.

Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora