Capítulo 78

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Sinto-me indignada. Algo começa a subir-me á cabeça. Não sei se são os nervos ou aquele sentimento ruim que sentimos de cada vez que estamos mal. Eu devia saber. Ele é meu amigo. Ou era? Não sei isto está tão confuso.

- Porque não me contaste? Achaste melhor esconder o que se passava e teres explodido daquela maneira comigo? - Sento-me ao seu lado olhando-o com uma certa tristeza.

Isaac - Eu só.. Eu só ás vezes não quero sobrecarregar as pessoas. Naquela altura tu estavas bem finalmente com o Harry e eu não queria estragar as coisas, não mais... - O seu olhar mantém se baixo continuando a falar - Eu só não sei como reagir perante esta situação. Voltar a reviver todos aqueles momentos.. aquelas máquinas... a quimio... Sõ não sei que ele será capaz de passar desta...

Ana - Tu sabes que a experiência que tive, de todo, é similar a essa mas eu só quero que saibas que independentemente de tudo que eu estou e estarei aqui para ti tal como desde quando nos conhecemos. Mas porra, percebe Isaac. O que tu me disseste magoou-me imenso. Não consigo encontrar palavras suficientes para poder descrever o que eu senti naquele momento quando explodiste contra mim e me vira-se as costas, quando mais precisei - A sua cara vira-se na minha direção, fitando-me tristemente.

Isaac - No fundo apenas desejava voltar atrás no tempo e remediar as coisas mesmo sabendo que isso é impossivel. Eu realmente peço desculpa Ana. Foi no calor do momento e..

- Eu aceito o teu pedido de desculpas porque sei que posso contar contigo para o que for e que tu és mesmo dos verdadeiros. Mas por favor, não voltes a repetir - Sorri - Agora dá-me um abraço seu idiota - Gargalhei.

Os seus braços depressa me envolveram no que foi um abraço apertado e meio desesperado. Transmitiam toda a sinceridade presente nas palavras que anteriormente proferira. E claro, eu iria desculpá-lo. Já o perdoei por mais certo?

- É, sobretudo, quero que antes de cometerem alguma tonteira me contes o que se passa. Tu sabes que podes contar comigo tal e qual como eu sei que estarás aqui para mim, para o que der e vier, correto? - Digo ao seu ouvido, sentindo os seus braços a apertarem-me suavemente.

Isaac - Obrigado. Tu realmente és única. Não consigo entender como existem pessoas que não gostam de ti.

E ao fim de alguns meses tudo parecia voltar ao normal. Faz-me relembrar nas palavras sábias do meu pai " O tempo cur tudo" e, realmente, não conheço o filósofo mas é pura verdade. É é nisso que eu acridito.

Que um dia, todas as feridas abertas se curem e passem a ser apenas marcas. Marcas do que acontecerá posteriormente na minha vida.

Só não sabia que algumas delas iriam permanecer intactas e, possivelmente abertas por indeterminado tempo....

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Algum tempo depois...

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- Já andaste de avião, ceeerto?

Estou curiosa. É que eu quero mesmo ficar do lado da janela. Tenho um fetiche se é assim que vocês chamam, de gostar muito de olhar para a asa do avião e olhar lá para baixo quando há turbulência.

Michael - Quer dizer sim, mas já foi em pequeno então... - Fala meio inseguro e eu claro riu-me dá sua cara de pau.

- Há boa, aviso já que fico com o lado da janela - Sorri debochada.

Michael - Dás-me a mãozinha? Para eu não sentir medo? - Sorri maliciosamente.

- Se fosses mais fofinho e carinhoso se calhar pensaria na tua questão maaaas, como eu sou boazinha demais eu dou sim fofinho - Ri-me á descarada.

Michael - Se soubesse que me tratavas assim tão mal pedia já o divórcio - Ri-se.

Estávamos já no aeroporto de Londres já à espera da chamada para o nosso voo. Estava ansiosa para reaver a minha família e ainda mais para a mesma conhecer o meu namorado. Quem diria... dois em um, correto?

"Chamada para o voo número 121 na porta G, Lisboa Portugal"

Michael - Bem, parece que o dever chama. Vamos princesa? - Alevanta-se do assento dirigindo-me a sua mão. Fazemos o check-in á entrada da porta e 5 minutos se passaram quando finalmente entramos no avião. Alcançamos os nosso assentos e sento-me ao lado da janela.

Michael - Estou contente - Sorri entrelaçado a sua mão na minha.

- E eu também. Vais gostar imenso de Portugal e da minha cidade favorita e, claro vais ver o estádio do melhor clube de Portugal - Sorri beijando ao de leve a sua bochecha.

Michael - Acredito que sim princesa. Achas que o teu pai vai gostar de mim? Quer dizer eu... eu estou um pouco nervoso eu nunca..

- O meu pai é uma paz de alma Mike tem calma. E aliás, mesmo que não gostasse ele iria compreender. Nesse aspecto ele é muito respeitador e só quer o meu bem entendes? - Percebo a quantidade pessoas que entram no avião. Estamos quase a descolar.

Michael - Como pai, também iria fazer o mesmo sabes? O importante é te sentires bem e feliz.

As horas passaram e continuamos a conversa por mais alguns momentos. Até o avião descolar. A vista de cima realmente é qualquer coisa de espetacular.

Chegando ao aeroporto de Lisboa, vamos em busca das nossas mala o que não demora muito tempo. O meu coração bate depressa e quase penso que irei ter a qualquer momento um ataque de coração. É um misto de sentimentos, desde a euforia Á felicidade por saber que dentro de momentos irei me reunir de novo com a minha familia.

Lemos as tabuletas ao fundo do corredor que indica a saída e andamos calmamente puxando pelas nossas malas. Agarro a mão do Mike para lhe passar alguma coragem pois sei que ele está muito nervoso. Ele por vezes é muito fofo. Alias, nem é preciso tanto para gostar dele.

Virando a esquina, a entrada do aeroporto é visível e inquestionavelmente, depois de percorrer depressa o resto do caminho limitado por barras de ferro, encontro a minha irmã a agarrar um cartaz que dizia "Bem vinda Mana". Sem qualquer pudor libertei a minha mão da do meu namorado é fui a correr em direção ao meu pai e à minha irmã que me colaram depressa contra os seus braços. Êxtase era sentido por todos nós e neste momento não poderia desejar melhor. Era tudo o que eu queria.

Depois de alguns momentos, e de termos trocado algumas palavras animadas decidi apresentar o Mike.

- Pai como já sabes este é o Michael. Ah e claro, Michael, está é a minha irmã, a Claúdia.

Michael - Prazer em conhecer-vos é um prazer - Sorri amigalvemente.

Claúdia - Ahhhh prazer e na cama compadre, bem vindo!

Pai - Claúdia tem maneiras. Não conheces o rapaz de nenhum lugar e já o queres traumatizar e para além disso, tento na língua minha menina - Diz amassando o cabelo da minha irmã.

O Michael apenas se sabia rir da diversão que pairava na face de todos e sinceramente era bom novamente estar aqui. Tinha saudades.

Como nunca antes.

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Heyyy

Capítulo soft mas yhaaaaa.

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Kiiiiissssssseeeesss

«««All The Love»»»




Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora