Capítulo 104

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Até então a vida de Michael não passava de ficar encolhido entre a sua cela. Pensando na vida. No que perdera. Nas lições que ganhara e nas expectativas do que aquilo traira até si.

Talvez nem tudo tivesse sido bom na bida dele, mas se chegara até aquele ponto foi porque merecera.

Mas outrora, quando pensava que era bem feito estar naquela situação, entre estar entre a vida e a morte, por outro, pensara que a vida o havia desafiado a mais um jogo. Um daqueles em que existe sempre alguém que merece a luz eterna do inferno e que passará pela faceta do malvado.

Que eventualmente morre ou irá provocar dor a alguém.

Para ele, era quase desumano os males que praticavam neste pequeno pedaço de inferno. Fora inúmeras vezes alvo pelo mal que o havia levado para ali. Maltratado. Espezinhado. Como se fosse algo indigno à humanidade.

A noite era o pior de tudo. Muitos dos Redskins continham contactos com os guardas. Eram praticamente os cabecilhas daquela prisão, sendo os segundos a seguir do diretor, naquela hierarquia malformada.

Era dai que surgia o contacto com as drogas e tudo o que se pudesse pensar em relação a armas. Tanto brancas como letais. E como tudo na vida, se hoje fazes mal, amanhã irá te cair em cima de igual maneira ou mil vezes pior.

Fácil era uma palavra muito comum no vocabulário de artefactos desta escumalha. Bastava apenas o nome, e conseguiriam descobrir quando fora a última vez que fora à casa de banho, por exemplo. Era implacável a maneira como conseguiam manipular a pessoa sem a conhecer.

Michael pagava inquestionávelmente um preço que não tinha preço, a John.  Era aquela pessoa que o salvava infinitas vezes de possiveis ataques e que sabia de quase tudo sem nem estar ao pé do acontecimento.

Era a sua salvação, pensara Michael. Precisava de sair dali rapidamente. Precisava de chegar vivo até aos braços de Ana para lhe dizer que sentia muoto pela dor causada e que queria uma segunda oportunidade.

Sabia que seria pedir muito. Que talvez ela não o aceitasse, mas a única coisa em que Michael não pensava era no não de Ana. Ele sabia que ela o amava e não o trocaria por aquele rapaz que retirara de Michael o seu grande amor.

E uma coisa dizia sempre a ele próprio.

"Se eu não a posso ter, ninguém a terá"

Ninguém poderá ouvir mais da boca dela nada que desejasse.

Várias eram as vezes em que Jonh se sasiava do corpo de Michael e enquanto isso, o próprio pensava no quão bom seria voltar a ter Ana debaixo dele, a gemer. No corpo dela. No toque dos seus lábios nos dele. Na maneira em que ela sorria sem sequer reparar que estava a ser olhada. Bela ao mundo e uma deusa, para ele.

Era estranho, quase patético, mas Michael apenas pensava nisso dia após dia. Era inevitável.

E com isso, com a revolta que surgia dele, e dos atentos diversos do gangue que planeava a sua morte, surgiu a ideia de cogitar uma fuga da prisão.

John encontrara uma entrada de ar por de trás da sanita que residia por detrás da mesma. A prisão tinha muitos anos e a manutenção da mesma era algo incomum e, portanto, com o avançar da idade iam se descobrindo pequenas falhas na estrutura. Guardas quase não se viam exceto na hora da revista que batia sempre a mesma hora: 11 da noite.

John contara a sua ideia a Michael pelo facto da sua história e do que ambicionava fazer e então contara a sua ideia. Um mês demorara a receber uma pequena navalha de cabo branco que havia comprado por um recluso que trabalhava na serrelharia da prisão. De noite a noite,  trocando de posição de vez em quando, outrora escavavam o buraco, tapando o gradeamento da cela com um lençol de uma das camas.

John era esperto e sabia que de entre as voltas que os guardas faziam ao longo do dia, de vez em quando surgia uma revista pela cela e então surgira a ideia de fazer uma pasta com carvão e pasta de dentes para que não vissem vestigios da escavação por detrás da sanita.

Passaram dias a investigar. A pesquisar em que horas haveriam de tratar de desaparecerem. Dos contactos que haveriam de seguir quando se escapassem do recinto prisional. John tinha familia que residia perto da prisão e que o havia prometido de escoltar até um lugar seguro enquanto que Michael se escaparia até uma das suas antigas casas, uma das quais o seu pai havia vivido até então ingressar novamente para a prisão.

Por detrás daquele buraco, existia apenas uma rede de túneis que dava até à rede de esgotos e depois de pesquisar num dos mapas que, secretamente, um dos amigos de Michael, passara ao próprio, observaram que aquele esgoto os levaria até a um campo de prado um pouco longe de tudo. Apenas teriam que andar cinco kilometros, sem luz.

Nada demais, mas para eles era terrivel.

Onde iriam encontrar uma lanterna?

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Helloo meus amores, quero pedir desculpas mas uma pessoa tem de trabalhar! 😂😅

Só gostava de saber o que este Michael come ao pequeno almoço... Agora quer escapar da prisão??!

Comentem e votemmmmm muito!!!!!

Kisseeeeeesssss

<<<All The Love>>>

Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora