POV HARRY
Caminhávamos um ao lado do outro. No fundo não sabia o que havia de falar, o que dizer sem estragar tudo. Só quero perguntar quem é o cara de pau, o Michelle ou sei lá eu, que veio com ela. Será que têm algo sério? Será que ela deixou de gostar de mim? Será que..
Ana - Fizeste-me sair da cama para estarmos a andar pela rua com este frio, para nada? - Percebo a sua impaciência bem de perto.
O seu cabelo voa conforme a força do vento e a sua cara reluz em meio da luz proveniente da luz dos candeeiros e eu acabo por me perder na maneira de como a sua presença me faz sentir.
Ana - Harry?! Estás me a ouvir? É que se não, eu vou-me embora. Estou a morrer de frio e tenho sono - Fala aborrecida apertando os seus pequenos braços ao redor da sua cintura.
- Tu nunca te costumas deitar por esta hora, normalmente vês uma série ou um filme qualquer... - Chuto uma pedra que se trava pelo caminho desviando o tema da conversa.
Ana - Mas bem, tem sido tudo tão corrido e eu estou cansada. O que é que querias falar comigo de tão importante? Não poderia esperar para amanhã?
Ao longe um parque é reconhecido por memórias anteriores. Lembro-me perfeitamente tal e qual como se fosse ontem.
- Eu quero pedir-te desculpa. Pelo que disse. Pela maneira de como te tratei. De como te fiz sentir. Não fui justo contigo - Abaixo a cabeça coçando o pescoço.
Por vezes é complicado admitir que estamos errados ou que cometemos algo que se tornou num erro. Neste caso foi um erro fulcral que praticamente destruiu a nossa relação. Sou tão parvo..
Ana - Harry percebe uma coisa, o que se passou naquele quarto de hospital foi errado, não devia ter acontecido e-eu..
- Desde quando? Vais me dizer que agora andas metido com aquele badameco de meia tijela é? - Digo meio revoltado dirigindo-me a um banco presente no tal jardim que de momento não tinha mais ninguém a não ser nós dois.
Ana - O quê!? De onde é que tiraste essa ideia Harry? Quem? - Senta-se ao meu lado virando-se para mim igualmente revoltada.
- Sei lá eu, diz me tu! Um tal de Michelle... - Pouso os meus braços em cima das pernas batendo o pé ao de leve impaciente.
Não estou a gostar nem um pouco disto. Nada nada mesmo...
Ana - Como é que sabes isso?
Pela primeira vez ela olha-me nos olhos. Consigo sentir a incerteza, a insegurança, a infelicidade... Poderia continuar aqui a falar em mais adjectivos sobre o que os seus olhos me transmitem mas ficaria aqui a noite inteira e sei que ela não iria gostar.
- A minha mãe ainda fala com o teu pai. E então.. tu sabes.. as coisas sabem-se Ana. Quem é ele? - Desmanco mais uma vez o penteado selvagem ligeiramente irritado.
Ana - Não é com se te tivesse de dar satisfações. Não és meu pai muito menos alguém que mereça alguma consideração da minha parte.
- Porque é que és assim? Não fui eu que..
Ana - Nem penses em acabar o que ias para dizer... - Exclama num tom ameaçador.
- Estávamos tão bem Ana e do nada sempre aparece alguém para destruir o que temos!
Ana - Tinhamos! Acabou! Nos já não temos nada portanto evitas de vir com essas conversinhas e de me convidar para sair e vir falar contigo como se nada se passasse! - Alevanta-se pegando na sua mala e já ela se estava a começar a distanciar um bom bocado de mim quando...
- E se eu te disser que não te quero largar? Han? - As lágrimas começam a ameaçar - E se eu disser que em nenhum momento desta puta de vida deixei de pensar em ti?! Sabes? É complicado quando queremos e lutamos pela pessoa e estão sempre a aparecer gnomos vindo de não sei onde pára estragar as coisas. Eu continuo a gostar de ti, ou já não sabes isso? Sei perfeitamente como te adormecer quando não consegues dormir, ou de como te acalmar. Do sabor que os teus lábios têm, de quando fazemos amor pela noite adentro e de como tu gostas de dormir com a cabeça em cima do meu peito enquanto eu te faço festinhas na cara até adormeceres! É já agora deixa-me perguntar uma coisa, tu gostas dele tanto como gostas de mim?
O seu corpo para de se mover quando profiro as primeiras palavras. Eu sei que a afetei. Conheço o seu corpo e aquela personalidade de gingeira. Como se fosse a palma da minha mão. A ansiedade aflige cada vez mais o meu corpo e sinto-me mais uma vez a sentir o formigueiro a crescer dentro de mim.
Ana - É diferente... - Fala continuando à mesma de costas viradas para mim.
Eu odeio.. Odeio o que estou a sentir. Não consigo sequer perceber nada dela neste momento pois ainda se encontra na mesma posição e estou cada vez mais a ficar ansioso.
- Tu já não gostas de mim? - A minha voz despedaça-se a meio.
Ando até ela quando a mesma não me responde. O meu coração parte-se em cacos quando a viro para mim é a única coisa que vejo é o seu rosto molhado. Os meus braços envolvem o seu corpo contra mim e quando isso acontece a mesma desata a soluçar.
- Calma.. Eu estou aqui.. Desculpa princesa.. - Beijo a sua cabeça fazendo festinhas nas costas dela. Inconscientemente ou por vontade própria ela também me abraça agarrando-me com força o que me leva a pensar que talvez nem tudo esteja perdido.
Ana - Desculpa...
- Porque pedes desculpa? Sou eu o único culpado nesta história, não tu - Susurro contra o seu ouvido.
Como se tivesse havido um clique na sua cabeça, ela acaba por me deslargar em tempo recorde e tenta ao máximo limpar as suas lágrimas numa tentativa desastradamente pouco Possível. Quando já está mais ou menos recomposta, isto num espaço de de segundos, ela olha-me com aqueles olhos chorosos e acaba por citar:
- Ele não se chama Michelle. É o Michael e eu estou com ele.
E caiu o meu mundo.
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OI OIIII
Ai ai.. estes dois só sabem se atacar um ao outro...
Continuem a comentar quero saber da vossa opinião e claro, continuem a votar! Voces são as melhores!
Kisssssssseeeeessssssssssssss
«««All The Love»»»
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Only Angel |PT
Romance"A realidade é que não te amo com os meus olhos que descobrem em ti mil falhas, mas sim com o meu coração, que ama o que eles desprezam e apesar do que vê, adora apaixonar-se" Inicio(17-04-2020) Fim (11-09-2021) #229 EM STYLES - 26 de Abril 2020 #2...