Capítulo 6

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Eu: O Nick quando soube da mãe dele, não entendia nada. Ele viu o caixão com a foto da mãe, eu expliquei pra ele e ele demorou um pouco a absorver a ideia. A Hillary chorava, gritava, parecia que tinham arrancado o coração dela com as mãos. As vezes ainda escuto os gritos dela. Ela nunca mais foi a mesma. suspirei.

Nat: Ele pergunta dela?

Eu: Não. Ele me perguntou no começo, nas duas primeiras semanas. Depois disso, nunca mais perguntou. E sinceramente eu dei graças a Deus por isso. Eu não sou boa com emoções, eu ainda não consigo lidar com o fato da Julie não estar mais aqui e tenho dois filhos para criar. Um é muito pequeno para expressar sentimentos o que talvez seja bom nesse caso e a outra é um poço de sentimentos e boa parte das vezes de raiva e tá sempre descontando em mim qualquer coisa. – suspirei.

Nat: É... Não é fácil mesmo. – ficamos ali falando coisas sobre nossos filhos, eles tem muitas coisas em comum. Ela disse que fechou negócio com a casa do inicio da rua também, já estava fazendo as adaptações que queria para mudar.

Eu: Não se esqueça de cercar a piscina, colocar portas de segurança nas escadas e na porta da lavanderia e da cozinha. Seu filho pode querer entrar na maquina de lavar.

Nat: Por que ele entraria na maquina de lavar? – me olhou pensativa.

Eu: Só essa semana peguei meu filho 3 vezes dentro da maquina. Se seu filho gosta de foguetes ou planetas, acredite, você pode lavar roupas com ele dentro sem perceber. Eu quase fiz isso. – dei de ombros.

Nat: Meu Deus... Vou observar.

Eu: Câmeras de segurança também.

Nat: A casa é num condomínio super seguro, porque câmeras de segurança?

Eu: Você é médica do exército Natalie. Você trabalha para o governo. Se todos os dias tem pessoas tentando matar o presidente dos Estados Unidos com toda a segurança que ele tem, matar você e sua família seria como matar uma barata. – ok, soou ofensivo Espera, isso soou errado. Matar você e seu filho seria coisa simples.

Nat: Eu entendi... Você só é bem direta e um pouco fria – deu uma leve risada.

Eu: Desculpa. Ser agente do FBI e chefe da segurança nacional me fez mudar em alguns sentidos – suspirei.

Nat: Acha que posso sofrer alguma retaliação?

Eu: Tudo é possível Natalie. Minha esposa era parte de uma grande operação da inteligência americana na CIA. A alguns meses vários atentados com carros bombas estavam acontecendo em torno da Casa Branca, e é óbvio que isso significava um teste para um novo ataque terrorista, e pela forma como vinha acontecendo, planejavam fazer algo muito maior que o 11 de setembro. Estavam em busca dos responsáveis, mas o modos operandi dos atentados hora pareciam com o Hezbollah hora parecia com a Al-Qaeda. Minha esposa foi espancada e foi morta com dois tiros dentro de casa e ninguém viu ou ouviu nada. Minha filhinha não teve a menor chance.

Nat: Não consigo imaginar o que sente com relação a sua filha. E a policia está investigando?

Eu: Sim. Do modo deles, mas estão procurando no lugar errado.

Nat: Como sabe?

Eu: Estou investigando por minha conta. – a Lohana chegou.

Lohana: Pri? E ai novidades? – me abraçou.

Eu: Ainda não. A cirurgia começou a 1 hora. Obrigada por vir. Essa é a Natalie Smith, ela é minha vizinha do prédio, e vai ser vizinha no condomínio também.

Nat: Muito prazer. – a cumprimentou.

Lohana: Muito prazer. Que coincidência. – sorriu.

Nat: Pois é. Muitas coisas em comum. – sorriu tímida. – Bem, eu preciso ir. Qualquer coisa me liga.

Eu: Obrigada mais uma vez.

Nat: Imagina. – sorriu e foi embora.

Lohana: Ela é bem bonita.

Eu: Vai começar? – rolei os olhos.

Lohana: O que? Eu só disse que ela é bem bonita. – deu de ombros.

Eu: Como está a Rafaela?

Lohana: A cada dia mais louca. Ela precisa botar aquele bebê pra fora rápido.

Eu: Parece que ela tá gravida a um ano. – ri.

Lohana: Pra mim parece que ela tá gravida a 5 anos. Aquele menino não quer nascer. Essa madrugada eu acordei com ela me batendo porque ela sonhou que eu estava traindo ela acredita?

Eu: Meu Deus... – ri. – A Julie acordava chorando falando que sonhou comigo traindo ela. Nem parecia aquela mulher durona uniformizada da CIA.

Lohana: A Rafa ontem falou nela. Que sente falta de falar de gravidez com ela. – Julie e Rafa eram muito amigas. Lohana é detetive da inteligência de Nova York e a Rafaela é dona de uma franquia do Pizza Hut.

Eu: Eu sinto falta dela também, mesmo a gente não se vendo todos os dias e nem se falando todos os dias nos últimos meses, eu sinto falta dela o tempo todo. Nosso casamento não estava indo bem você sabe disso, mas nossos filhos estavam acima de tudo e estávamos tentando ser amigas e fazer funcionar.

Lohana: Eu sei, eu conheço você e a conhecia bem. E parou com aquela loucura?

Eu: Eu não vou desistir Lohana.

Lohana: Priscilla, você está colocando seus filhos em perigo, e se colocando em perigo. Seus filhos já perderam uma mãe. Você vai acabar sendo presa se o FBI te pegar.

Eu: Eu não vou ser pega. Eu sou cuidadosa, eu sou silenciosa e praticamente invisível e você sabe disso.

Lohana: Seus códigos foram desativados?

Eu: Não.

Lohana:Não entendo porquê isso ainda não aconteceu. – eu olhei pra ela sem falar nada. Depois demais uma hora vieram dar noticias do meu filho, ele estava reagindo bem. Eu e aLohana fomos comer alguma coisa, falei sobre a casa, sobre as coisas que mandeifazer na casa e sobre a segurança que eu cuidaria pessoalmente antes de mudar.


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