NATALIE NARRANDO...
Eu tinha uma liminar agora contra meus sogros, contra meu cunhado que foi ao meu prédio para me matar. Meus sogros foram detidos também para esclarecimentos e não quiseram dizer nada. Eles foram liberados porque não estavam na cena do crime, e meu cunhado foi preso depois de dois dias no hospital e se recusou a falar, então permaneceria preso. Isso só podia ser coisa deles, e o motivo, eu sinceramente não sei. Priscilla atirou nele antes que ele atirasse em mim. Eu nunca me senti tão ameaçada na vida. Priscilla me fez muitas perguntas sobre o meu marido e aquilo era estranho. Ela não foi presa, não foi para delegacia. O delegado falou com ela no corredor do meu andar mesmo, não levou a arma dela, acho que por ela ser da segurança nacional. Ela tinha um mistério por trás do olhar dela, e que ao mesmo tempo parecia uma certa paranoia. Ela era bem paranoica com segurança. Inclusive, ela instalou todo o sistema de segurança da minha casa, eu acho que eu estava mais segura dentro da minha casa do que na Casa Branca. Ela me pediu para criar as senhas iguais, mas que não fosse nada que outras pessoas do meu convívio pudesse supor e nem datas especiais de ninguém. Eu comecei a arrumar as coisas para a minha mudança, a Priscilla havia mudado a uma semana. Os moveis do apartamento eu não levaria nenhum, nem mesmo do quarto do meu filho, eu não queria nada dali, eu queria começar do zero. Conclui a mudança em 3 dias e foi difícil com uma criança pequena em casa. Eu resolvi trocar de carro. Vendi meu carro e do meu marido e comprei outros dois que já sairia com blindagem... Ficaria usando o carro do meu marido até os carros chegarem, a concessionaria permitiu que eu ficasse por causa do meu filho. Eu ia voltar a trabalhar em duas semanas finalmente. Eu estava ansiosa por isso já. Eu quase não via minha vizinha, e quando a via, era a noite saindo numa BMW preta. Ela parecia estar sempre a espreita. Eu me sentia segura com ela por perto, mas ao mesmo tempo me assustava o excesso de segurança dela, o ar de mistério, e a história dela parece ser maior do que o que ela conta. Ela não está mais na NSA, mas ela ainda tem distintivo e armamento do governo, então ela está afastada, não está aposentada de fato, ela ainda pode exercer em casos especiais. Era tarde da noite eu abri o cofre que tinha pedido para colocar no meu closet e peguei minha arma. Coloquei e tirei o cartucho. Ouvi a voz do meu filho e a guardei rapidamente. Eu morria de medo do meu filho ver uma arma na minha mão. Tranquei o cofre, coloquei o quadro de volta no lugar e voltei para o quarto.
Eu: Oi filho, acordado a essa hora?
Aiden: Não consigo dormir. – coçava os olhos.
Eu: Quer um copo de leite?
Aiden: Quero. – desci com ele, dei leite pra ele e fiquei ninando até que ele dormisse. O coloquei na cama dele, ativei o sistema de segurança da casa e fui para o meu quarto. Era bom estar numa casa com um jardim bonito e bem cuidado, com piscina, com uma área para o meu filho brincar. O apartamento me deixava deprimida as vezes. Eu levei as mãos na barriga, as vezes eu esquecia que eu estava grávida. Era tão surreal pra mim, que logo eu seria mãe de dois e completamente sozinha. Eu acabei adormecendo. Na manhã seguinte recebi uma ligação do porteiro do prédio que eu morava dizendo que havia chegado uma caixa pra mim lá. Eu já tinha feito a mudança de endereço para tudo, não sabia do que se tratava. A babá chegou e eu fui até o prédio, tinha que ir ao hospital assinar uns papéis no RH referente a minha volta. Peguei a caixa e não tinha remetente, só um papel com meu nome digitado. Eu fui até o hospital, assinei os papéis, fiz uma nova identificação e fui ao supermercado, não tinha quase nada em casa. Fiz compras, passei numa loja comprei algumas coisas para o meu filho, ele precisava de algumas roupas. Fui pra casa desci tudo guardei e me lembrei da caixa no banco de trás. Eu não tinha colocado o carro na garagem porque as moças que fazem faxina pra mim, foram lá em casa limpar a bagunça que os gesseiros fizeram na minha varanda. Quando eu desativei o alarme, o meu carro explodiu. Meu ouvido ficou com um zumbido horrível. Eu tinha caído no chão. O carro por ser blindado pegava fogo por dentro.
Por hoje é só... Até mais...
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...