Eu: Sabe que a gente não precisa se encontrar atrás do meu condomínio mais né? – falei entrando no carro.
Sarah: Eu estou trabalhando, não é visita de família. E já estou indo para o aeroporto o jatinho me espera. Aqui o endereço do Ian. – me deu um papel.
Eu: E porque não mandou por email Sarah?
Sarah: Porque eu queria olhar nos seus olhos. – me encarou – Priscilla, cuidado com o que vai fazer. Não estraga sua vida, e a vida da sua família. Você alimenta umas paranoias que você parece que enlouquece. A Kelly é uma mulher que cuida dos filhos, faz geleia e faz carona solidária aos amiguinhos dos filhos. Ela não é uma ameaça federal não. Ela não é uma louca, ela não vai matar seu filho. Ela é uma mulher que depende do marido e que descobriu coisas absurdas sobre ele e está se sentindo completamente perdida. Ela é uma mulher que abriu mão da vida toda dela de carreira, para se dedicar aos filhos e ao marido babaca dela. Ela não vai machucar seu filho.
Eu: Não duvido de mais nada vindo dessa família Sarah, e meu recado já foi dado. Se ela se aproximar do meu filho ou de algum dos meus filhos eu mato a família dela inteira.
Sarah: Eu vou desarmar você se continuar assim.
Eu: Posso comprar uma arma no supermercado aqui Sarah.
Sarah: E você vai presa. Pensa bem no que vai fazer Priscilla. Cuidado com o que vai fazer.
Eu: Eu sei o que estou fazendo Sarah. Obrigada pela ajuda – desci do carro entrei no meu e fui pra casa. No dia seguinte fui até o apart hotel que o Ian estava vivendo. Entrei sem ser vista abri a porta e me sentei no sofá para espera-lo. Quando ele chegou, levou um baita susto. – Boa noite...
Ian: Puta que pariu... que susto... Priscilla? O que faz aqui? – perguntou assustado. – Qual o seu problema em avisar? Porque você invade a casa das pessoas assim?
Eu: Ian, senta que eu não tenho muito tempo. – ele sentou suspirando.
Ian: O que eu fiz dessa vez?
Eu: Sua esposa está me perseguindo e ameaçou matar meu filho por sua causa e por causa da vadia da minha ex mulher. – e arregalou os olhos. – Eu estou aqui para dizer que, ou você dá um jeito na sua mulher ou eu mato sua família inteira. Você me entendeu?
Ian: Como assim? Como você vem na minha casa e...
Eu: Você entendeu Ian? Ninguém ameaça meu filho e fica ileso não. Sua mulher ameaçou meu filho por sua causa e por causa da minha ex mulher. O que a Julie faz da vida dela realmente não me interessa, e o que você faz da sua vida, também não é da minha conta, mas se a sua mulher chegar a 100 metros do meu filho, eu mato seus três filhos na frente dela. Ela ficou louca de vir atrás de mim e ameaçar meu filho por causa de um merda como você. Você entendeu?
Ian: E você está ameaçando os meus filhos.
Eu: VOCÊ ENTENDEU? - gritei.
Ian: Entendi.
Eu: Tem 24 horas pra tirar sua mulher e seus filhos de Nova York. Se eu por acaso encontra-los por ai, adeus família. – levantei e sai. Fui ao supermercado comprei umas coisas que a Natalie tinha pedido e fui pra casa.
Nat: Por que demorou tanto?
Eu: Fui resolver umas coisas.
Nat: Resolver umas coisas significa que foi atrás do Ian e da família dele?
Eu: Sim, significa isso mesmo.
Nat: E o que resolveu?
Eu: Ele tem 24 horas pra tirar a família dele de Nova York. – contei a ela.
Nat: Você não tem jeito Priscilla. Não tem jeito mesmo.
Eu: Cadê a Lily? Tem dois dias que eu não vejo essa garota.
Nat: No quarto, está estudando pra uma prova super difícil e está irritada porque ela perdeu muita aula presencial, como se ela não fosse um gênio da matemática e da física.
Eu: Eu vou lá depois. Vou tomar um banho.
Nat: O jantar tá quase pronto.
Eu: Tá... – eu subi tomei um banho e chamei a Lily pra jantar. A gente jantou e ela não desceu. Eu fiz um prato pra ela e subi abrindo a porta sem bater e ela no mesmo lugar. – Hillary, seu jantar.
Lily: Não estou com fome agora mãe, depois eu como.
Eu: Não tem depois – falei nervosa – Você teve câncer, você precisou fazer um transplante de fígado. Você tem horários para comer. A faculdade pode esperar. – fechei o caderno o livro e o notebook. – Vai jantar. – ela a contragosto sentou para comer e comeu faminta, isso porque disse que não estava com fome. – Para quem não estava com fome né filha... – peguei a bandeja.
Lily: Essa prova é muito importante mãe.
Eu: E a sua saúde também. Não vai adiantar nada estudar pra prova e não fazer porque está doente. - sai do quarto dela e desci. Coloquei a louça do jantar na lava louças, limpei a mesa e subi. Escovei os dentes fui ver as crianças, a Natalie colocava os meninos na cama e fazia a Chloe dormir. Peguei a Chloe no colo dela depois de dar boa noite aos meninos que decidiram dormir no mesmo quarto aquela noite e fui para o quarto dela. Fiz minha filha dormir e fui para a cama.
Nat: Acha que a Kelly vai fazer alguma coisa contra o Ian e a Julie? Acha que os dois estão tendo um caso?
Eu: Sim para os dois... Ela está com raiva, ela deixou a vida dela pra cuidar das crianças em tempo integral. E ele traindo ela, foi preso por causa da Julie e mesmo assim faz visitas a ela.
Nat: Achei que fosse proibido já que ele a ajudou.
Eu: Eu já não sei de mais nada amor. Só sei que quero essa mulher longe dos meus filhos e de nós, e ele e a Julie que se danem.
Nat: Não te incomoda? Ele estar tendo um caso com a Julie?
Eu: E porque me incomodaria? Eu não sou casada com ela mais, eu não sinto mais nada por ela. O que me enlouqueceu foi ela ameaçar o meu filho, porque ela fez isso, com certeza porque já soube que o Nick é filho do Ian com a Julie.
Nat: Acha que o Ian e a Julie podem tirar o Nick de você?
Eu: Não. Isso é garantido que não. Eu garanti isso quando soube que ele era filho dele. Eu procurei um advogado e um juiz, fizemos um documento e ele assinou esse documento onde ele abriria mão totalmente da guarda do Nick em qualquer circunstância. E a Julie quando apareceu vivíssima e a gente divorciou, ela abriu mão dos três, mesmo a Hillary sendo maior de idade eu fiz questão que ela abrisse mão até mesmo dela. Coloquei cláusulas que amarrassem totalmente o documento e eles não tivessem meio de quebrar e requerer a guarda.
Nat: Você tá a uns 100 anos a frente amor – riu.
Eu: Eu não posso perder meus filhos amor. Eles são a minha vida. Você e meus filhos são minha vida, os quatro amores da minha vida e a minha esposa, é tudo de mais importante que eu tenho.
Nat: Os quatro?
Eu: Sim... O Aiden é meu filho de coração assim como a Chloe é sua filha de coração. Eu amo esse menino e eu faço tudo por ele.
Nat: Você é linda sabia? – sentou no meu colo. – Eu te amo tanto...
Eu: Eu também te amo, muito... – trocamos carícias, fizemos amor. A Natalie era meu ponto de paz. Eu precisava parar, eu ia acabar me ferindo e eu ia ferir minha família, eu precisava curtir mais a minha família.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...