Capítulo 50

357 47 8
                                    

Acordei bem cedo, a Pri ainda dormia. A avó dela já tinha acordado, e estava na cozinha. A Claudia tinha acabado de chegar.

Eu: Bom dia Claudia, bom dia dona Sandra.

Claudia: Bom dia Natalie.

Sandra: Bom dia. Minha neta?

Eu: Dormindo. Ela precisa descansar – peguei o ipad da Pri que estava na mesa da cozinha e fui checar o prontuário da Hillary. Entrei no meu login na pagina do hospital e consegui ver. Eu dei um leve sorriso, ela estava bem, reagindo super bem e as 16 horas iam suspender a sedação. Iam tirar mais cedo por causa da resposta dela estar boa.

Sandra: Usa as coisas da minha neta assim sem pedir? – essa mulher me odeia.

Eu: Sim. Ela usa as minhas também, mexe no meu telefone sem problema algum, porque? Isso te incomoda?

Sandra: Invasivo.

Eu: Não mais que a sua inconveniência. – Claudia segurou pra não rir.

Sandra: Abusada.

Eu: A senhora está me tratando mal desde que chegou e nem tem motivos pra isso. Por que não arruma um namorado e vai transar bastante hein? Isso é falta de sexo, essa intromissão, essa chatice toda. Não precisa se preocupar com a sua neta não que ela está ótima e bem cuidada.

Sandra: Ouviu isso Patrícia? – minha sogra ouviu tudo.

Patrícia: Ouvi. Bem feito mãe, a senhora está procurando por isso desde que chegou. A Priscilla é adulta, e independente. Ela está feliz, a Natalie é uma mulher maravilhosa com ela e com meus netos. Então para de se meter. – Sandra saiu irritada da cozinha e Patrícia riu.

Eu: Desculpa Patricia, mas não consegui engolir dessa vez.

Patrícia: Tudo bem Natalie, eu sei que ela não tem facilitado sua vida e ela não tem que se meter na sua relação com a Priscilla.

Eu: Eu e a Pri estamos bem, somos felizes, as crianças se dão bem, eu tenho uma relação muito saudável com a Hillary, ela não precisa se preocupar com isso.

Patrícia: A mamãe é assim mesmo. A esposa do meu filho não fala com ela por isso. Só que a mamãe tenta agradá-la hoje em dia, mas ela não abre o coração mais pra ela. Ela tomou birra dela. O Felipe fica chateado e eu falo a mesma coisa... Bem feito. Por que é uma cobrança sem motivos.

Eu: Sem motivos mesmo. E como estão as buscas deles pela casa?

Patrícia: Cada hora mudam de ideia – demos risada – Hora quem morar aqui em Nova York, hora querem Newark, hora querem em New Jersey mesmo perto de mim. Eles não querem casa, querem apartamento... Depois querem casa de novo.

Eu: Onde eu morava ali nas redondezas tem apartamentos ótimos e com bons preços. É em Manhattan, tudo é perto. Eu morava no mesmo prédio que a Pri. Tinha um apartamento vizinho ali que estava inteiro em reforma, estava sendo modernizado, talvez gostem. Vou te mandar o nome do corretor que cuida desse prédio, ele é da mesma corretora que vendeu minha casa. E a Cristina já decidiu?

Patrícia: Encontrou uma casa em Newark, parece que é do gosto deles, e uma perto de mim também. Eles voltam para o Brasil em alguns dias, mas querem deixar isso encaminhado.

Eu: Entendo... – ficamos tomando café e conversando. Logo a Pri desceu com os meninos, minha babá mandou mensagem perguntando se ia precisar dela, eu falei com a Pri do quadro da Hillary e fui pra casa. Era final de semana eu estava de folga e não tinha aula. Eu fiquei brincando com meu filho e resolvi perguntar. – Filho, a amiga adulta do Nick voltou lá na escola?

PARANOIAOnde histórias criam vida. Descubra agora