Capítulo 37

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PRISCILLA NARRANDO...

Ela voltou pra mim e eu não a deixaria ir embora de novo. Eu estava completamente apaixonada pela Natalie, acho que nunca amei ninguém dessa forma. Hillary ficava falando o quanto eu parecia uma boba alegre quando falava dela ou a via. Ela parecia estar aceitando melhor a Natalie, não que ela não aceitasse antes, mas ela tinha as reservas dela. A convidei para jantar e falamos sobre tudo que aconteceu comigo e a Julie, sobre a paternidade do Nicolas o crime em si até mudarmos de assunto. A gente decidiu viajar. Minha filha terá 7 dias de férias do colégio no mês de novembro, era um conselho de classe um balanço que a escola fazia, não entendia o motivo, mas ficavam 7 dias sem funcionar. Então nosso destino foi a Disney. Fomos para Orlando reservei um hotel dentro do parque. Precisávamos de um pouco de alegria. No primeiro dia eu achei que ia morrer de exaustão. No terceiro dia eu tinha certeza que teria que vender um órgão porque meus filhos e principalmente minha filha estava me levando a falência. No quinto dia eu fui a ultima romântica e na frente do castelo da Disney dei um balão de coração para a Natalie e a pedi em casamento.

Eu: Pra você. – dei o balão a ela.

Nat: Obrigada amor. – me deu um selinho. Eu respirei fundo tirei a caixinha do bolso e ajoelhei.

Eu: Quer se casar comigo?

Nat: Oi? – ela realmente não esperava por isso.

Lily: Uow... Por essa eu não esperava. Mentira, esperava sim.

Nat: Pri...

Eu: Todo mundo está olhando pra gente – sorri nervosa.

Nat: Quer mesmo fazer isso?

Eu: Quero. A gente já perdeu muito, a gente se gosta muito, porque vamos perder tempo? A vida é um sopro. - Deixei cair uma lágrima.

Nat: Sim... – deixou cair uma lágrima e riu. – Eu aceito. – todo mundo aplaudiu, eu coloquei o anel no dedo dela e a beijei...

Eu: Te amo.

Nat: Eu te amo.

Lily: Tudo muito lindo, mas podemos continuar o passeio? – eu rolei os olhos.

Eu: Desmancha prazeres. – rimos. Fomos continuar nosso passeio. A noite Lily ficou com os meninos e fomos jantar a sós.

Nat: E eu acabei de me separar e fui pedida em casamento.

Eu: Você é uma ex viúva, de um homem que nunca morreu, quer algo mais extraordinário que isso?

Nat: Pois é. ficou pensativa.

Eu: Está tudo bem?

Nat: Está. Estou aqui pensando que nunca pensei que hoje estaria aqui noiva de uma mulher, meu marido fingiu de morto para casar com outro cara e meu cunhado tentando me matar sabe Deus porquê.

Eu: Nem eu. A vida tem dessas coisas. – eu agradeci aos céus por ter levado uma lingerie decente e fazer aquela noite mais especial. Eu precisava renovar minhas roupas intimas. Chegou a hora de ir embora. Voamos por 2h40 e chegamos em Nova York. Estava bem frio já. – Acho que não vai demorar a nevar.

Nat: Pelo frio que está fazendo não vai mesmo. – saímos do aeroporto e começou a chover. Era estranho para aquela época. Cortei caminho para uma rodovia para fugir do transito que tinha ali pegamos mais transito. Estávamos conversando quando vi um carro desgovernado vir em nossa direção. Eu sai da pista fazendo a Nat e a Hillary gritarem. Os meninos acordaram no susto. Logo o barulho das batidas acontecendo. Por pouco não batiam na gente.

Lily: Meu Deus.

Eu: Vocês estão bem?

Lily: Sim, estamos. – eu olhei pra ela e os meninos.

Eu: A gente precisa ver se tem alguém precisando de ajuda.

Nat: Vamos.

Eu: Lily, tira o carro daqui e estaciona num lugar mais seguro e coloca sinalização. Liga para o 911 e fica com os meninos.

Lily: Tá... – eu abri o porta luvas peguei meu distintivo e corremos até o local. Eu tirei o distintivo do bolso.

Eu: Vocês estão bem? – fui num carro ali perto que estava batido em outro.

XX: Sim, estamos bem. – olhei o banco de trás as crianças estavam bem. Natalie estava olhando o carro que a moça tinha batido.

Eu: Ele está bem?

Nat: Sim, só está com um corte na testa. Ele é médico vai nos ajudar. - Olhamos as outras pessoas e os carros que foram mais atingidos as pessoas estavam bem feridas. Lily veio.

Lily: O socorro chega em 20 minutos.

Eu: Obrigada filha, agora fica com os meninos no carro. – ela voltou para o carro. A gente foi ajudar os que estavam machucados. Em um dos carros um homem pediu ajuda a mulher dele estava em trabalho de parto. Natalie me olhou. – Ela está só em trabalho de parto, isso pode levar horas. – andávamos rápido até eles.

Nat: Meu trabalho de parto durou 16 horas.

Eu: Meu Deus...

XX: Acho que ele está nascendo. Eu estou sentindo a cabeça dele. – Natalie me olhou nervosa.

Eu: É com você... – levantei as mãos. Ela foi examinar a moça e de fato ele estava nascendo mesmo e eu fui ver um senhor do carro do lado.

Nat: Pri, eu preciso de ajuda...

Eu:Não posso te ajudar com isso agora... –tentava reanimar um senhor. – Não morre,por favor... – uma mulher apareceu para ajudar a Natalie, por sorte ela eraenfermeira da obstétrica então ela fez quase tudo sozinha. O coração do homemvoltou a bater e logo os bombeiros chegaram. Ouvi o choro do bebê, meu coraçãodisparou. Pensei na minha bebezinha. Eu tinha um grande vazio dentro de mim, eesse vazio se chamava Chloe. Informamos os paramédicos e os bombeiros o quehouve e fomos embora. Fomos pra casa em silêncio.


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