Imprimi todas as fotos que tirei em Los Angeles, no momento certo mostraria a Natalie, agora ela precisava se recuperar. Logo recebi uma mensagem.
Ian Tavares foi visto num restaurante no Central Park. Ele está mesmo morando em Nova York, com a esposa e filhos. Se mudou dois dias depois do assassinato da Julie.
Meu corpo todo arrepiou. Eu sabia que ele tinha se mudado pra lá, só não tinha certeza absoluta. E pelo visto morava na região do Central Park. Eu vou pegar esse desgraçado. Eu tinha certeza que o Ian matou minha esposa e minha filha. Eu comecei a distanciar a ideia de que o Hezbollah ou a Al-Qaeda tinha matado minha esposa. Ian tinha todos os motivos para mata-la.
Consegue descobrir o endereço dele?
Logo fui respondida...
Não consta nos registros. Ele soube ocultar.
A dificuldade era que o Ian tinha os mesmos privilégios que eu no governo.
Preciso que consiga uma vaga para mim...
A resposta logo veio...
Onde?
Eu respondi...
No hospital que ele trabalha ou na base que ele trabalha. Com certeza ele está atuando.
Sim, eu sou médica. Antes de entrar para o FBI e a NSA eu atuei como médica no navio no Bahrein. Eu era cirurgiã de trauma e cirurgiã geral. Quando minha base foi atacada e quase toda a minha equipe foi morta, os que sobraram saíram da zona de confronto e foram trabalhar em hospitais militares espalhados pelos Estados Unidos. Eu fui trabalhar no FBI a convite especial da chefe do FBI que atuou comigo um ano antes do ataque. Fiquei 2 anos no FBI e ganhei o cargo de confiança do presidente dos Estados Unidos como chefe da segurança nacional e fui para NSA. Julie já era da CIA, mas ainda não atuava como grande escalão da CIA. Ela já tinha a Hillary, o ex marido dela morreu em combate no Bahrein e nem chegou a conhecer a Lily. Nos casamos dois anos depois e eu assumi a Hillary legalmente. Anos mais tarde o Nicolas veio e a vinda dele foi motivo para muitas brigas. Decidimos tentar ter outro filho e ela engravidou vindo a Chloe, mas foi morta semanas antes de dar a luz. A gente não estava bem, planejávamos nos separar, e ela sentia que a Chloe era uma divida que ela tinha comigo por causa do Nicolas. Julie e eu íamos separar, e a Chloe ficaria comigo. Nicolas não é meu filho. Quando ia para o meu quarto a Hillary estava sentada na escada.
Eu: Que susto. O que faz acordada a essa hora?
Lily: Estou sem sono. Tem alguma coisa com ela? – foi direta.
Eu: Não. Só estou a ajudando. – me sentei ao lado dela. – Amanhã você tem aula. E você não vai faltar.
Lily: Sente saudade da mamãe? – ela estava irritada.
Eu: Por que está me perguntando isso agora filha? – ela estava com os olhos marejados.
Lily: Por que eu tenho a impressão que você está apagando a mamãe da nossa vida.
Eu: Filha, eu e a sua mãe não estávamos mais dando certo, a gente ia se separar você sabe disso, mas ela era minha amiga, e íamos manter o respeito e a amizade por vocês, e pela amizade que estávamos criando. Eu sinto falta dela sim, mas a vida segue, eu não posso ficar chorando o tempo todo por ela. Me dói saber o que aconteceu com ela, com a Chloe e saiba que quero muito botar a mão na pessoa que fez isso com elas. Mas a vida segue filha...
Lily: É... A vida segue... A sua está seguindo feito um foguete. – levantou e subiu.
Eu: Hillary... Filha... – ela foi para o quarto dela. Eu suspirei passei as mãos no rosto. Seria difícil. Hillary é uma bomba relógio de emoções. No segundo dia lá em casa, Natalie chorou muito, ela estava mal por causa da perda do bebê dela e pelos testes, era má formação fetal. O bebê se nascesse com vida, não viveria mais que 24 horas. Isso a acalmou um pouco. Ela não faria um enxoval e um quarto a espera de um bebê que não viveria mais que 1 dia, para sofrer parar o resto da vida dela com a perda depois. Já era madrugada, quando vim do porão e ela estava sentada na sala tomando um chá.
Eu: Oi...
Nat: Oi...
Eu: Está se sentindo bem?
Nat: Estou. Só não consigo dormir, mas fiz um chá, logo o sono vem. – me sentei do lado dela no sofá e ela ficou de frente pra mim. – O que você tanto faz lá embaixo?
Eu: Segredos de estado digamos assim.
Nat: Entendi. – sorriu de leve. – Você tem sido incrível pra mim e para o meu filho. Muito obrigada por tudo que tem feito.
Eu: Imagina. Não tem que agradecer. Fico feliz em ajudar no que posso.
Nat: Você é tão misteriosa.
Eu: Que nada – ri sem graça.
Nat: Sai maioria das noites, está sempre de preto quando sai. Não faz barulho algum, é sorrateira. Tenho a impressão que está aprontando.
Eu: É só impressão. E eu não sou perigosa, falando assim até parece que eu sou aquelas pessoas que ficam sentadas bebendo uísque na frente de uma tela vigiando todo mundo. – o que não era muito mentira.
Nat: Uisque eu não sei... Mas chocolate quente – limpou o canto da minha boca – Com certeza. – eu beijei a mão dela. – Não faz isso. – sussurrou dando um sorrisinho bobo.
Eu: Desculpa, eu não resisti. – falei baixo. Ela colocou a xícara na mesinha.
Nat: Por que se preocupa tanto comigo? – colocou meu cabelo atrás da orelha.
Eu: Não sei... Instinto de proteção. Você tem uma alma boa. Deve ser protegida.
Nat: Será que eu tenho mesmo uma alma boa?
Eu: Eu sei que tem. – sorri de leve.
Nat: Eu... – suspirou – Eu nunca fiz isso.
Eu: Isso o que?
Nat: Beijar uma mulher. – tem atitude.
Eu: Serio?
Nat: Serio.
Eu: E você tem vontade?
Nat: Tenho.
Eu: Natalie?
Nat: Hum?
Eu: Eu sou uma mulher. – rimos.
Nat: Jura? Nem notei sabia?
Eu: Eu imaginei mesmo. – eu me aproximei, peguei no queixo dela devagar, passei meu nariz no dela e dei um selinho bem de leve. Depois dei um beijo que ela retribuiu na hora. Foi um beijo calmo e que logo ganhou uma grande intensidade. Eu fiquei enlouquecida. A muito tempo não beijava uma mulher que não fosse a minha e me sentia assim. Encerramos o beijo quando o ar faltou. – Espero que tenha sido satisfatório para sua primeira experiência. – falei baixo dando um selinho nela.
Nat: Foi, sem dúvidas foi... – me deu outro selinho.
Eu: Eu vou pra cama, se precisar de alguma coisa, só me chamar.
Nat: Ok, obrigada.
Eu: Não tem que agradecer. – me levantei. – Boa noite Natalie.
Nat: Boa noite Priscilla. – eu subi e fechei a porta. Comecei a rir. Era loucura isso...
Eu:Ai Priscilla... Ai Priscilla... Tenha foco. - me troquei e fui pra cama.
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Até quarta pessoal... Boa noite.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...