PARANOIA

Capítulo 82

Chloe veio chorando e me chamando...

Chloe: Mommy... mommy...

Eu: Oi filha o que foi? – a peguei.

Chloe: Ik fez dodói. – eu olhei o rosto dela e tinha as marcas dos dentes dele certinho.

Eu: Meu Deus... NICOLAS... – gritei e ele veio. – Por que fez isso? Por que mordeu sua irmã?

Nick: Ela quer mexer nos meus brinquedos.

Eu: Você está brincando com todos os brinquedos ao mesmo tempo?

Nick: Não. – fez bico.

Eu: Então a deixe brincar. Deixa de fazer bico. Você tem um monte de brinquedo.

Nick: Eu não mexo nos brinquedos dela.

Eu: Ela tem 1 ano Nicolas, ela é um bebê. Ela vai brincar e vai deixar de lado e pegar outra coisa, você está sendo egoísta. Você não empresta seus brinquedo para o Aiden? É a mesma coisa.

Nick: Mas o Aiden é menino.

Eu: E dai?

Nick: A professora disse que menino brinca com coisa de menino e menina com coisa de menina e que os meninos são melhores que as meninas e as meninas só vão cuidar de casa. – aquilo foi um choque. Eu vinha percebendo uns padrões nas falas do meu filho nas três ultimas semanas de aula e nessas férias ele continua do mesmo jeito. Sempre dizendo que os meninos são melhores que as meninas. E uma fala do Aiden também assustou a Natalie quando ele disse que meninas que namoram meninas deveriam ser mortas e que eu deveria morrer por namorar a mãe dele. A Natalie o deixou de castigo, mexeu no ipad dele pra ver se tinha algo que ele estava vendo e passou despercebido por ela e não tinha nada.

Eu: Isso não existe. Eu sou uma menina, a sua irmã mais velha é uma menina e fazemos tudo como os meninos fazem. Eu não quero ouvir isso de você mais... – fiquei mais de uma hora falando uma série de coisas pra ele e ele chorou muito. Agora estava claro de onde estava vindo as falas dele, era da escola. Eu mandei uma mensagem para a diretora da escola na hora.

Boa tarde senhora Kepner, aqui é Priscilla Pugliese, mãe do Nicolas Foster Pugliese do Pre K sala 4 como vai? Me desculpe incomodá-la nas suas férias, mas não posso esperar o retorno das aulas para tratar desse assunto. O meu filho, assim como o filho da minha noiva Natalie Smith, o Aiden Smith estão falando coisas muito machistas, até mesmo homofóbicas, com discursos de ódio. E para nosso espanto como deve imaginar, o Aiden está pregando a minha morte por ser noiva da mãe dele por sermos mulheres. Nossos filhos tem 3 anos senhora Kepner, TRÊS ANOS. E meu filho mordeu o rosto da irmãzinha dele por causa de um brinquedo e fez um super discurso machista justificando o ato dele de que meninos são melhores que meninas e que as meninas só cuidarão de casa. Ele disse que a professora disse isso pra ele. A professora do meu filho está pregando machismo, discurso de ódio e homofobia com as crianças de três anos. Eu sou lésbica, eu fui casada com uma mulher e tenho três filhos com ela. Eu vou me casar com a Natalie Smith, mãe do Aiden e a professora fazendo nossos filhos praticarem discursos de ódio, homofobia, misoginia? Eu pago 1 mil dólares por mês para o meu filho ter a melhor educação e não para ser um babaca instruído por uma professora preconceituosa. Se o meu filho chegar no primeiro dia de aula e for essa mulher, eu quero que os documentos dele sejam entregues a mim porque eu não quero que meu filho fique nessa escola ok? Então pense bem no que vai fazer a respeito. Obrigada.

Mandei o áudio. Fiz a minha filha dormir, elaestava com sono também. A coloquei na cama dela peguei meu notebook e comecei ainvestigar a vida dessa professora e descobri diversas curtidas dela, diversoscomentários em grupos supremacistas brancos, em grupos fascistas. Essa mulher éuma extremista descarada e estava moldando nossos filhos. Imprimi tudo que elacomentou, curtiu, que ela faz parte, eu não deixaria isso barato. Liguei para aLohana também enviei pra ela tudo que vi e ela me pediu para conversar com meufilho e pedir a Natalie para que faça o mesmo com o Aiden e gravasse a conversaem vídeo para ter um caso para registrar uma ocorrência contra ela. Eu fiz issonaquele mesmo dia falei para Natalie fazer o mesmo e mandamos para a Lohana,ela ia passar para uma amiga dela que cuida de casos como esses e tudo seresolveria. Minha filha viajou duas semanas antes das aulas começarem, foi parao México com as amigas, Cancun. Elas ficaram 1 semana lá curtindo praia. Umasemana antes das aulas começarem, ela foi pegar a lista de livros, e fazer oshorários de aula dela. Ela vai estudar em período integral 3 vezes na semana eestava empolgada para começar. O namorado dela está na faculdade já, ele estáindo para o segundo semestre de medicina. No dia que as aulas do Pre Kcomeçaram levei o meu filho para a escola, a Natalie saia com o filho dela paraa escola também. Chegamos na escola e a professora estava lá. A diretora disseque não podia demiti-la sem provas suficientes, que ela está fazendo isso comas crianças. As salas do Pre K tem câmeras ocultas, e ela não viu nenhumacâmera. Eu pedi que ela fizesse a documentação do meu filho, porque ele nãoestudaria naquela escola mais. Natalie deu o maior escândalo na frente de todos os pais e os pais retiraram os filhosda sala de aula exigindo um posicionamento da diretora porque os filhos estavamcom as mesmas falas em casa. A diretora não sabia o que dizer, ou melhor, nãoqueria demitir a professora que estava ali fingindo que não estava acontecendonada. Pedi a documentação do meu filho, Natalie também pediu e os pais alipresentes também pediram. A diretora começou a chorar pedindo para darem umtempo a ela, e eu e Natalie dissemos que não voltaríamos atrás. Liguei para adetetive que estava cuidando do caso expliquei a situação ela falaria com adiretora a tarde, porque ela estava em uma missão. A diretora providenciou a documentaçãodo meu filho e do Aiden e saímos dali. Deixamos as crianças com as babás efomos em busca de uma nova escola. Passamos uma semana procurando uma novaescola para eles e encontramos uma bem perto do condomínio mesmo que nosagradou. Os meninos começariam na segunda feira. A professora foi presa juntocom o marido por incitar ódio nas redes sociais e foi descoberto que elesestavam na organização de um ataque a um bairro onde moram muitos negros elatinos em Nova York para "limpar" a cidade, uma coisa muito nojenta o que elesestavam organizando.