Capítulo 56

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Entrei no meu carro e comecei a chorar. Eu estava com raiva, magoada, e ao mesmo tempo estava feliz por saber que a minha filhinha estava viva. Recebi uma mensagem...

Me encontra na rua de trás do seu condomínio no mesmo lugar daquele dia, daqui meia hora.

Eu respondi...

Ok, estou indo...

Eu liguei o carro e fui pra lá. O Cadillac já estava me esperando eu desci do carro e entrei nele.

XX: Como está?

Eu: Com raiva, magoada e feliz ao mesmo tempo de saber que minha filha está viva.

XX: Já descobrimos o endereço dela na Inglaterra. Sua filha será trazida para os Estados Unidos em alguns dias. O governo entrará com uma ação para dar a guarda dela a você. A Chloe tem só o sobrenome da Julie, e ela usou o nome dela no hospital e o hospital não checou a documentação dela no sistema nem nada porque ela pagou por todo o tratamento hospitalar dela, já que o plano de saúde dela sairia como cancelado por morte.

Eu: Quando? Quando minha filha chega?

XX: Ainda não tenho essa resposta. Hoje vamos tomar o depoimento da Julie, ela ficará presa aqui até amanhã e será transferida para Washington e vai para a cadeia do Pentágono.

Eu: Por que?

XX: Ela é uma agente da CIA, não sabemos das intenções dela. As reais intenções dela. Não sabemos se é verdade o que ela te contou, eu ouvi toda a conversa de vocês. Ela pode estar mentindo, você sabe que ela tem uma facilidade imensa de tomar como verdade uma grande farsa. – me explicou diversas situações e realmente fazia sentido. – Vai pra casa, descansa. Isso vai cair na mídia a qualquer momento, vamos tentar evitar até que seus filhos saibam da verdade.

Eu: Ainda tem isso. – suspirei – Contar aos meus filhos. Como eu vou dizer pra eles que a mãe deles está viva e fingindo de morta porque é uma desequilibrada?

XX: Vai ser difícil. Aqui tem o telefone de uma terapeuta. O nome dela é Keila Chamber, uma excelente profissional. Se precisar, ligue pra ela. Ela pode ajudar nesses casos.

Eu: Obrigada. Acho que vou precisar. – eu desci do carro e fui para o meu carro. Fui pra casa, e a casa estava vazia. Eu estava sozinha. Enchi minha banheira com agua bem quente, eu precisava disso. Eu chorei e chorei muito. Eu precisava colocar pra fora tudo isso, esse turbilhão de sentimentos dentro de mim que estavam me matando. Eu estava sentindo um ódio absurdo da Julie. Eu sai do banho, coloquei um pijama, tomei um remédio pra dormir, eu precisava dormir. Eu não demorei muito a apagar. Sonhei a mesma coisa de sempre, com a Julie morta no chão de casa, e uma pessoa atirando em mim. Em seguida o sonho se repetia, mas a pessoa não atirava em mim, ela ria. E acordei por volta de 10 da manhã, fiz minha higiene e desci. Fiz um misto quente, um café e um suco. Comi vendo a neve cair forte no jardim. A Claudia estava de folga. Eu subi peguei o HD e o meu celular e desci para o meu QG. Meu celular tinha dezenas de chamadas e mensagens da minha mãe, da Natalie, do meu irmão que a essa altura já sabia de tudo. Eu mandei mensagem para os três..

Eu estou bem. Só preciso descansar um pouco e ficar sozinha. Mais tarde nos falamos.

Abri o HD e entrei em tudo que tinha naquele computador dela. Numa pasta continha extratos bancários, comprovantes de pix, e todos no nome de uma pessoa... Richard Foster. O mais recente era daquela semana. Meu sogro sabia de tudo. Eram quantias altas, por isso ela estava vivendo na Europa. Eram quantias muito altas... Me lembrei da reação dele segundo minha filha, muito estranha e comecei a pensar se minha sogra sabia disso também. Eu enviei aqueles extratos para o meu contato na NSA na hora. Logo o meu telefone tocou.

Eu: Oi?

XX: Richard Foster era a peça que faltava no quebra cabeças. Ele sabia de tudo. Ele sabia o que ela pretendia. Ele a ajudou.

Eu: Como foi o depoimento?

XX: Ela confirmou tudo. Que o pai a ajudou, que ele não queria que ela fosse morta por extremistas, que ele estava preocupado com a saúde mental dela, então por mais loucura que ele tivesse achado que era tudo o que ela queria fazer, ele topou.

Eu: A minha sogra sabe? Ela participou?

XX: Não. Ela não tem a menor ideia do que ele fazia, de toda essa história. E vai ser um choque e tanto pra ela saber que a filha e a neta estão vivas, e que o marido sabia de tudo o tempo todo.

Eu: Meu Deus... Quais são os passos agora?

XX: Vamos embarcar hoje a noite para Washington, ela vai para a prisão do Pentágono.

Eu: Ok, e minha filha?

XX: Já designei uma assistente social, ela deve chegar amanhã cedo na Inglaterra. A Chloe vai ficar sob tutela da assistência social até que tudo se resolva.

Eu: E em quanto tempo? Em quanto tempo ela ficará assim? Quando ela virá pra casa?

XX: Se tudo ocorrer como o planejado, em 10 a 15 dias.

Eu: Eu posso vê-la?

XX: Não. Até que todo o processo seja cumprido, não poderá vê-la. Mas terá noticias sobre ela, sobre o estado de saúde dela. Nesse tempo, prepare um quarto pra ela. – conversamos mais um tempo e desliguei. Eu abri uma pasta escrito Chloe. Eu fiquei encarando aquela pasta um tempo, eu não sabia se abria ou não. Até que eu cliquei. Dentro dela haviam pastas. Recém nascida, 15 dias, um mês, dois meses, até o oitavo mês dela que era recente. Ela era linda, ela era perfeita. Seus olhos eram grandes e bem expressivos, eram azuis. Ela tinha muito cabelo e era bem escuro o cabelo dela. 

Eu estava apaixonada

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Eu estava apaixonada. Enviei algumas fotos para o meu celular e o restante para o meu computador. Ia revelar tudo e colocar num álbum. Eu mandei uma foto dela para a Natalie escrito Chloe com um coração... Logo ela me mandou mensagem.

Ai amor que boneca... Ela é perfeita... Quando vai poder vê-la?

Eu desliguei tudo subi, tomei um banho, metroquei e fui pra casa dela.


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A Chloe é uma fofa né ?!

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