PRISCILLA NARRANDO...
A festa da minha filha chegou e foi uma super festa. Ela se divertiu tanto e meu coração ficou cheio de alegria com isso. Eu e a Natalie estamos cuidando das coisas do nosso casamento junto com uma cerimonialista que está fazendo exatamente como a gente quer, porque se dependesse da minha mãe, nosso casamento seria na Times Square com a Beyonce e a Mariah Carey cantando, no natal e cheio de papai noel correndo a nossa volta brilhando e jogando doces. Muito espalhafatosa. A gente até brigou por isso. Vamos nos casar num lindo clube de manhã e faremos uma recepção com um almoço brasileiro. Nosso casamento será bem singelo e simples, com poucas pessoas. Eu estava tensa com coisas do trabalho, sentindo que não estava dando atenção suficiente para os meus filhos e fui fazer o que eu precisava fazer referente aos convites e as flores do casamento. Quando terminamos de escolher, Natalie puxou um assunto muito estranho comigo. Se eu tinha certeza disso, de casar, porque eu não tinha tempo pra ela, porque eu sempre estava atendendo ou o meu trabalho ou aos meus filhos e essa conversa esquisita me deixou muito irritada. Eu sai da casa dela com muita raiva. Cheguei em casa, minha filha estava no telefone conversando com uma amiga.
Eu: Sua avó está em casa?
Lily: Saiu com o Nick e a Chloe.
Eu: Vamos sair, se troca. Coloca um tênis e uma blusa confortável.
Lily: Onde vamos?
Eu: Sair... – falei séria. Subi e me troquei. Desci até o meu QG peguei uma das minhas armas e subi. Ela descia as escadas. Dentro do carro eu manuseei a arma e ela assustou.
Lily: Hei... Quem a gente vai matar?
Eu: Ninguém, está maluca?
Lily: Achei que a gente ia matar alguém tipo o Sargento Voich em Chicago PD. Que leva para um terreno baldio, faz cavar a própria cova, mata e enterra. – deu de ombros. Essa menina está vendo muita série. Fomos para o stand de tiro que era a uns 15 minutos dali. Fiz o cadastro da minha filha, eu já tinha ficha ali. Mostrei minha arma, me deram um cartucho deles e entramos. Logo um instrutor veio e deu uma arma semelhante a minha para a minha filha com o cartucho fora dela.
Eu: Agora você trava e coloca o cartucho. – ela fez isso antes que eu terminasse de falar. – Ok... – falei tipo "nossa". – colocamos os abafadores de ouvido, apertei o botão para acender a luz e aparecer o encarte com o nosso alvo. – Desbloqueia e... – ela já enfiou seis tiros de uma só vez. E todos no mesmo circulo do meio.
Lily: Assim?
Eu: Se fosse um ser humano com certeza estaria morto agora.
Lily: A vovó atira super bem sabia?
Eu: Sim. Ela é uma ótima atiradora. Vou estar aqui do lado. Temos 30 minutos e alvos mais difíceis só apertar esse botões. – passei para o outro lado do blindex e comecei a atirar e só trocava os cartuchos. Quando me dei conta já tinha atirado mais de 40 vezes. Minha filha me olhava do outro lado. – O que foi?
Lily: O que foi? Você não está na guerra não. Por que está assim?
Eu: Eu e a Natalie brigamos.
Lily: Por que?
Eu: Perguntou se era isso mesmo que eu queria. – quando me dei conta já tinha desabafado com ela.
Lily: Vamos sair daqui... – soltou o cartucho e colocou a arma em cima da bancada. Apertou o interfone e chamou o instrutor. Ela assinou, eu assinei e saímos. Ela não falou nada o caminho todo, eu tenho certeza que fiz errado em falar sobre isso pra ela. Ela foi tomar banho, a mamãe chegou com as crianças, eu fui tomar banho antes de interagir com eles. Desci e fui ver o que ia fazer para o jantar. Minha mãe disse que já tinha comido no shopping com as crianças, Lily desceu pegou a bolsa e disse que ia comer pizza com os amigos então eu só fiz um sanduiche pra mim e um suco. Brinquei um pouco com meus filhos conversando com a minha mãe e ela não quis opinar sobre o assunto, mas eu sabia o que ela estava pensando. Coloquei meus filhos na cama e desci para o meu QG. Verifiquei algumas câmeras, fui checar alguns e-mails.
A Julie quer ver os filhos. Ela recebeu o beneficio da prisão domiciliar a três dias e sai amanhã do setor especial do Pentágono. Ela ficará numa casa em Chavy Chase no Distrito de Columbia. Ela não pode passar de 1 quilometro da casa dela, o que a reduz ao supermercado, farmácia, hospital, academia, padaria, pizzaria, lanchonetes e uma pequena praça. Ela será rastreada pela tornozeleira eletrônica e todas as redes sociais além do telefone dela e do telefone fixo, do IP dela estará codificado para sabermos tudo que ela acessa e com quem ela fala e o que ela fala. Não invadiremos a privacidade dela, mas ela não poderá assediar você, nem os filhos, ou amigos, e nem fazer contato com as pessoas envolvidas no caso dela. Agora ver os filhos cabe a você autorizar.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...