Capítulo 11

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Eu: Sabe atirar? Tem porte de arma?

Nat: Sei, tenho sim. Está no cofre, por causa do meu filho.

Eu: Seu carro é blindado? Tem GPS?

Nat: Sim é blindado e tem GPS.

Eu: Fique atenta quando sair de casa, quando entrar. Pegue caminhos diferentes para vir pra casa quando sair, dê voltas a mais para despistar. Qual a cor do seu carro?

Nat: Branco. Mas meu marido tem um carro preto, eu ainda não o vendi.

Eu: Use o carro do seu marido, carros escuros somem com mais facilidade entre os outros carros. Se possível, quando se mudar, troque de carro.

Nat: Estou ficando com medo Priscilla. – me olhou assustada.

Eu: Natalie, tem alguém tentando matar você, seu cunhado tentou matar você, mas é burro e barulhento demais pra isso. Estou te dando todas as táticas possíveis para se proteger e proteger seu filho disso. Eu vou proteger sua casa, eu vou colocar câmeras em volta dela toda. Vi que tem portão eletrônico lá, eu mandei colocar no meu, acho muita exposição um quintal gigante todo aberto, por mais que seja num condomínio.

Nat: Não precisa Priscilla, eu peço uma empresa para fazer isso.

Eu: Não se preocupe, eu mesma faço ok?

Nat: Tudo bem. Depois me diga quanto custou tudo.

Eu: Sem problemas. Eu vou subir, qualquer coisa me liga.

Nat: tá, obrigada. – eu subi.

Lily: E ai mãe?

Eu: Oi filha... – suspirei – O cunhado da nossa vizinha do andar de baixo a Natalie, aquela que perdeu o marido a pouco tempo, tentou invadir a casa dela.

Lily: Meu Deus e esses tiros?

Eu: Eu dei dois tiros nele.

Lily: Você o matou? – me olhou assustada.

Eu: Não filha, foi só para pará-lo. Ele não vai morrer, só se der muito azar mesmo. Vai dormir, está tudo bem.

Lily: Tá... Boa noite.

Eu: Boa noite. – ela foi para o quarto dela. Eu fui para o meu quarto liguei meu notebook e fiz uma pesquisa... Precisava saber quem era Mark Jones Tedlake. Esse nome não existia no sistema do governo, então digitei no google e apareceu uma peça de teatro bem conhecida nos EUA e o personagem principal tinha o mesmo nome e o ator que interpretava o papel dele se chamava Rodrigo Tardelli. Aquele nome não era estranho pra mim. Eu era boa com sobrenomes, então entrei no sistema do governo novamente e digitei o nome dele. Ele já foi um soldado do exército e deixou de ser a alguns anos e agora era ator em Los Angeles.

Eu: Por que você se passou por capitão da força aérea hein Rodrigo? – falei olhando pra foto dele. Imprimi todo o caso dele. Rodrigo foi deposto do cargo dele por beneficiar pessoas que não tinham mérito para isso. Ele foi demitido e não teve direito a pensão do governo, mas o governo sabia de cada passo dele. Ele estava trabalhando como ator numa companhia de teatro em Los Angeles, tinha uma vida confortável. Não fazia sentido, ele se passar por capitão da força aérea, mas alimentou a minha teoria sobre o marido da Natalie. Eu dormi um pouco e acordei cedo, fui ver meu filho, e já tinham tirado meu pequeno do respirador.

Marcelly: Ele evoluiu muito melhor do que o esperado Priscilla, ele já respira sozinho, ainda não acordou, mas pode ficar com ele, fazer carinho, falar com ele que ele vai despertando aos poucos.

Eu: Tá... E tem previsão de quando ele vai para o quarto?

Marcelly: Ele deve ir para o quarto até o começo da noite. Mas você poderá ficar aqui na semi intensiva com ele, só não podia lá na UTI. Já fizemos exames, e ele tem todos os sentidos preservados. – eu respirei aliviada. Ela saiu e eu me sentei do lado dele.

Eu: Oi pequenininho da mamãe... Vamos acordar filhinho? A mamãe está morrendo de saudade de você filho. A gente tem que procurar uma escolinha pra você. Você quer tanto ir pra escolinha mesmo a mamãe achando tão cedo você ir para a escola. – fiquei conversando com ele e ele começou a se mexer até abrir os olhinhos. – Oi meu lindo – sorri. – Tudo bem garotão da mamãe? Que saudade meu filho – ele pegou minha mão e eu beijei a mãozinha dele.

Nicolas: Mamãe?

Eu: Oi minha vida?

Nicolas: Leitinho.

Eu:A mamãe vai ver se você já pode mamar ok? – eu chamei uma enfermeira, ela foi chamar aMarcelly primeiro. A Marcelly o examinou e liberou que fizessem uma mamadeirapra ele. Ele tomou a mamadeira toda, eu troquei a fralda dele e deitei do ladodele. Não demorou muito ele dormiu de novo. Fiquei o dia todo ali. Hillaryapareceu lá, levou um quebra cabeças pra ele, mas não podia ficar muito porqueele estava na semi intensiva e somente uma pessoa poderia ficar. A noite quandoele dormiu, ele foi levado para o quarto. Deram um remedinho pra ele dormir,então eu fui em casa tomei um banho, passei num restaurante para jantar, minhafilha disse que pediu pizza pra ela. Fui na casa nova, e tudo estava no lugar,o quarto da Hillary estava cheio de caixas, a cama já tinha chegado, e estavampintando lá. Faltavam poucas coisas para arrumar. Fiz o pedido do equipamentode segurança para a casa da Natalie, e voltei para o hospital. Nos diasseguintes, eu me dividia entre levar nossas coisas para a casa nova, colocar nolugar e ficar com ele. Eu estava exausta. A babá ficava com ele durante a tardepara que eu fizesse essas coisas e eu passava a noite e a manhã com ele.


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