Liguei primeiro para a Lyn que ficou desesperada e já ia para Nova York. Depois liguei pra minha mãe. Nós duas mal nos falamos.
Mãe: Priscilla? – falou um pouco seca.
Eu: Oi mãe, como está?
Mãe: Bem. E você e as crianças?
Eu: Bem. Eu liguei para falar da Lily.
Mãe: O que tem a Lily?
Eu: Ela está internada. Descobrimos um câncer no fígado. Ela começa a fazer quimio amanhã.
Mãe: Meu Deus... Como assim Priscilla, ela é nova, não se alimenta mal, não fuma e não bebe.
Eu: Pode ser genético mãe, parte do pai dela, não sabemos. Enfim... Achei que gostaria de saber. Era só isso.
Mãe: Estão no Mount Sinai.
Eu: Sim.
Mãe: Vou para Nova York assim que possível.
Eu: Tá bom. – desliguei. Fiquei encarando um certo numero um bom tempo... Era o certo a se fazer por mais que eu odiasse. Coloquei para chamar e na quarta chamada atendeu.
XX: Alo?
Eu: Julie?
XX: Priscilla?
Eu: Sim.
XX: Que surpresa. Está tudo bem?
Eu: Tem contato com a família do pai da Lily?
XX: Tenho o endereço e os telefones deles, porque? Ela quer ter contato?
Eu: Ela está com câncer no fígado, vai precisar de um transplante então vamos precisar que a família biológica toda faça teste de compatibilidade para doarem uma parte do fígado pra ela.
XX: Meu Deus, minha filha. E você fala nessa tranquilidade Priscilla?
Eu: E queria que eu fizesse o que? Gritasse e chorasse? É um fato Julie, se eu pudesse eu nem te avisaria. Nem ela queria que você soubesse, acha mesmo que ela quer um pedaço do seu fígado dentro dela? Mas se você for compatível vamos ter que aceitar fazer o quê – fui rude.
XX: Eu vou entrar em contato com meu agente de condicional para saber como fazer para eu ir para Nova York. Vou te enviar por email os telefones e endereços da família do pai dela. Usa o mesmo email?
Eu: Uso.
XX: Vou enviar daqui a pouco.
Eu: Ok. – desliguei na cara dela.
A primeira quimioterapia da minha filha foi terrível. Ela passou tão mal que foi para a Uti.
Nat: Amor...
Eu: Oi?
Nat: Precisa ir pra casa, descansar. Não vai poder ficar com ela na UTI.
Eu: Eu já vou – suspirei dando um beijo na mão da minha filha. – A mamãe te ama, vai ficar tudo bem. – ela estava dormindo. Saímos de lá. – Ela precisa do transplante – suspirei.
Nat: Precisa. A quimio vai mata-la. Ela não vai aguentar tanta medicação forte e a radioterapia juntos.
Eu: Não vai. Eu já falei com a Julie, ela vai falar com o agente da condicional dela, vai entrar em contato com a família do pai dela. Enfim...
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...