Nat: Preciso te mostrar uma coisa. – pegou o celular dela, mexeu e logo me entregou. – Eu fiz esse vídeo escondido a alguns dias. – eu dei play no vídeo. Era uma pessoa no quarto da minha filha no hospital. Logo ela tirou a touca, seu cabelo era loiro. Eu arrepiei. Logo ela colocou a touca e saiu rapidamente.
Eu: Desde quando? Desde quando sabe disso? – eu não olhei pra ela.
Nat: Quando o Aiden disse que o Nick tinha uma amiga adulta e eu contei a você. Eu comecei a desconfiar, porque a Hillary tinha visto uma mulher parecida com a mãe em Washington.
Eu: E não achou interessante me contar?
Nat: Eu estava esperando a Lily sair do hospital, e agora do jeito que está estranha e pelo visto tem a mesma percepção que eu, é o momento oportuno. Eu mandei esse vídeo pra sua mãe, e ela disse que é sim a Julie. – eu suspirei.
Eu: Parece que o jogo virou não é mesmo?
Nat: Não fala assim.
Eu: Eu procurei o Ian... – contei tudo a ela e falei que fiquei a noite toda fazendo pesquisas e que eu sabia onde ela estava hospedada.
Nat: O que vai fazer? Vai procurar por ela?
Eu: Ainda não. Eu tenho muitas perguntas. Preciso saber quem é o bebê que eu segurei, de quem é o corpo que foi retirado da minha casa aquele dia, porque ela fez isso...
Nat: A gente está cercada de gente maluca – suspirou.
Eu: É...
Nat: E o que isso muda entre a gente?
Eu: Nada amor. Eu te amo e isso não muda. – dei um beijo nela. – Minha preocupação é, como meus filhos vão receber isso? como minha filha vai entender o que a mãe está fazendo e porque ela está fazendo isso? Porque o Ian a ajudou? E a minha filha? O que aconteceu com a minha filha? – deixei cair uma lágrima.
Nat: Vai ficar tudo bem amor... Logo terá suas respostas. – me abraçou. – Tenho que buscar meu filho na escola. A gente se ve depois tá?
Eu: Tá. Te amo – a beijei.
Nat: Te amo. Qualquer coisa me liga.
Eu: Tá bom. – ela foi embora. O Nick tinha espalhado brinquedo pela casa toda. Eu sai juntando tudo. As amigas da minha filha foram embora logo, eu a ajudei a tomar um banho, dei os remédios dela. Pouco depois a mamãe terminou o jantar e eu levei o jantar dela, dei banho no meu filho, dei janta a ele, fizemos a higiene e eu o coloquei na cama. Ele dormiu rápido. Eu tomei banho e desci para jantar com a minha mãe. Conversamos sobre a Julie, ela me falou do vídeo que a Natalie gravou, eu disse que sairia a meia noite e ela tomaria conta dos nossos filhos. Eu desci para o meu QG e fiquei olhando tudo aquilo, tentando fazer uma cronologia de toda a ação dela. Tentando me lembrar de conversas dela, de atitudes suspeitas. Me lembrei que uma semana antes do fato, ela estava no telefone muito nervosa e falando que precisava resolver algo, mas eu não sabia o que era. Julie andava estressada, esquisita. Eu não entendia porque ela estava daquele jeito. Era tudo muito estranho, muito suspeito. Tudo virou motivo de dúvida. Fui até um storage que tinha na casa, eu guardava algumas coisas dela lá em caixas e abri tudo. Notei que faltava um álbum de fotos das crianças, o passaporte dela não estava ali também, eu não me lembrava de tê-los visto quando juntei as coisas dela na casa, mas eu estava tão atordoada que não me liguei no passaporte dela. Como eu pude deixar isso passar despercebido? Logo meu celular vibrou, era mensagem.
Chego em nosso ponto de encontro em 10 minutos.
Eu respondi...
Estou saindo de casa.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...