Capítulo 24

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Ajudei minha mãe com o almoço, demos comida as crianças, e ficaram vendo desenho e acabaram dormindo no sofá.

Mãe: Vocês duas estão juntas?

Eu: Não mãe. A gente ficou, mas não sei o que somos, o que temos. Ela nunca ficou com mulher, ela está se descobrindo.

Mãe: Gosto dela, ela é boa pessoa. E acho que você deveria parar com essa loucura de ir atrás daquele desgraçado e viver sua vida.

Eu: Eu sossego quando acertar as contas com ele.

Mãe: Filha, você e a Julie iam se separar, para com essa paranoia, com essa vingança idiota.

Eu: Não se trata só da Julie mãe, se trata da minha filha que não teve a menor chance e aquele covarde a tirou de mim. Ele nunca vai botar as mãos em cima do Nicolas, e ele vai pagar pelo que ele fez com a minha filha e com a Julie. Nem que isso seja a ultima coisa que eu faça na minha vida. - ela suspirou.

Mãe: Vai ter um destacamento em breve. Soube pelo meu amigo coronel. Vão convocar muita gente, inclusive quem está fora de combate a muito tempo, principalmente médicos. Seu nome pode estar na lista. - eu olhei pra ela.

Eu: Para onde?

Mãe: Uma base aqui mesmo em Nova York. Não sei o que houve, só me falou isso. É muito secreto.

Eu: Tão secreto que o boca de sacola contou pra você que está contando pra mim. – rolei os olhos e ri.

Mãe: Me respeita Priscilla que eu ainda sou sua mãe garota. - eu ri do jeito que ela ficou irritada. Natalie trabalhou 24 horas no hospital e eu cuidei do Aiden. Ele era um bom menino, era comportado, ficou bem comigo. A Luz voltou na manhã seguinte e o que foi ótimo já que o gerador estava perto de ficar sem gasolina para funcionar, ainda mais para uma casa daquele tamanho. Natalie pegou o Aiden no fim da tarde, ela precisava dormir e descansar. A noite estava no meu porão quando recebi um email.

Problemas na Área 51. Alguns médicos do exército e marinha de máxima confiança serão destacados para cuidarem do caso, das pessoas infectadas em Nova York, na base médica militar e seu nome está na lista.

Eu: Droga... – não demorou 24 horas e recebi uma mensagem de voz de convocação...

Capitã Priscilla Álvares Pugliese, apresente-se hoje as 18 horas na base militar de Nova York. Capitã Priscilla Álvares Pugliese, apresente-se hoje, as 18 horas na base militar de Nova York.

Mãe: Tudo bem filha?

Eu: Tenho que me apresentar daqui 2 horas na base militar. – suspirei.

Mãe: Filha, liga pra alguém do FBI ou da NSA, você tem dois filhos que já perderam uma mãe. A gente nem sabe do que se trata, não pode deixar seus filhos. – falou aflita.

Eu: Calma mãe. Eu ainda respondo a marinha e ao governo americano. – subi tomei um banho, coloquei a roupa que eu não vestia a muito tempo, fiz um coque e desci. Minha mãe já começou a chorar ali. – Mãe, eu não estou indo pra guerra, fica tranquila. – a abracei. O Nicolas logo veio.

Nick: Mamãe, porque tá com essa roupa?

Eu: Filho – ajoelhei na frente dele – A marinha chamou a mamãe para uma missão. A mamãe tem que ir, mas a vovó vai cuidar de você tá? A Lily também vai. – minha filha estava em pé ali com a cara amarrada.

Nick: Eu não quero que você vai mamãe – me abraçou.

Eu: Eu sei filho, eu também não queria ir, mas a mamãe tem que ir. – abracei com força e o beijei. – Eu te amo.

Nick: Eu te amo.

Eu: Eu não vou demorar ok?

Nick: Ok... – peguei a chave do carro e a Hillary veio até a garagem comigo.

Lily: Mãe... Do que se trata?

Eu: Ainda não sei filha. Parece que é algo secreto tem a ver com a área 51. Não pode dizer nada a ninguém ok?

Lily: Toma cuidado.

Eu: Eu vou tomar. Te amo – a abracei.

Lily: Te amo. – entrei no carro e sai. Parei em frente a casa da Natalie e toquei o interfone.

Nat: Oi?

Eu: Pode vir aqui fora?

Nat: Estou indo. – ela logo apareceu. – Por que está vestida assim?

Eu: Eu fui convocada.

Nat: Não – começou a chorar – Você não pode ir. – me abraçou com força.

Eu: Eu preciso. Mas é aqui em NY mesmo. Vai ficar tudo bem. – dei um beijo na testa dela. Ficamos abraçadas ali um bom tempo. - Preciso ir. Quando eu chegar em casa eu te ligo.

Nat: Tá bom se cuida.

Eu:Você também. –demos um selinho. Eu não sabia o que a gente era, o que estávamos tendo, masera leve.


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