Eu: Meu Deus...
XX: Está tudo bem doutora?
Eu: Ela é filha da minha noiva. Cassie, liga pra Priscilla Pugliese é a mãe dela. – dei meu telefone pra ela. – Explica pra ela o que houve e pede pra ela vir pra cá imediatamente.
XX: Ok.
Eu: Trauma 4... – fomos pra lá. – Hillary, está me ouvindo? – ela não me respondia, mas tinha aberto os olhos. Ela tinha resposta ocular, estava em choque, mas tinha resposta ocular. – Ela está em choque. Traz um ultrassom portátil pra mim por favor... - trouxeram. - Ela está com um pneumotórax gigante, ela precisa de cirurgia agora. Preparem uma sala pra mim, não posso esperar a mãe dela chegar. – os aparelhos apitaram.
XX: Ela está parando doutora.
Eu: Hillary você não vai morrer ok? – eu tentei ressuscita-la – Traz um carrinho de parada. – logo trouxeram – Coloca em 120... Afasta – a choquei... – Sobe para 200... Afasta – a choquei e ela voltou. – Me dá um dreno, preciso liberar todo esse sangue. – coloquei um dreno torácico nela e saiu muito sangue. A pressão dela foi melhorando e ela foi levada para a cirurgia.
XX: Avisei a mãe dela, ela está vindo pra cá. Ela disse para fazer o que for preciso que está autorizada caso não consiga chegar antes de tomar qualquer decisão.
Eu: Por favor Cassie, quando ela chegar, explica pra ela o que houve, esta tudo no prontuário. Vou subir com ela pra cirurgia. Peça a ela que assine a autorização. Não dava para esperar.
XX: Pode deixar doutora. – eu subi, me lavei e entrei.
Eu: Por favor Hillary, seja forte. Lute por você minha linda, não desista ok? – suspirei – Bisturi... – comecei a cirurgia. A cirurgia durou 3h30, e foi bem sucedida. Ela ficaria bem. Fizemos os exames pós operatórios, ela estava responsiva, atualizei o prontuário depois que ela foi para a UTI e fui até lá. – Como está a pressão dela?
XXX: Está 110x70, 79 BPM.
Eu: Ok. – chequei os olhos dela, os reflexos e estavam bons. – Vou falar com a mãe dela. Alguém avisou que a cirurgia acabou?
XXX: Não doutora, ela estava muito nervosa, teve uma crise de pânico, precisaram medicá-la para se acalmar.
Eu: Ela tem TEPT. – suspirei – Vou até lá. – sai da UTI e fui falar com a Pri. Minha sogra já estava lá, os tios da Pri, o irmão dela com a esposa.
Felipe: Priscilla... – ela levantou a cabeça e me olhou.
Pri: Natalie – veio em minha direção. – Como ela tá?
Eu: Calma amor, você está tremendo – falei baixo e calma. Peguei uma cadeira e me sentei de frente pra ela a sentando no sofá. – A Hillary chegou aqui com a pressão 140x90, 110 BPM. Ela quebrou dois dedos da mão esquerda, ela bateu a cabeça no volante o airbag dela não abriu. Ela fraturou algumas costelas, e ela teve um pneumotórax grande. Na sala de trauma o coração dela parou eu a choquei duas vezes e ela voltou. Coloquei um dreno torácico nela e a levei para a cirurgia. Ela foi operada por mim, ela está na UTI agora se recuperando, a pressão está 110x70, 79 BPM, ela está reativa. Ela está estável embora ainda esteja dentro do quadro de risco já que ela passou por uma cirurgia de peito aberto. Ela vai ficar bem Pri, as próximas 24 horas são muito importantes. A cirurgia não teve nenhuma intercorrência.
Pri: Ela acordou depois da cirurgia?
Eu: Não, porque induzimos o coma pra ela se recuperar. Vamos acordá-la em 24 horas.
Pri: Eu... Eu preciso vê-la.
Eu: Eu vou te levar até ela, mas preciso que se acalme amor – falava calma. – Ela está bem dentro do quadro dela. Ela é forte. – a abracei e ela chorou – Calma... – depois de alguns minutos, eu a levei até a UTI, ela se vestiu e entrou.
Pri: Oi filha, é a mamãe... Vai ficar tudo bem tá meu amor... – falou com ela por uns 10 minutos e saímos. Voltamos para a sala de espera onde a família dela estava. – Eu não entendi nada do que aconteceu Natalie. Me deram o telefone de um chefe dos bombeiros, mas não consegui falar com ele. Eu não entendi nada.
Eu: A informação que eu recebi, foi que um carro patinou atrás dela e a acertou em cheio. O airbag dela não abriu e ela acabou se ferindo. Foi tudo muito rápido e o impacto do cabeça dela e do peito no volante foi grande por isso ela ficou assim. O seguro do carro foi acionado, já estão resolvendo, provavelmente vai pra recall. Ela só não se feriu mais porque o carro dela é blindado, senão ela teria se cortado com vidros, com ferragens. – o telefone dela tocou era do seguro do carro. Ela conversou um tempo com a pessoa e desligou.
Pri: Eu preciso ir até o pátio da delegacia para assinar uns papéis e liberar o carro dela pra recall. Ela vai receber outro carro, com blindagem com tudo que tinha nesse carro.
Eu: E você não vai aceitar.
Pri: Não da mesma marca. Minha filha poderia ter morrido por causa do airbag. Poderia ter sido mais grave. E eu preciso falar também sobre a pessoa que bateu no carro dela. Em período de neve ninguém pode sair sem correntes ou sem pneus de neve justamente por causa disso.
Eu: Amor, não vai brigar ok? Você está nervosa, está assustada e preocupada. Não sabemos os motivos da pessoa, então sem brigas ok?
Pri: Não vou brigar. – ela vai brigar.
XX: Com licença...
Eu: Pois não?
XX: Eu gostaria de saber sobre a mocinha que sofreu acidente mais cedo. Soube que ela estava na cirurgia. Meu nome é Greg Curley, eu sou marido da outra envolvida, Rebeca Curley. Minha esposa estava na outra SUV. – ele deveria ter uns 45 anos.
Eu: Essa é a mãe da adolescente. Priscilla Pugliese.
Greg: Muito prazer senhora, sinto muito pelo ocorrido.
Pri: Sua esposa quase matou a minha filha. Minha filha tem 16 anos, é super responsável no transito. Está nevando muito nas ultimas semanas, porque não trocaram os pneus, porque não colocaram correntes? Isso poderia ter matado a minha filha. – falava com raiva.
Eu: Priscilla...
Patricia: Filha... Por favor. Ele não tem culpa de nada, foi um acidente.
Greg: Me desculpe senhora. Minha esposa não conseguiu ligar o carro que ela mais usa ao sair de casa para buscar nossos filhos na escola então ela acabou pegando o carro que usamos para viagens longas e como não pretendíamos usá-lo não trocamos os pneus para pneus de neve. Ela confiou que não teria problemas, mas infelizmente teve. Ela está fazendo uma cirurgia no cérebro agora, ela bateu com a cabeça.
Pri: Minha filha está em coma na UTI.
Greg: Eu sinto muito.
Pri: É, você sente... – ele saiu de perto.
Patrícia: Não precisava disso Priscilla. Foi um acidente, não foi proposital. A mulher dele pode morrer nessa cirurgia.
Pri: Sinto muito se não vou sorrir e agradecer pela minha filha estar na UTI agora mãe. – saiu andando.
Eu: Priscilla... Espera... Priscilla... – eu fui atrás dela no estacionamento e ela chorava copiosamente no carro. – Hei... Ela vai ficar bem amor – a beijei. – Ela vai se recuperar, foi um susto muito grande, mas ela vai ficar bem.
Pri: Ela precisa ficar bem...
Eu: E ela vai ok? Eu ainda vou ficar aqui algumas horas. Vai pra casa, toma um banho e descansa. Quando eu sair daqui eu vou pra sua casa ok?
Pri: Tá...
Eu: Te amo.
Pri: Te amo. Obrigada por cuidar dela.
Eu:Não tem que agradecer. – abeijei de novo e desci do carro. Logo todos foram embora.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...