Capítulo 45

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Eu logo sai dali e fui até a prisão militar.

XX: Pois não?

Eu: Capitã da Marinha, Priscilla Pugliese.

XX: Boa noite capitã. Em que posso ajudar?

Eu: Quero falar com um militar sob custódia. Ian Tavares.

XX: Só um momento, preciso falar com o delegado.

Eu: Ok. – ele saiu e depois de 15 minutos voltou.

XX: Pode entrar capitã... Segunda porta a esquerda.

Eu: Obrigada. – fui até lá. Depois de 10 minutos ele chegou, algemado e sentou de frente pra mim.

Ian: Priscilla...

Eu: Pra você é capitã – falei séria. – Não vou rodear, não vou ficar com meias palavras. Por que matou minha mulher e minha filha?

Ian: Eu não matei as duas. Eu não matei ninguém, acredite em mim.

Eu: Não é muito fácil acreditar em você não Ian, vamos ver porquê? Você estava lá no mesmo horário, tem diversas câmeras mostrando e você como um grande covarde que é, tinha motivos. Então porque você matou a minha esposa?

Ian: Eu não a matei e você vai descobrir que eu não a matei.

Eu: Enquanto eu não te ver morto, ou preso pra sempre eu não vou sossegar, fique sabendo. – me levantei – Nem que pra isso eu tenha que matar um por um da sua família. – bati na porta e pedi para sair. Fui falar com o delegado. – Como vai ficar a situação dele?

Delegado: Ele será solto em alguns dias. Ele conseguiu o direito de responder em liberdade.

Eu: Sem uma audiência? Ele tentou me matar, dentro da base militar.

Delegado: Capitã, eu entendo. Ele recebeu esse beneficio sem audiência prévia por ser réu primário e vai pagar fiança de 100 mil dólares.

Eu: Esse homem deveria estar preso em Washington quando ele matou minha esposa e minha filha. Ele se mudou da noite para o dia pra cá, e numa missão durante uma invasão inesperada na base, ele atirou em mim a queima roupa, mas não esperava que eu estivesse com colete, porque aquele tiro poderia ter me matado. E vocês vão soltá-lo. Eu realmente vou ter que resolver do meu jeito.

Delegado: Capitã, devo entender que a senhora vai mata-lo?

Eu: Deve entender que como capitã da Marinha, agente do governo nacional, com ligação direta com o presidente dos Estados Unidos, ele vai ser pego e vai pagar pelo que fez. Obrigada pela permissão a essa hora. Boa noite.

Delegado: Boa noite capitã. – eu sai e fui para o meu carro. Cheguei em casa dei uma olhada no meu filho e quando ia para o meu quarto minha mãe me chamou.

Mãe: Onde foi Priscilla?

Eu: Que susto mãe. Eu fui dar uma volta.

Mãe: Toda de preto, de boné, óculos escuros e no carro da sua filha?

Eu: Boa noite mãe – entrei no meu quarto e fechei a porta. Eu tomei outro banho e deitei. Peguei meu celular tinha mensagens da Natalie.

Amor, estou com saudade. Estou exausta, fiz três cirurgias hoje, estou muito cansada mesmo, acho que não consigo ir pra casa dirigindo de manhã. Pode me pegar? Te amo.

Logo tinha outra...

Amor, está tudo bem? Não visualizou não respondeu. Não atende minhas chamadas. Está acontecendo alguma coisa?

Eu resolvi responder...

Oi amor, desculpa. Eu fiquei fazendo algumas coisas em casa e não mexi no telefone. Eu também estou com saudade. Claro que eu te pego de manhã minha princesa, não venha dirigindo, eu vou te buscar. Te amo muito. Se cuida e descansa quando puder.

Eu logo dormi. De manhã eu me troquei, a Anny chegou e eu sai pra buscar a Natalie. Peguei carona com a minha filha, ela ia pra escola e me deixou na porta do hospital. Eu mandei mensagem pra Natalie dizendo que eu estava esperando por ela no saguão principal do hospital. Esperei por 10 minutos e ela desceu.

Nat: Oi amor... – sorriu de leve.

Eu: Oi, bom dia – a abracei e saímos do hospital.

Nat: Cadê seu carro?

Eu: Vim de carona com a minha filha pra levar seu carro.

Nat: Vamos tomar café? Quero muito um belo café da manhã.

Eu: Vamos. – dei um selinho nela. Paramos numa cafeteria que a gente gostava pedimos tudo que a gente queria e tomamos um ótimo café da manhã falando sobre festa infantil. Era hora de organizar os aniversários dos nossos filhos. Logo fomos para o carro.

Nat: O que fez ontem a noite que você não me atendeu e não me respondeu?

Eu: Fiquei mexendo em algumas caixas que eu ainda não tinha mexido no meu porão e meu celular ficou no quarto.

Nat: E por que você está mentindo?

Eu: Eu não estou mentindo – ri sem graça.

Nat: Está sim amor... Eu mandei mensagem pra sua mãe pra saber de você e ela foi até seu quarto e você não estava e você saiu com o carro da Hillary.

Eu: Está me vigiando Natalie? – perguntei nervosa.

Nat: Não. Mas não vejo motivo pra você esconder a verdade de mim.

Eu: Eu sai. Eu fui dar uma volta, eu queria sair, dirigir um pouco e eu fui. Quer saber mais alguma coisa? – falei muito irritada e ela se assustou.

Nat: Não. Não quero saber. – eu a deixei em casa e fui embora sem dizer nada. Estava irritada, não gosto de ser vigiada, de me sentir manipulada.


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