PRISCILLA NARRANDO...
Natalie estava intratável. A gente mais discutia que qualquer coisa. Ela mexeu no meu notebook, ela queria saber sobre a Sarah. Ela estava o tempo todo dando uma liçãozinha de moral ou discutindo por algo e isso me tirava do sério. Alguns dias se passaram e ela fez uma faxina no quarto da Lily. Eu fiquei irritada aquele dia com a quantidade de açúcar que deram pra minha filha e a Natalie mais uma vez salvando a pátria e mostrando como eu era uma péssima mãe. Isso me irritava. Ela achava que Sarah Elliot era minha amante, como se eu fosse me rebaixar a esse nível. Nem quando eu era traída pela Julie eu fiz o mesmo com ela. Minha filha está voltando pra casa e isso era o que me importava no momento. Fui dormir com ela no hospital. Pouco mais de 24 horas e ela estará em casa, e ela estava mais ansiosa que todos nós. As visitas eram restritas por causa do sistema imunológico dela e seria assim em casa também no inicio. Eu dormi mal aquela noite a Lily ficou a noite toda me chamando. Ela teve um pesadelo e toda hora acordava perguntando se estava viva.
Lily: Mamãe.
Eu: Oi filha eu estou aqui com você.
Lily: Eu estou viva?
Eu: Sim amor, está. A mamãe está aqui... – coloquei a mão na testa dela, ela estava com febre. Chamei a enfermeira e ela ia chamar um médico. Logo o médico de plantão veio e a examinou cuidadosamente.
XX: Vamos leva-la para fazer exames tá.
Eu: Tá bom, e o que pode ser? Sabe estimar?
XX: Tenho quase certeza, que é emocional. Aparentemente não tem nada de errado, mas vamos fazer exames. – ela ficou uma hora fazendo exames e logo voltou.
Eu: E ai? – eu estava aflita.
XX: Ela está bem fisicamente. O fígado está melhor que o esperado. Ela não tem nada. Todos os exames estão limpos, não tem nenhuma infecção. Ela está com febre emocional. A psicóloga virá falar com ela cedo.
Eu: Ok... – eu segurei a mão dela e fiquei falando com ela que estava tudo bem que ela ia pra casa logo. A Lily não estava bem emocionalmente e não foi por causa do transplante, foi por causa da mãe. Julie ainda estava em Nova York, ia passar por alguns exames antes de voltar para Washington. A Lily não ficou bem em vê-la, ninguém ficou bem em vê-la. Eu não dormi nada a noite fiquei cuidando da minha filha, mandei mensagem pra Natalie falando o que estava acontecendo e mandei mensagem pra Sarah.
Oi... Minha filha não está bem, emocionalmente. Eu acho que era melhor a Julie ter de fato morrido, porque assim minha filha não sofreria. Sou grata a ela por ter doado parte do fígado pra minha filha, mas a aproximação dela ajudou tanto quanto fez mal. É confuso...
Não demorou muito e eu fui respondida...
Eu entendo... Tem coisas que por mais que doa, é melhor ficar escondida, é melhor não saber. Infelizmente, a Julie viva, era algo que não ficaria oculto pra sempre. Ela não soube fazer tudo isso em silêncio absoluto.
Eu respondi...
Talvez pela doença dela, ela não tenha conseguido fazer isso em silêncio. Agora a minha garotinha está sofrendo. Ela vai ser sempre minha garotinha.
Ela respondeu...
Eu sei que vai. Isso tudo vai acabar bem Pri, vai ver só...
Eu Respondi...
Espero que sim. São 4 da manhã, você não dorme nunca?
Ela respondeu...
Eu trabalho melhor de madrugada você sabe disso. E ultimamente tem sido difícil não é.
Eu respondi...
É eu sei... Vamos resolver isso.
De manhã eu estava um caco. A Nat chegou lá, ela ia trabalhar estava de uniforme e jaleco.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...