Os convites do Nick ficaram lindos demais. A Pri parecia melhor e a Lily estava dando pulos. Ela recebeu um convite para conhecer a NASA, ter uma experiência dentro da NASA e ela está explodindo de alegria. Ela está adiantada na escola um ano, então ela forma agora no meio do ano. Vai fazer engenharia aeronáutica, deve aplicar para Columbia, Harvard, Fordham, Cornell, NYU, Berkeley. A Julie está perdendo tudo isso.
Pri: Ela está muito feliz.
Eu: Está – sorri. – É o sonho dela.
Pri: Imagina minha filha astronauta? Meu Deus. Acho que não sei lidar com isso.
Eu: Acho bom começar a pensar sobre isso. Ela tem potencial e muito potencial.
Pri: É, eu sei. Ela é inteligente demais. Você chegou a ver a mão robótica que ela e a amiga fizeram pra feira de ciências?
Eu: Sim, eu fiquei impressionada.
Pri: Pois é. Ela está animada para o aniversário dela também. É tão bom ver minha filha bem.
Eu: É sim. Ela parece outra pessoa né.
Pri: Sim. Amor?
Eu: Oi?
Pri: Casa comigo?
Eu: Oi??? Assim? Sem mais nem menos?
Pri: É... A certidão de óbito da Julie já foi revogada, então nosso casamento voltou a valer, e já dei entrada nos papeis para a separação. Já assinei os papéis da guarda da Chloe, já foram enviados para Washington ontem. Assim que forem assinados por ela o que deve acontecer nos próximos dias, eu posso me casar com você.
Eu: Eu achei que nosso relacionamento fosse acabar depois disso tudo, sinceramente. – suspirei.
Pri: E porque acabaria? Porque eu tenho uma bebê agora? Mais uma filha pra criar?
Eu: Não. Claro que não. Por que tudo isso é muito confuso Pri. Sua mulher está viva e sabe Deus o que ela pretende.
Pri: E sinceramente? Ela é um problema do governo e não meu. Ela não chega perto dos meus filhos e nem de mim mais. Eu quero isso aqui, quero o que temos.
Eu: Eu preciso pensar... – eu precisava pensar. Eu amo a Pri, mas tudo estava acontecendo muito rápido. Eu sei que ela ficou chateada com a minha resposta, mas era um passo muito grande. Eu resolvi ir embora eu estava assustada com tudo aquilo. Recebi um oficial de justiça em casa no dia seguinte pela manhã eu estava saindo para o trabalho. Era uma audiência sobre o caso do meu marido. Eram tantas coisas acontecendo que eu não estava sabendo mais lidar. Seria em dois dias. Eu evitei a Priscilla nesses dois dias, tinha muita coisa pra absorver. A audiência chegou, eu fui até a corte e meus sogros estavam lá, o advogado do meu marido também. Eu tinha um novo advogado, doutor Weber, era excelente. Ele me deu uma super orientação do que poderia acontecer. A audiência aconteceu, era sobre a falsidade ideológica e falsificação de documentos do John. Ele disse que não podia contar a família que era gay. Que não estava mais feliz casado comigo e que não se sentia marido e pai, que aquele não era o mundo dele. Ouvir tudo aquilo me doeu tanto, foi um misto de dor e raiva. E agradeci a Deus pelo meu filho não estar ali ouvindo nada daquilo. Ele assinou no final o nosso divórcio, eu poderia ter finalmente meu documentos sem o nome dele. Ele teria que me indenizar em 500 mil dólares por dano moral, por falsificar um documento que me envolve, e por abandono de incapaz pelo nosso filho. Para o meu filho, ele continuaria morto. Ele foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado. Achei pouco, muito pouco. Fui pegar meu filho na escola e fomos fazer compra pra casa, não tinha nada na geladeira. Meu filho pediu o mundo no mercado. Fomos pra casa, ele me ajudou com o que podia, ele era muito prestativo. Ficava pensando como um pai pode rejeitar uma criança linda dessa, com o coração tão lindo, um menino tão bom, tão meigo como o meu pequeno. Eu estava muito sentida com tudo isso, mas agora é vida que segue. O processo com relação ao Derek continua, ele tentou me matar, e ele continuava preso e a motivação dele, era ódio pela morte do irmão que nunca morreu. Como se de alguma forma eu fosse culpada por isso. A questão da bomba no meu carro era um mistério, e o namorado do John seria julgado no dia seguinte e eu escolhi não participar. Minha ex sogra quis chegar perto e falar comigo e eu não quis, até porque eu tenho um medida protetiva contra a família toda. Eu estava muito chateada com tudo isso. Ainda tinha a Priscilla para lidar. Eu amo a Priscilla, amo muito, mas não sei se casar agora é uma boa ideia com tanta coisa acontecendo nas nossas vidas. Acho que precisamos dar um passo pra trás.
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PARANOIA
FanfictionMeu nome é Priscilla Pugliese, tenho 35 anos e sou muitas coisas, mas as principais delas, sou capitã da Marinha dos Estados Unidos reformada, ex agente secreta do FBI e agente da NSA, que é a Agência de Segurança Nacional em Washington D.C na Casa...