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Quero você, menina, recito em minha mente. Ah, Esther, como eu gostaria de comer você aqui mesmo.
Enlouqueceu? Você ainda está na Faculdade de Medicina.
Mas essa boca rosada... Hum... Eu poderia fazer muitas coisas com essa boca.
- O que foi, doutor? - diz ela com a voz macia.
- É... você... - suspiro.
Como vou dizer isso? Eu sou o seu professor e ela vai achar esquisito. Eu tenho que falar, não aguento mais segurar esses devaneios eróticos.
- Fale - insiste, encarando-me.
Vamos lá.
- Você me deixa morrendo de tesão, Esther - murmuro, olhando no fundo dos seus olhos. Ela cora mais ainda, estupefata, sem acreditar no que acabou de ouvir.
- Estou falando com você, garota. Por que diabos foi me provocar? Por que tem que ser gostosa desse jeito?
- Dr. Blanchard...
Não boneca, não tem doutor agora.
Aproximo-me e coloco o dedo indicador no meio de sua boca, ela pega meu pulso, impotente ao que eu posso fazer. Encaro Esther, e ficamos olho no olho.
- Shhh - sussurro. - Eu vivi imbuído disso, Esther, sei que você está me provocando com esses vestidos de meio pedaços. - Ou não está, porque ela não tem a cara de ser sacana.
- O que pensa que está fazendo, professor? - murmura.
- Fique quieta e deixe eu matar minha vontade. Eu não aguento mais me segurar. Você é muito sexy...
Ela tenta me empurrar, mas nem me mexo do lugar, então, escorrega para baixo da mesa, enroscando-se no meu jaleco e corre.
Porra! uma lição nela, Blanchard.
- Esther! - grito.
Corro até ela antes que possa alcançar a porta. Agarro-a pelo braço e a empurro na lousa branca.
- Me solte, professor, me solte! - branda, lutando contra mim.
Beijo-a na boca rapidamente, e ela se entrega ao meu beijo agressivo, sabendo que perdeu a batalha. Minha língua vai explorando a dela, exigindo mais força. Colo meu corpo ao seu e forço ela na parede.
Transa com ela logo, porra!
Levanto seu vestido vagarosamente com a mão esquerda e encontro sua pele, subindo até a parte de sua calcinha. Ela segura minha mão rapidamente quando percebe onde estou vagando. Coloco uma de suas pernas acima da minha cintura, enquanto a outra agarra seu cabelo fixamente.
Paro o beijo e deslizo os meus lábios do ombro ao pescoço dela, enquanto forço nossos corpos contra a lousa.
- Ah! - geme ela, dando mais liberdade sobre a sua pele.
Yes! Está ficando bom.
- Não! Ai, meu Deus. Pare! Dr. Leonel Blanchard, pare! Por favor - implora, gemendo aos meus ataques.
Ignoro ela e continuo beijando seu pescoço doce e perfumado. Isso é bom demais!
- Professor, não - sua voz falha.
Aperto a coxa dela com a força da mão direita e meto de novo a minha boca na sua.
- Pare! - ela me empurra, mas não consegue me tirar do lugar.
- Como você é gostosa - sussurro.
- Por favor. Estou pedindo para parar, você é meu professor. Isso não pode acontecer.
Decido parar, não porque eu quis, mas porque pode aparecer algum zelador que passa todas as noites limpando o corredor.
- Saia.
Ainda estou segurando sua perna sobre a minha cintura.
- Saia, por favor - repete.
Decido me retirar, pois, realmente, não sei o que deu em mim.
Esther ajeita as roupas totalmente desaprumada depois que solto-a. Estou um pouco irritado porque ela me fez parar.
- Não deveríamos... Você é meu professor.
Respiro.
- E você não deveria vir de roupa curta na faculdade.
Olho para ela, ofegante.
- Por favor, me deixe em paz.
Rio.
- Te deixar em paz? Será que devo? - aproximo-me dela novamente e a encosto na lousa bem devagar. Ela me encara, fugazmente.
- Por favor, o senhor é o meu professor.
Encosto meus lábios no ombro dela de novo. Esther geme.
- Por favor... Estou pedindo.
- Por que me provoca, menina. Você é muito frágil para mim, mas é tão gostosa... Irresistível. Como é que eu vou te deixar em paz? - chupo bem de leve o pescoço dela.
Ela estremece.
- O senhor está completamente louco, doutor.
- Você me deixou assim. Eu lhe avisei, Esther.
Ela fica incrédula com a minha atitude.
- Eu não fiz nada.
Toco a alça do seu vestido e deslizo o dedo lentamente para tirá-lo.
- Você não sabe o quanto a desejo, minha querida aluna - murmuro, abaixando mais um pouco o vestido dela a ponto de deixar seu sutiã à mostra. Ele é lilás - cor de garotinhas.
- O vai fazer? Abusar de mim, doutor? - murmura ela quando beijo seu maxilar.
O quê?
- Se você quiser...
Volto a beijá-la. A boca e a língua de Esther se mexem lentamente, me possuindo. Deslizo a mão por dentro do vestido dela para retirá-lo. Está quase lá... Só mais uma remexida, Leo.
Pego as pernas dela outra vez e cruzo-as entre minha cintura, fazendo Esther tirar os pés do chão. Ouço apenas o seu gemido ao me dar liberdade para tirar sua roupa. Diabos! Paro tudo quando ouço o som do carrinho do zelador. Logo me desvencilho de Esther, desaprumado.
Droga! Droga! Droga! Zelador infame!
- Tenha uma boa noite, Esther - finjo ser formal, pois o maldito zelador entra na sala.
Ele nem sequer olha para Esther e eu, apenas empurra o carrinho para o fundo da sala.
Esther caminha até à porta sem tirar os olhos de mim e um pouco irritada, em seguida ela sai.
Rá! Consegui. Agora você me paga, Esther Winkler. Minha. Tem que ser minha.
Blanchard... Você e seu método de sedução sempre em vigor.

NO DIA SEGUINTE, levanto saltitando da cama achando que perdi o horário. Eu nunca perco o horário. Aliás, que horas são? - sete e meia, ah, que bom, acordei cedo. Odeio acordar tarde.
Tomo um banho e me arrumo para trabalhar, desta vez, na minha residência. Vou receber meus pacientes no consultório do último andar da minha casa. E tem muitas pessoas que me procuram. Não sei o que elas vêem em mim.
Desço para tomar meu café e dou de cara com a Mary e com o meu outro irmão, Heithor. O que eles estão fazendo aqui às sete da manhã? Mary vem correndo me abraçar.
- Maninho.
Abraço apertado demais. Hum. A Mary me ama. Dou um beijo carinhoso no cabelo dela.
- Leonel, tive que trazer a Mary para ficar com você. Ela insistiu porque soube que você vai trabalhar em casa hoje.
- Ah, obrigado, Heithor. Como estão o papai e a mamãe?
- Estão bem. Tenho que ir, pessoal.
- Vai trabalhar?
- Vou. Tenho uma reunião com os outros estilista da Blanchard York.
- Tchau, Heithor - diz Mary sorrindo. Ele também sorri.
- Tchau. O Leonel vai te levar para casa depois, meu amor.
- Obrigada.
Todos nós temos um imenso cuidado com a Mary, analisamos os amigos dela, com quem anda, o que faz na escola e seu comportamento. Ela só tem quinze anos, por isso é tão paparicada.
O mais velho da casa sou eu, depois vem o Cristoffer e em seguida o Heithor. Cristoffer já é casado há um ano, mora com a esposa ao lado da casa dos meus pais. Ele também trabalha na empresa da família Blanchard, é formado em estilismo, estudou moda nos Estados Unidos. Eu moro longe de todos eles, no bairro Leblon.
- Já tomou café? - pergunta Mary.
- Não, vou tomar agora.
- Eu fiz seu café da manhã.
Sorrio para ela.
- Hum. Que bom, obrigado.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora