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Pego sua perna, ergo para cima da minha cintura e entro devagar. As mandíbulas cerradas, apaziguando o prazer. Ela arqueia o corpo na parede fria do banheiro. Me movimento, nem rápido nem devagar. Fazer amor. Ela segura minha nuca com força.
- Ai - geme em meu ouvido. Paro o movimento e olho para ela.
- Machuquei você?
- Não. Leonel, por favor, faça amor comigo.
- Estou fazendo, meu bem - murmuro, pegando seu cabelo, outra mão vai em sua coxa, e me mexo. Ela geme.
Exploro cada canto do seu pescoço com beijos molhados. Ela contorce o corpo e arrepia. A boca fica seca e meu pau cresce dentro dela.
- Oh - gemo. Seguro-a firme nos braços.
- Ah, Leo - geme ela quando meto com força. - Nem tanto.
- Esther, você é muito gostosa - sussurro em seu ouvido.
- Ah.
- E minha.
- Sua - confirma, arfando fundo.
- Sim. Minha - esbarro no botão para desligar o chuveiro, e arrasto-a para fora do banheiro.
Ela segura em mim. Apoio-a na parede de vidro do quarto, que vai do teto até o chão. As cortinas estão abertas, a noite resplandece no Rio de Janeiro. Não há ninguém na rua. As aparências enganam. Continuo o vaivém.
Puxo as cortinas para ninguém nos ver lá de baixo. Seguro ela nas pernas, sem deixar seus pés no chão.
- Ah, como eu adoro transar com você - beijo-a na boca - um beijo ardente e grosseiro.
- Eu também adoro, Leonel - sussurra. Pego seu cabelo e puxo para trás.
- O que disse?
- Que eu também adoro transar com você.
- Repita - exijo.
- Eu também adoro transar com você.
Me mexo mais ainda.
- Ah! Não aguento mais - murmura, explodindo num clímax.
- Esther - gemo com a boca aberta.
- Meu Deus! Ah...
Meu Deus?! Que coisa, hein, Leo? Levo ela para cama, ainda cravada em mim. Sua cabeça pousada em meu pescoço, ela está mórbida, sem forças. Deito-a na cama e saio de dentro dela devagar.
- Hum - grunhe.
- O que foi?
- Dores.
- Descanse - beijo sua testa. Ela segura meu braço, me impedindo de sair.
- Aonde vai?
- Tomar banho.
- Não, durma comigo.
- Eu vou dormir.
Ela me solta.

PISO NO QUARTO, Esther ainda está dormindo, nua. Vou até ela e me debruço na cama, acarecio seu cabelo avermelhado e contemplo seu lindo rosto. Ela parece uma princesa dormindo. Como pôde me amar assim, de uma hora para outra? É por isso que tenho minhas dúvidas, mas ela insiste que, sim, me ama.
- Não vou deixar nenhum infeliz encostar a mão em você, Esther - sussurro.
- Digo o mesmo - murmura ela.
Abro um sorriso bobo, e ela me beija de surpresa. Droga, ela estava acordada.
- Te amo - ela sorri. Emudeço, pensando. Me ama...
- Você me ama? - diz ela, esperançosa.
- Não.
Meu humor desaparece, ela me olha meio triste e vira para o lado, ficando de costas para mim.
- No bom sentido - explico depressa. - Eu não amo você.
- Por quê?
- Porque é assim, Esther. Não vire a cara para mim - aviso, zangado. - Esther, estou avisando.
Ela obedece, fazendo cara feia.
- Eu não posso mentir - pego seu queixo com a mão.
- Tudo bem.
- Mas gosto de você, gosto muito. Não sei se um dia irei te amar da mesma forma que você me ama.
- Eu vou fazer você me amar, Leonel.
- Você sabe que seu pai, se descobrir, pode, com livre e espontânea vontade, me denunciar.
- Você vai procurar outra se isso acontecer?
Sorrio num suspiro. Às vezes ela é engraçada, e é a única que consegue tirar um sorriso do meu rosto.
- Não. Eu já tenho você.
- Você gosta de mim?
- Eu já disse. Não gosto de repetir - beijo sua boca com reverência. Ela segura meu pulso.
- Eu adoro quando você usa relógio no pulso durante o sexo.
Sorrio de novo. Viu? Ela ten um dom de me fazer sorrir à toa.
- Ah, é?
- É. Você fica mais bruto, mais homem, sei lá... Gostoso.
Eu sei, querida.
- Então, a gente pode usar o relógio agora.
Ela sorri. Nossa! A Esther toda tímida desapareceu? Ela está me atiçando.
- Não - murmura.
- Por quê?
- Porque eu quero tomar um banho bem tomado.
Ela agacha a cabeça quando levanta, e sussurra em meu ouvido:
- Eu fui comida ontem e quero estar cheirosa para repetir a dose. Sua língua é muito exigente.
Ah. O que deu nessa garota? Está me seduzindo?
- Espero você lá embaixo. Tem dois minutos, Srta. Winkler.
Ela quer que eu a ame. Amor... Meu Deus, amor? Eu não posso amar. Não acredito em nenhuma mulher que fala de amor no meu ouvido. Mas com a Esther é diferente, ela é mansa, carinhosa, meiga, não tem maldade no coração e é isso que me faz tornar um bobo apaixonado.
Ela não é má igual a Jaqui. É boa, pura. Minha Esther. Minha! O que você fez comigo? Estou começando a cair em seu jogo de menina dócil.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora