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VIRO UM OBJETO nas mãos deles. Cada hora um me puxa para transar, trocar de movimento, beijar e fazer outras coisas com a boca. Todas as partes do meu corpo estão sendo tocadas por eles. Nossa, até agora não acredito que estou trasando com três homens ao mesmo tempo.
O louro está tendo mais sorte do que os outros. Estou deixando ele me dominar porque está se saindo bem nos movimentos.
De repente, a porta do quarto é arrombada. Todos nós levamos um grande susto, Leonel arrombou a porta brutalmente. Puta que pariu! Fodeu tudo. Ele olha para a cena, estupefato. O sangue foge do seu rosto, um vulcão em erupção domina seu corpo inteiro.
Ele está zangado, muito zangado. Nunca vi ele assim. Os três homens saem de cima de mim e veste as roupas às pressas.
- Jaqui! - grita Leonel mais alto que um microfone.
Levo um susto. Pego as roupas e visto também. Tânia e Yara estão ao seu lado, incrédulas com tudo. Elas levam a mão na boca, pasma. Os seguranças aparecem logo depois.
- Tirem os três daqui - diz Leonel, odiento.
Seus olhos ardem de raiva. Mudaram até a cor: passou do preto estarrecido para um preto vivo. Vivíssimo! Os seguranças tiram os rapazes do quarto a ponta pés, com grosseria. Leonel ainda está de jaleco.
- Tânia e Yara, saiam - ordena ele numa voz assombrosa.
Droga! Ele vai fazer alguma coisa comigo. A porta se fecha, a pouca luz clareia o quarto. Meus olhos arregalam na hora em que ele se aproxima, os punhos estão cerrados, as veias estão aparecendo nos braços. Ele fica assim quando está furioso, e muito.
- Como pôde, vadia? - rosna entre dentes. As mandíbulas também estão cerradas.
- Como pôde?! - grita, dando um soco no abajur. Ele cai no chão e quebra. Meus olhos o encaram. Não consigo falar nada neste momento.
- Eu peguei minha mulher com três homens na minha própria cama. Sabe o que é pior do que isso?
- Eu...
- Cale a boca! - ordena, gritando. - Eu mando em tudo aqui, você não tem
nenhum direito de falar. Você está errada. Que vergonha, Jaqui! Que vergonha!
- Você tem culpa - murmuro amargamente.
Seus olhos ficam em chama, meu coração palpita e o sangue ferve. Levo dois tapas com agilidade na cara. Grito. E levo mais um.
- Eu te dei do bom e do melhor, sua safada. E você fez isso comigo? Você não merece o homem que tem - ele me olha, exasperado.
Tento lhe dá um tapa também, mas ele me pega pelos cabelos e segura minhas mãos. Leonel fica de joelhos na ponta da cama, me segurando nos braços. Ele aperta meu queixo fortemente. Ai, droga! Está doendo, tanto o puxão de cabelo quanto o meu queixo esmagado.
- Me solte, seu infeliz.
- Você merece sofrer, puta varrida - ele cospe em meu rosto. Tento me mexer, mas é impossível.
- Ai! Que nojo - choramingo, virando a cara de lado. Ele aperta mais ainda meu queixo.
- Nojo? Está com nojo, vadia, é? Nojento é o que você fez: transou com três brutamontes. Eles só te usaram na cama, fizeram de você um objeto, sua sem-classe.
- Pelo menos eu tive homens de verdade ao meu lado - rebato, rindo. Leonel me joga na cama, monta em cima de mim e me dá tapas atrás de tapas. Meu rosto arde. Grito alto.
- Eu não fui homem para você? - grita. - Diga, sua vadia - e me dá mais tapas.
- Saia de cima de mim, Leonel.
- Não, eu quero que diga - ele pega meu pescoço e aperta. A respiração falha, meu coração acelera e meus olhos disparam.
- M_me s_solte - gaguejo, sufocada. - Socorro! Socorro! Alguém... alguém...
O som da minha voz vai perdendo forças à medida que ele aperta as mãos em meu pescoço. Bryan Blanchard, pai de Leonel, entra no quarto e se arremessa para cima do filho, me tirando da tortura.
- Não, filho! - Bryan grita, segurando ele pelos braços.
- Me solte, pai, me solte - Leonel luta contra o pai, e consegue sair. Ele me pega pelos cabelos de novo, e me arrasta para fora do quarto.
- O que você vai fazer, Leonel? - pergunta Bryan, correndo atrás do filho pela casa.
Descemos as escadas rapidamente que até tropeço no último degrau. Os empregados da casa estão parados na sala de star olhando a cena, embasbacados.
- Dr. Blanchard, a imprensa está lá fora, os fotógrafos também - diz Tânia.
Ai, não. Será que ele vai querer me levar lá fora? Estou só de calcinha e de uma blusa curta, nem terminei de vestir as roupas.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora