- Ótimo. Vou fazer você tomar um pouco de vergonha, Jaqui Billy - diz ele, intrépido, e me arrasta para fora da casa. Pegamos o elevador para descer.
- Por favor, Leonel, não faça isso - imploro. Ele aperta o meu coro cabeludo.
- Você vai me pagar, aqueles três vão me pagar. Com quem mais você andou se relacionando, hein? - Leonel me olha. Começo a chorar, mas nada que eu face agora irá comovê-lo.
- Com mais ninguém - minto.
- Mentira! - grita.
- Ai, ai, ai. Por favor.
- Fale, Jaqui, senão eu vou voltar à enforcar você aqui mesmo.
Droga, droga. Fale.
- Eu saí com o meu advogado.
Ele puxa mais ainda meus cabelos. Grito.
- Eu quero nomes, sua cadela - ordena. - Nome de todos.
- O advogado Carrick Rús, Um professor de literatura chamado Carlos Escobier, um piloto da Força Tática Brasileira Gabriel Tolled e esses três Talles, Henrico e Theodore.
Ouço um suspiro de raiva soar pela sua boca. Ele me segura firme, e me arrasta para fora do elevador. Há paparazzis e jornalistas na entrada do prédio. Meu Deus! Eles ficam que nem um formigueiro alarmado quando Leonel aparece comigo.
- Olhem aqui. Conhecem a Dra. Jaqui Billy? - diz ele para a multidão, que se aglomera cada vez mais à porta. - Ela me traiu com vários homens. Hoje, peguei essa vadia fazendo sexo com três homens ao mesmo tempo, na minha cama.
Todo mundo faz um oh pela boca. Que humilhação!
- Isso mesmo, pessoal. Ela não presta, ela me enganou. Esta mulher é uma traíra, enquanto eu dava plantão no hospital, ela dava para outros homens o que era meu.
- Leonel - exclamo.
Os vizinhos do prédio começam a descer para olhar a cena. Os homens até zombam de mim, estou ouvindo gargalhadas de alguns e vaiadas de outros. Os fotógrafos tiram fotos sem parar. Leonel me joga brutalmente no chão.
- Você me dá nojo, vagabunda.
Minha família está aqui, estão vendo tudo. Corro para os braços de minha mãe, que me ignora com repugnância também.
- Como você pôde fazer isso com o seu marido, filha? - murmura ela, incrédula.
As lágrimas não param de rolar pelo meu rosto. Droga! Muita gente me olha, muita. Meu irmão me passa um lençol branco para eu cobrir o corpo. Ele parece decepcionado.
- Jaqui Billy, Jaqui Billy, uma atenção aqui - uma repórter morena me aborda.
- Não quero falar, por favor.
Ela é pertinente.
- A senhora afirma o que seu marido disse agora a pouco? - insiste.
- Dá licença, moça, ela não quer falar - diz meu irmão.
Ela desiste, mas corre atrás de Leonel, que continua berrando coisas contra mim.
- Dr. Blanchard, o senhor tem certeza do que está dizendo?
- É claro que tenho, senhorita, eu vi com os meus próprios olhos.
A repórter morena fica embasbacada.
- Doutor, o senhor perdoaria uma traição?
Olho para ele. Ele me olha também, e volta a atenção para a mulher ao seu lado. O cinegrafista está gravando.
- Se eu perdoaria uma traição? Não! Apenas erros podem ser perdoados, e traição não é um erro, é uma escolha. Ela quis assim.
- O senhor conhece os amantes dela?
- Apenas um, o advogado Carrick Rús.
- E os três que saíram daqui agora a pouco, doutor?
- Eu não conheço nenhum deles.
- Como você se sente depois dessa algazarra toda, Leonel Blanchard? - um repórter homem pergunta. Ele é magro e pálido. Leonel ri diante da pergunta.
- Como você acha? Feliz que não estou.
Ele entra para dentro do prédio com a cabeça erguida. Bernardo Roquens, um dos seguranças dele, me entrega cinco malas feitas. Já? Ele poderia esperar.
- Obrigada, Bernardo.
- De nada, senhorita.
Entro no carro da minha mãe e saio. O grupo de repórter corre atrás, e algumas pessoas gritam, dizendo que sou vagabunda, infiel, vadia e tudo mais.
Vai ter troco Leonel Blanchard, espere só.
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Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...