— Eu não falei nada.
— Ah, e por que ele veio no meu consultório?
Me faço de fingido. Acelero.
— Não sei. Por favor... — ela aperta o músculo dos meus braços, gemendo.
— O que você quer, Esther?
Eu sei que está doendo.
— Pegue leve comigo — implora com a voz rouca.
— Pegar leve? Será que devo?
Dou outra estocada forte. Será que devo? Não, ela não merece.
— Ai! — geme de novo, puxando o meu cabelo.
— Ah! — gemo também. — Você é uma piranha assanhada, Esther Winkler — acelero.
— Professor, o que está dizendo?
— Eu disse que você é uma piranha assanhada.
— Por favor — ela abre e fecha a boca duas vezes.
— Por favor o quê? Você caiu na cama do Leonel Blanchard. Ah, querida, eu sou muito bruto, você nem imagina — digo, rosnando e apertando o queixo dela.
— Doutor, não faça isso. Eu não mereço — choraminga.
— Todas as mulheres merecem.
Ela perde os sentidos em mais um orgasmo, e nessa hora que modero um pouco o ritmo e encaro ela, sorrindo, com malícia. Esther fecha leva os olhos acima do teto e relaxa o corpo.
— Está achando que acabou?
— Hum...
Saio de dentro dela vagarosamente. Beijo seu pescoço, depois seus seios, em seguida a barriga e por último meto a língua ali, por entre suas pernas. Era nesse lugar que eu queria beijá-la. Esther contorce aos movimentos da minha língua. De repente, ouço a minha graciosa aluna gemer alto, segurando minha cabeça, puxando meu cabelo e contorcendo até os pés.
— Doutor — geme alto.
Esse timbre que gosto de ouvir. Gema, Esther, gema à vontade, eu vou acabar com você nessa cama.
— Ah! Por favor...
ESTÁ FRIO DE MANHÃ no Rio de Janeiro. Estou no consultório da minha casa, revisando as coisas para segunda-feira. São muitas consultas, pacientes, provas de alunos a serem corrigidas e tal.
Já são dez horas da manhã e a Esther ainda não acordou. Ela capotou de vez.
Depois do sexo que fizemos, ela dormiu como uma rainha. Acordei de madrugada só para vê-la nua em minha cama. E eu não me arrependo nem um pouco, foram horas morrendo de tesão. Quase cometi um estrupo, mas eu me controlei.
Alguém bate à porta, me interrompendo.
— Entre.
É Pérola, a empregada da casa.
— Dr. Blanchard, o que vai querer para o almoço hoje?
— Não sei. O que você sugeria? — pegoa-a de surpresa. Ela contorce a boca com dúvidas e até cora de vergonha.
— A Tânia e eu podemos preparar sua comida francesa.
— Qual? — olho para o meu monitor.
— Quiche lorraine.
— Ótimo. Obrigado.
Ela sai, e eu aproveito para ligar a câmera do meu quarto a fim de saber se Esther já acordou. Ainda não. Me dirijo até lá. Abro uma gaveta de remédios e pego uma pílula para ela tomar quando acordar. Não quero ser o responsável por engravidar minha própria aluna.
Deixo tudo em cima da cômoda, que fica sob a cama. Sento na poltrona e fico olhando Esther cautelosamente.
É impressionante com ela é linda dormindo.
Você fodeu ela ontem sem piedade, deveria ter feito amor com carinho.
Não. Ela é a culpada por ficar quieta quando perguntei. É assim que eu sou, desconto a raiva na cama. Esther se mexe e acorda. Encaro ela.
— Doutor.
— Bom dia, dorminhoca.
Ela senta no colchão.
— Bom dia. Há quanto tempo o senhor está aí?
— Há poucos minutos, e não me arrependo de perdê-los apreciando você.
Ela sorri e olha a pílula com o copo d'água.
— É para mim?
— Sim.
— Obrigada — ela pega o remédio e toma junto com a água.
— Vá se arrumar.
— Vai me levar para casa?
— Agora não.
— Por que não? Meu irmão deve estar preocupado comigo.
— Você precisa comer antes de ir. Ligue para ele e diga que está bem. Agora — ordeno.
Ela procura pelo celular e o encontra na cômoda. Disca o número e põe o aparelho na orelha.
— Coloque no viva voz — digo, e aproximo da cama. Ele atende na segunda chamada.
— Esther! Onde você está?! — altera Taylison. Ele está furioso.
— Na casa do meu professor.
— Você transou com esse babaca?
Franzo as sobrancelhas. Babaca?
— Não — mente.
— Esse cara está virando sua cabeça, Esther. Cuidado, você só tem dezessete anos.
Dezessete anos?! Droga! Dezessete anos?
Não pode ser. Eu sou mil vezes um ordinário filho da puta. Que ódio! O que eu fiz? Ela ainda é uma adolescente. Levo a mão na cabeça, exasperado. Estou encrencado, estou encrencado.
— Eu vou embora daqui a pouco. Depois conto tudo.
— Não demore. Tchau.
Ela desliga e me encara.
— Pronto.
— Pronto? — repito, irritado.
— O que foi? — ela me olha, incrédula.
— Você tem dezessete anos, é isso. Nunca deveria ter transado com você. Droga! Achei que pelo menos era maior de dezoito anos. Por que não me disse, porra?! — falo alto, deixando ela assustada com a minha reação.
— Não grite comigo, por favor.
— Como? Como? Dezessete! Merda! — ponho as mãos na cabeça sem acreditar no que eu fiz.
Como essa garota pôde ser tão estúpida?
— Meu aniversário é semana que vem.
Semana que vem? Isso é menos mal. Relaxo o corpo.
Se alguém abrir o bico, você vai afundar naquela faculdade e na sociedade inteira.
Ai, Deus! Eu vou ser preso se descobrirem. Fui para cama com uma menor de idade, está explicado porque ela tem a cara de menina.
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Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...