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Entramos na banheira juntos. Ela suspira aliviada, jogando a cabeça para trás.
- E aí, está gostando?
- Sim - ela fecha os olhos e deita a cabeça sobre a beirada da banheira.
- Por que você foi grosseiro comigo?
- Você me deixou irritado. Mas foi bom, muito bom.
- É. Foi.
- Se voltar à repetir isso, eu juro que acabo com você na cama. Deixo você um bom tempo sem conseguir se sentar.
- Quem muito fala não faz nada - rebate. Ergo a sobrancelha esquerda para ela. Está me desafiando... Bem, a culpa vai ser dela.

ESTOU QUASE PRONTO para ir dar aulas. Escovo um pouco mais os cabelos, agora está tudo ok. Vou de calça e camisa branca, visto o jaleco por cima. Saio do closet, e me deparo com Esther puta da vida. Ela está tão dolorida...
- Quem é que não fazia nada, mesmo? - digo ironicamente. Ela revira os olhos, e suspira como um touro valente.
- Seu filho da mãe!
Rio como um adolescente de quinze anos. E aproximo da cama, olhando no fundo dos seus olhos.
- Isso foi uma lição, senhorita. Não gosto que mulheres me desafiam - minha voz soa fria e ciosa. Pelo seu olhar, parece até que vai me devorar de raiva.
- Está pronta?
- Estou - resmunga.
- Então vamos, ainda bem que você está estudando anatomia. Isso não vai precisar de cadeira para sentar.

AGORA TENHO TEMPO para descansar, essa semana foi muito corrido. Ponho a cabeça no travesseiro e encaro o teto do quarto morto de cansaço depois de passar a semana inteira de plantão. Resolvo mandar uma mensagem de texto para Esther, já tem dois dias que não falo com ela.

*Estou com saudades.
Quando puder, me ligue.
Beijos! Leonel.*

Uma pessoa bate à porta, me tirando dos devaneios.
- Entre.
É Pérola. O que ela quer a essa hora da noite? Dou uma olhado na tela do computador, vejo que já são onze da noite. E ela está só de... Ahn? Meu Deus! Empregada nua no quarto do patrão? Que isso? Arregalo os olhos, perplexo. Ela vem até mim sorrindo com malícia. Pérola? Minha empregada? Será que é ela mesma? Ligo o abajur.
- Dr. Blanchard.
É ela. Droga! Está nua. Nua!
- Que isso, Pérola? Você tem noção do que está fazendo? - levanto-me da cama.
- Já tem um ano que estou tentando me segurar, mas o senhor não contribui, sempre anda com essa aparência que faz com que as mulheres enlouqueçam. Por favor, doutor, pelo menos uma vez, por favor - implora, deixando o desejo falar mais alto. Droga!
- Pérola, não. Não podemos, você é minha empregada.
- E daí?
Fico horrorizado.
- Não!
- Se não fizer isso, eu abro a boca para a imprensa. Conto tudo que sei do seu relacionamento com a Srta. Winkler. Pense, pense bem, doutor.
Puta que pariu! Essa vaca tem coragem para fazer tudo. Meu Deus, me ajude. Um turbilhão de pensamentos me vem à mente. A vontade que eu tenho é de dar uma boa surra nessa empregadinha de merda. Filha da puta! Suspiro.
- Quanto você quer para sumir da minha vida? Ande, fale.
Ela parece surpresa com a proposta.
- Quero três coisas: sexo agora, um carro igual ao seu e cem mil dólares.
Fuzilo ela com os olhos. Vadia! Essa piranha me paga. Cem mil dólares! É muito dinheiro.
- Cem mil dólares é muito dinheiro, Pérola.
- Não interessa, eu sei que o senhor tem muito mais do que isso. Eu quero esse maldito dinheiro.
- Eu lhe dou mais do que isso se desistir do sexo - proponho com um olhar cauteloso.
- Não... - ela ri. - Perder uma noite de prazer com o médico mais cobiçado de Bordeaux seria loucura. O senhor acha que vou desistir? Tire o cavalinho da chuva. Eu quero o senhor, agora - ordena em voz alta.
Ela é tão possessiva, tão medíocre. Não consigo acreditar que Pérola está fazendo isso, me chantageando.
- Você vai se arrepender de transar comigo, estou avisando. Eu não brinco nesse assunto, Pérola. Não sou carinhoso como parece.
- Aquela menina é muito mais nova do que eu e aguenta. Acha que tenho treze anos?
- Pérola...
Ela está nua. Isso me deixa constrangido; me deixa nervoso.
- E como o senhor é?
- Muito mau, áspero e impiedoso quando estou irritado.
- Eu quero ver tudo isso agora mesmo.
- Pérola - aviso de novo, curvando os olhos e a cabeça.
Meu Deus, eu não tenho saída. Ela me pegou de jeito com a língua nos dentes. Pego ela e arrasto-a para a beira da cama.
- Você vai fazer tudo que eu mandar. Agora, ajoelhe-se à minha frente.
Obedeço avidamente, me ajoelhando perto daquele lugar. Ah, não, ela quer ser chupada. Piranha!
- Isso. Muito bem. Me chupe do seu jeito - ela abre as pernas para mim, e leva o pé direito acima da barra da cama.
Me aproximo. Pego seu quadril e meto a boca no alto de suas coxas, vou lambendo e chupando.
- Leonel Blanchard, finalmente te peguei.
Ela geme, jogando a cabeça para trás, e está toda deflorada, a "coisa" dela é grande. Meu Deus, que nojo. O que eu fiz para merecer isso?

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora