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Ele me entrega um pequeno cartão branco com linhas pretas.

*Esse champanhe vai em nome do nosso beijo
apaixonado. Nunca vou esquecê-lo. Você está linda e me matando de desejo, querida aluna.
Dr.Leonel Blanchard.
Beijos!*

Estou bancando o Dom Juan para cima dela.
- Acabou, senhor?
- Sim, tome - entrego o cartão e a caneta.
Meus irmãos ainda estão conversando da empresa da minha mãe quando observo o garçom fazer seu trabalho. Agora ela está sozinha na mesa, Taylison e Yany estão curtindo a música de Sam Smith chamada Stat With Me.
Em poucos segundos vejo Esther lendo o papel. Deixo passar uns minutos e depois me levanto da cadeira para ir em sua mesa.
- Vou comprar uma bebida mais forte, me dão licença - digo a meus irmãos. Caminho em direção ao bar de bebidas e peço um maritini. Tomo um lugar, na mesa da Srta. Winkler num instalar de dedos. Ela me olha toda tímida. Quão gracinha ela é.
- Oi - digo.
- Oi.
A música de Sam Smith termina e logo outra começa a tocar, dessa vez é de Kathryn Dean, cantando City of angels. Ótima para esta ocasião.
- Quer dançar?
- É melhor não. Eu não sei dançar.
- Eu ensino - insisto. - Não vou deixá-la cair.
Ela cora e sorri.
- Vem - estendo a mão. Ela acaba aceitando.
A música é linda. Nos mexemos na pista lentamente. Taylison me encara de outra mesa, odiento. Ele está puto da vida comigo por causa da irmã. Ponho a mão envolta da cintura fina de Esther e giro-a conforme a música.
- Adorei o cartão - comenta com um sorriso de menina meiga.
- Só o cartão? O que achou do escritor?
Ela cora de novo.
- Muito atrevido - e sorri.
- Valeu apena o atrevimento, Srta. Winkler.
Levo ela até o chão, em seguida, voltamos.
- Você dança bem - murmura timidamente.
- Você também.
Giro ela novamente de modo que fica com as costas de frente para mim, dançando e ao mesmo tempo roçando a bunda no meu membro. Entrelaço os braços em volta da sua barriga, sinto Esther se estremecer ao receber um beijo suave e demorado no pescoço.
- Posso confessar uma coisa? - sussurro no pé do seu ouvido.
- Pode.
- Quero fazer amor com você.
- Dr. Leonel... - murmura incrédula. Instigo meu membro em sua bunda levemente.
- Estou morrendo de tesão, Esther. Sinta o quanto ele é duro - me mexo mais um pouco.
- Por favor... não faça isso - geme com a cabeça jogada em meu ombro. Agora posso visualizar o seu rosto perfeitamente, sua reação.
- Você é completamente linda - acarecio o torso do seu queixo. Ela vira o rosto e rapidamente beijo sua boca.
A música termina depois de uns quatro minutos, dando lugar a um pianista tocando um piano branco no palco - uma música melancólica para aquecer quem está cansado das danças. Taylison e Yany saíram de novo.
Bom para você.
- Onde está o seu irmão?
- Ele disse que depois da palestra ia dar uma saída com a Yany.
- Eles estão namorando?
- Sim.
- E você ficou segurando vela?
Ela dá de ombros e aperta os lábios. Seus olhos me encantam. Verde penetrando o preto... Coloco os cotovelos na mesa, com as mãos entrelaçadas à frente da minha boca. Ela não tira os olhos de mim.
- O que foi? - murmuro, colocando uma azeitona na boca.
- A sua boca é linda - balbucia ela.

Ora, ora, talvez não seja tão inocente como eu pensava.

Meu corpo corresponde, contraindo-se. Ela vai cair, não tenho dúvidas. Agora está elogiando minha boca. Realmente, eu não sabia que ela, tão tímida do jeito que é, poderia dizer uma coisa sensual dessas. Então, resolvo mandar ver:
- Você nem imagina o que eu posso fazer com ela.
Comer você é uma das coisas que eu gostaria de fazer. Te sugar até ver você gozar loucamente.
- E_eu... - gagueja.
- O quê?
- Doutor... o senhor não pode fazer isso - murmura, como se lesse meu pensamento, totalmente desconcertada.
- É claro que eu posso, senhorita. Acabei de lhe confessar o que desejo fazer com você.
Ela olha para os lados, com uma aflição fugazmente. Está na cara que eu a deixo inibida.
- Pare. Eu não estou bem.
- E posso saber o que está acontecendo?
- Estou um pouco tonta.
Franzo as sobrancelhas. Será? Ou está querendo fugir de mim?
- Eu bebi muito.
- Ah.
- Tenho que ir - diz, fechando e abrindo os olhos.
Droga! Ela não está bem mesmo.
- Eu levo você.
- Não precisa - ela tropeça nos pés, e eu a seguro em meus braços.
- Claro que precisa, Esther.
Se eu não estivesse aqui ela ia cair de boca no chão.
Saímos para fora do saguão da festa, mas não caminhamos muito, pois ela desaba em meus braços totalmente desaprumada. Merda!
A garagem do grande prédio está lotada de veículos. Pego meu celular e disco o número de Maryelli. Essa é outra que não posso tirar os olhos.
- Onde você está, Leonel?
- Eu tive um imprevisto, Mary. Estou ligando para dizer que vou ter que deixar vocês, mas comporte-se.
Seguro Esther nos braços. Ela não consegue ficar parada sozinha, percebo isso quando ela encosta a cabeça em meu peito. O que está acontecendo com ela, meu Deus do céu? Suas mãos me agarram firme na cintura e no pescoço. A boca dela em meu pescoço não está dando certo, não. Isso me deixa excitado, fora do meu juízo perfeito.
- Está bem.
- Os outros vão levar você para casa. Tchau.
Desligo o celular. Volto a atenção para Esther.
- Droga - resmunga ela. - As chaves do meu apartamento estão com o Taylison.
- Ligue para ele.
Ai, droga! Não, não ligue. Posso passar mais tempo com você.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora