O resto do pessoal da faculdade se aglomera ao open-bar, com eles estão Lorenzo, John, Yany, Jackson, Tamara, Thed, Sueli e mais alguns que ficaram na pista de dança.
- Oi, Esther, amiga - Yany a cumprimenta com um forte abraço.
- E aí, meu velho - diz Lorenzo com ironia. Ele bebeu demais.
- Oi, Lorenzo. Você andou tomando uma, não é?
- Mais ou menos. Cadê a ruiva? - ele olha para os lados.
- Ali - aponto.
- Oi, Esther, linda - grita ele, fazendo um coração com as mãos. Esther dá um tchau, sorrindo. Ele ri toda hora parecendo um louco.
- Ooh! - grita para a multidão na pista. - Aí, Thaly, ei! - ele me chama, mas ignoro. - Ô palhaço, o Dr. Blanchard vai, oh - ele faz um sinal com a mão bem no meio do pescoço. Rio.
- Você acha que eu tenho medo dele? Ele não é ninguém.
Lorenzo ri, exultante.
- Ele é doutor, meu velho, doutor famosíssimo e dono de várias propriedades aqui no Rio de Janeiro. O cara é rico, Thaly Alberto, ele dança em cima do dinheiro que ganha. Você está por fora.
- Vem cá, você está do lado dele ou do meu?
- Do seu é claro, mas você tem inveja dele que eu sei.
Inveja? Dou uma gargalhada. Esther não está nos ouvindo, ela fica concentrada numa conversa com Yany.
- É a verdade. Aí - ele aponta com a garrafa de cerveja para Esther. - O cara foi pegar logo a garota mais linda da sala. Estou falando que ele pode tudo, inclusive, acabar com a sua raça - ele ri, cambaleando com os pés. Lorenzo senta em um dos bancos altos, e me olha com ironia.
- Então, você quer a Esther, é? - ele ri.
- Cale a boca, Lorenzo. Você está bêbado.
- Ah! Não acredito que ouvi. Isso é um descaso!
- Descaso é você. Usou o que hoje?
- Nada, nada, nada e nada, palhaço.
Palhaço é ele. Está fazendo papel de um e não percebe.
- Eu tenho uma coisa aqui para esquentar o clima.
- O quê? - ele me olha, mostrando interesse. Saco duas sacolas pequenas em sua frente.
- É maconha.
- Você está louco, cara?! Eu não vou usar essa porcaria não - ele recua. Caio na gargalha.
- Você não é obrigado, só estou oferecendo.
- Thaly, não é assim que um futuro médico se comporta.
- Ah - resmungo.
- O que você veio fazer com isso na boate do Ezequiel?
- Usar. Não consigo controlar o vício.
- Saí de perto de mim, cara, eu não uso essa porcaria.
- Eu sei, bobão, não tenho problemas de audição. Me acoberta aí, vou acender um cigarro às escondidas da Esther.
- Ih, rapaz, foda-se sozinho. Você é um drogado sem fim.
Ele sai. Xingo-o sem emitir som na voz. Lorenzo me paga. Filho da puta. Ascendo um cigarro rapidamente, com maconha dentro e levo na boca. Dou três tragadas de uma vez só sem ninguém ver, mas Esther surgem rapidamente, me pegando de surpresa. Tuço as fumaças do cigarro. Ela me olha, perplexa e incrédula com a cena.
- Você fuma, Thaly?
- Sim.
- Mas você é muito novo. Pare com isso, por favor.
Rio.
- Não tem graça, eu estou falando sério.
- Quer fumar?
- Credo, eu não. É fumo normal, não é? - ela ergue uma sobrancelha. Rio de novo.
- Não, coloquei maconha.
- Mentira - murmura, embasbacada.
- Verdade - afirmo ironicamente.
- Jogue isso agora, Thaly Alberto. É desse jeito que você quer se formar em cirurgias gerais?
- Ah, eu não ligo para isso, Esther.
- Mas deve. Jogue o cigarro, Thaly - ordena, me olhando furiosamente.
- Chega de drama, mulher. Volte para a sua conversinha chata lá, anda vai.
- Thaly, eu vou contar aos seus pais sobre isso.
- Ah, é? Quer que eu grite para o mundo inteiro que o professor Leonel Blanchard anda comendo uma menor de idade? Você confiou na pessoa errada. Não consigo guardar segredo, bonequinha.
O sangue some do seu rosto, o mundo cai em seus pés. Ela se desespera.
- Você não é meu amigo.
- Eu sou, mas você tem que contribuir comigo, senão as coisas não vão dar certo, querida. Entendeu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...