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10 de junho de 2008

Estaciono o carro na garagem da academia de Leonel, eu também possuo uma certa porcentagem aqui dentro. Eu desvio os dinheiros dele o quanto posso. Semana passada consegui sacar do banco cinquenta mil dólares sem ele perceber, também, anda ocupado que nem um tonto. Quem mando ser rico? Ele não me deixa trabalhar, então tenho que aproveitar o dinheiro dele.
Piso na entrada da academia. Observo o movimento. Nossa, tem muito homem lindo e forte aqui. Um grupo de jovens da idade de Leonel estão jogando conversa fora com a recepcionista Ana Laura. Ela trabalha aqui há três anos, e é outra cadela que o meu próprio marido andou comendo antes de se casar comigo. Ela é uma loura oxigenada e magra. Eu sou muito mais bonita do que ela. Os rapazes me olhando quando aproximo do balcão.
- Hã... Bom dia, Ana Laura - digo secamente. Ela me joga um olhar achaque.
- Bom dia, Sra. Blanchard.
- O meu marido está aqui?
- Estava, mas já foi embora.
- O que ele veio fazer aqui?
Ela dá de ombros.
- Acho que veio checar a administração, como faz toda vez que vem às pressas.
Respiro, dou uma olhando para o grupo com um sorrisinho safado. Bom, vou ser ousada agora.
- O que desejam, rapazes?
O mais velho da turma, que aparenta ter uns vinte e oito anos, dá um sorriso sarcástico e passa as mãos em seu cavanhaque. Hum. Ele está flertando comigo. É um homem muito musculoso e parece ser risco. As roupas são de marcas famosas.
- Malhar, senhorita - diz ele com a voz grossa.
Humm. Essa voz...
- Ótimo, conheço um lugar excelente para malhar lá em cima, no segundo andar - olho para ele, mordendo a ponta do lábio. - Três salas para cada pessoa.
Todos me olham.
- Me acompanhem, por favor.
Caminho em direção à escada com um sorriso malvada, eles vêm atrás de mim, conversando baixinho. Empino o corpo e a bunda ao subir os degraus. Jaqui Billy, você tem três brutamontes às mãos. Isso me excita. Quero os três! Fico pávida diante desse devaneio, mas estou intimorata, vou encarar, nunca fiz sexo com três homens.
Aproximamos do corredor à direita onde ficam três salas para malhar. Abro uma das portas, mas antes, viro-me para encarar os três.
- Os três são casados? - pergunto. Eles olham um para o outro se divertindo com o que acabei de dizer.
- Não - responde o mais novo, tem cara de vinte anos.
- Você é casada, acertei? - o do meio fala, ele é louro e musculoso.
- Sou, mas não gosto do meu marido.
- Como não gosta? O cara é cheio da grana e é um médico famoso.
- É, lourinho, mas eu detesto médicos. Se eu soubesse que doutores eram tão ocupadíssimos, nunca me casaria com um.
- Ele não te satisfaz? - o mais velho interrompe, que flertava comigo há meio minuto atrás.
- Pouco.
Ele ergue as sobrancelhas em espanto.
- Nossa, se eu tivesse uma mulher como você... - ele me olha dos pés à cabeça. Estou usando uma minissaia preta e um top amarelo. - ...eu nem sairia de casa.
- Eu também.
- Concordo com vocês, colegas - diz o de vinte anos. Abro um sorriso safado.
- É, doutora... A senhorita é uma gostosinha.
- Hum. Nunca provou - rebato.
- Podemos provar - ele se aproxima.
- Espera, vou fazer um trato: vamos para a minha casa, os três.
Eles ficam estupefatos.
- Você quer nós três? - pergunta o mais velho, incrédulo.
- Isso mesmo.
- Por que não transa apenas com um de nós?
- Não, eu gostei dos três.
- Nossa! Bem, eu topo.
Ergo minha sobrancelha para os outros.
- E aí? - digo. - Os dois concordam?
O louro coloca a mão na cabeça, e o de vinte anos hesita.
- Tudo bem.
- Eu também topo.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora