Não sei explicar ao certo o que aconteceu, só sei que foi maravilhoso, perfeito, lindo... O que ele tem que me deixa tão fascinada? Não, Esther, esqueça-o, ele é seu melhor professor. O Dr. Oliver Lins e o Dr. Elliel Mandubi não são tão sérios como Leonel Blanchard.
Ainda estou com o cheiro dele em meu corpo, aquele perfume que ele exala é embriagador. Meu Deus, o que faço? Estou apaixonada. Fui para a cama do meu próprio professor. Ele foi tão bruto e rápido que me deixou querendo mais. Eu fiquei com medo na primeira vez — como toda virgem, — de ficar com as pernas bambas, tirar as roupas na frente do cara, ser tocada e tal.
Leonel Blanchard é um homem cheio de truques e mistérios, eu sinto isso. Ele chama a atenção de muitas mulheres. Seu nome já combina com a postura que ele tem, enrola a minha língua ao ser pronunciado.
Que homem é esse? Seus lábios gelavam todas as partes íntimas do meu corpo, sua língua atingia meu ponto mais fraco. Eu fui à loucura na cama dele. Não posso continuar, não posso continuar, recito em minha mente. Ele é meu professor.
— Esther! — meu irmão grita do outro lado da porta.
Levo um susto na hora e me cubro com o roupão branco. Eu me olhava atentamente nua no espelho do meu closet.
— O quê, Taylison?
Taylison é meu irmão adotivo. Ele é bonito, magro e tem os cabelos louros e grisalhos. Estudou arquitetura em Paris, depois veio morar no Brasil. Ele tem vinte e três anos, é excelente na cozinha.
— Fiz nosso almoço.
— Ah, sim.
Abro a porta do quarto meio desaprumada. Ele me encara sem entender meu jeito desequilibrado.
— Vamos, daqui a pouco tenho que sair.
Me encaminho para a mesa de jantar. Taylison me olha com uma expressão séria ao se sentar na mesa comigo.
— Você está meio esquisita — comenta, avaliando-me com os olhos cautelosos. Enrubesço.
— Não é nada.
— Nada... sei...
Hum. Vai começar a desconfiança.
— Isso está me cheirando a coisa de homem.
Puta que pariu! Ele acertou na mosca.MINHA SALA É um pouco agitada, há cerca de cinquenta alunos. A sala é enorme, fria e com lousas na frente dos estudantes e atrás também. As cortinas são grandes, da cor azul-marinho. O teto é forrado de branco.
Os professores entram de repente. Leonel está entre eles. E... Minha nossa! Meu queixo vai no chão. Esse professor é mesmo lindo de doer. Ele usa calça jeans preta, camisa branca, com as mangas dobradas até os cotovelos e um sapato tipo bota, não sei direito, mas é chique. Seus cabelos são pretos e lisos. Tenho vontade de passar a mão — como fiz na noite anterior.
Olho para ele quase babando. Leonel Blanchard é musculoso, tem o abdômen sarado, suas mãos são grandes... os braços... Pare, Esther Marihá! Droga. Até agora não acredito que ele e eu fizemos amor ontem, mas foi errado, entreguei minha virgindade a um homem que mal conheço.
Ele dá uma rápida olhada nos estudantes do fundão. Os alunos conversam muito lá atrás. Leonel dá uma volta no meio da sala e para logo perto de mim. Fico sem ar. Me atrevo a dar um sorrisinho, mas ele me olha, impassível.
— Olá, Srta. Winkler.
Nossa, ele sabe fingir muito bem em público.
— Olá, professor.As aulas terminam às dez e meia da noite. Realmente, meu estômago não suporta o cheiro de formol, de mortos. Demorei séculos para encontrar uma veia de um bendito cadáver feminino. Para estudar anatomia temos que ter coragem e ser perspicaz.
Estou na sala arrumando alguns livros na bolsa, enquanto todo mundo vai embora.
— Tchau, amiga — diz Yany, uma garota legal que conheci quando cheguei na faculdade. Ela já me considera como amiga.
De repente, olho para trás e já não vejo mais ninguém na sala além de mim e Leonel. Eu tenho medo de ficar sozinha com ele.
Leonel está concentrado diante de seu computador. Ele nem me olha. Que merda! Decido me retirar.
— Venha cá, Esther.
Retrocedo e caminho até sua mesa.
— Você deixou uma pergunta sem reposta na prova de ontem.
Putz! Ponho as mãos na cabeça perplexa. Ele ri.
— É brincadeira.
— Ah! Nossa! O senhor me deu um susto.
— Todas estavam com respostas.
Ele desliga o computador e se levanta da cadeira. Sigo-o até a porta, mas ele saca a chave e a tranca. Fico paralisada. O sangue fervendo nas veias, o medo se aponderando. O que ele pretende agora?
— Doutor...
— Adoro quando você me chama de doutor — ele me olha em divertimento e rodopia as chaves nas mãos. Ah, céus! Dou três passos para trás sem tirar os olhos dele, ele me prende na lousa, deixando sua boca bem próxima à minha.
— O que será que você tem, hein, Srta. Winkler?
Meu coração dispara, meu sangue ferve. Eu o quero, e essas palavras já são minha perdição.—♪—
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Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...