ESTOU NO ESCRITÓRIO trabalhando, aproveitei o tempo que minha família se foi para dar uma revisada nas coisas, Esther está no banho lá em cima, e está demorando. Mulheres.... Recebo um telefone de imediato. Deve ser do hospital.
- Pronto - digo.
- Oi, meu amor.
Ah, não! É a Karla Peterson. Agora não posso. Não vou poder mais.
- Oi, Karla.
- Amor, estou com saudades.
Humm... Conversa fiada. Não tenho tempo para bobagens, Karla Peterson.
- É? Que bom - digo com a voz áspera.
- Só isso?
- Como assim, só isso? A boca é minha e dela sai o que eu quiser.
Nossa!
- Não precisa ser grosso comigo. Gosto da sua grosseria na cama.
E eu quero que você arranje outro babaca para se foder.
- Vou desligar, Karla.
- Hum, já sei, você está com companhia nova.
Reviro os olhos.
- Não interessa.
- Pode falar. É a ruivinha chata? Ah... se for, tome cuidado, você está comendo uma criança. Hum, o Athos Júnior nunca irá aprovar isso, Blanchard - diz com ironia.
Meu sangue ferve. Já não estou tão confortável como há meia hora atrás, só de pensar que isso pode acontecer meu queixo cai no chão. O pai da Esther é um tremendo organizador de disciplinas, rígido e cheio de mistérios.
- Ah, Leo, você deveria transar com mulheres experientes, não com uma menina de quinze anos.
- Para o seu governo, ela não tem quinze anos. É maior de idade.
Karla bufa no telefone. E como essa pilantra descobriu o número do telefone do meu escritório?
- Vou desligar - aviso.
- Espere, a gente não vai se ver de novo?
- Você quer?
- É claro que eu quero.
- Ahn, eu só queria saber mesmo. Tchau.
Desligo. Levo as duas mãos na cabeça, furioso. A vadia conseguiu me tirar do sério, eu estava tão absorto diante do monitor.
- Droga! - grito, amarrotando a mesa de vidro com os punhos. Saio do escritório, zangado, e vou até a cozinha. Meus empregados estão lá. Decido tirar satisfações.
- Escutem aqui.
Dou um soco na mesa, fazendo com que elas se assustem.
- Por favor, Tânia, retire-se por um minuto.
Ela obedece, deixando para trás Yara e Pérola. As duas me olham, amedrontadas. Com certeza Tânia não tem nada a ver com isso. Ela sabe quem foi Karla Peterson n minha vida.
- Eu quero saber quem anda passando o número do meu escritório para estranhos? - minha voz sai grossa. Elas entreolham uma com a outra, estupefatas e emudecidas.
- Respondam! - grito.
- Eu passei para o Dr. Oliver Lins, só isso - diz Pérola depressa.
Olho para Yara, furioso. Foi ela.
- E você, Yara?
- P_passei para três mulheres: Srta. Deborah Blanchard, Jaqui Billy e a Srta. Karla Peterson.
Então foi ela mesma. Aproximo, paro em sua frente e suspiro. Ela me olha firme nos olhos.
- Está demitida. Passe no meu escritório segunda-feira - murmuro.
Ela arregala os olhos e abre a boca para falar, mas fecha depois que ergo o dedo indicador para cima. Vou demiti-la por muitos motivos: o dia em que ela arranhou o meu carro com as unhas afiadas - vi tudo pela câmera que está instalada em um beco escondido na garagem da minha casa - e uma noite em que ela jogou meu vinho predileto no lixo, de propósito.
Olho para Pérola, penetrando seus olhos fugazmantes.
- Passou perto de ser você. Vou deixar bem claro: quem manda nessa casa sou eu, tudo tem que ser sob os meus comandos, não de empregados que adoram puxar o saco do patrão.
- Já entendemos, Dr. Blanchard.
- Acho bom.
Saio da cozinha com passos largos. Vou ao escritório, pego uma bebida e subo para o quarto.
O que será que a Esther está fazendo? Tenho que deixar essa raiva de lado. A porta do banheiro está aberta, vejo ela se ensaboando todinha. O cabelo bate na cintura e o cheiro do perfume é divino. Paro em frente à porta, bebendo e a observando atentamente, deliciando-se nas águas. Ela vira, e salta para trás, pasma.
- Leonel!
- Você é linda - murmuro, com os olhos murchos e aproximo, destemido.
- Não! - exclama.
- Sim - tiro a camisa, encarando seus lindos olhos verdes. Ela sabe que pelo meu olhar estou irritado. Deixo a bebida na estante, desvencilho-me da calça e entro no chuveiro.
- Você já tomou seu banho, Leonel.
- Eu sei que já, mas você está aqui há muito tempo, não aguento isso - sussurro próximo à sua boca. Beijo ela, ainda molhada.
- Ah, Esther... - murmuro que nem uma manta.
A preocupação toma conta de mim. Qual é, Leo? Vamos nos divertir.
- O que foi?.
Acarecio seu cabelo, depois passo para o queixo. Só de pensar que eu posso me lascar pelo o que estou fazendo...
- Esther, eu posso me dar muito mal por causa dessa relação. Nós dois... entenda, por favor, não podemos continuar.
Olho para ela, sua expressão é de incredulidade. Ela pega meu rosto.
- Não faça isso, Leonel - ela me beija. - Eu amo você.
Nossa! Como essas três palavrinhas mexem comigo. Não acredite, Leonel. Você já caiu uma vez.
- Não diga mais isso. Esther, você não me conhece bem.
Ela coloca o dedo indicador à frente dos meus lábios.
- Quero fazer amor.
Ahn? Amor? Querida, se você soubesse como eu odeio fazer amor, você nem pensava nisso. Não custa nada tentar.
- Como?
- Com carinho, demonstrando que você não é bruto toda hora - murmura.
Beijo ela com reverência.
- O que está esperando? - ela me olha.
- Você quer fazer amor? - sussurro, pegando sua cintura. Droga! Ela faz que sim com a cabeça.
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Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...