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Olho para o monitor do computador, tenho muitas mensagens para responder. Algumas são de alunos que vão fazer uma prova semana que vem.

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De: Otaviano Bulgária
Assunto: Curiosidade
Data: 15/08/2010 08:20 AM
Para: Leonel Blanchard

Caro professor, eu sei que o senhor não está em sala de aula, mas quero tirar uma dúvida: Por que os cadáveres, como aqueles que estamos dessecando, viviam em instinto à margem da sociedade?

Rua São Francisco Xavier, 170/ Tijuca (RJ).
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Ah! Esse moleque ainda está me enchendo a paciência com esse assunto desde o começo do ano.

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De: Leonel Blanchard
Assunto: Impaciente
Data: 15/08/2010 08:22 AM
Para: Otaviano Bulgária

Você está me deixando impaciente com esse assunto, Sr. Bulgária. Pois bem, vou dizer a mesma coisa que digo: Eles só precisam ser estudados!

Bairro Leblon. C. 342, sentido oeste (RJ).
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De: Otaviano Bulgária
Assunto: Impaciência
Data: 15/08/2010 08:23 AM
Para: Leonel Blanchard

Doutor, sei que o senhor trata algumas pessoas com insolência por algum motivo que não sei. Mas eu sou um aluno muito questionador em relação à anatomia. Quero que o senhor me ajude, estou curioso. Por favor, não me ignore com a sua arrogância.

Rua São Francisco Xavier, 170/ Tijuca (RJ).
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Ah, céus! Por que ele quer tanto saber? Bom, pelo menos ele está pedindo. Eu vou ajudá-lo, embora eu odeie que me atormentem com inquisições.

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De: Leonel Blanchard
Assunto: Ajuda
Data: 15/08/2010 08:25 AM
Para: Otaviano Bulgária

Pois bem, vou ajudá-lo nesse mistério amanhã à noite. Me espere no laboratório de anatomia, no final das aulas. Agore me deixe em paz!

Bairro Leblon. C. 342, sentido oeste (RJ).
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De: Otaviano Bulgária
Assunto: Agradecimento
Data: 15/08/2010 08:25 AM
Para: Leonel Blanchard

Muito obrigado, Dr. Blanchard. Tenha um ótimo domingo.

Rua São Francisco Xavier, 170/ Tijuca (RJ).
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Ele quer ser ajudado, então vai ser. Otaviano Bulgária é um dos melhores alunos em sala de aula, sempre faz grupo de trabalho com a Esther. Nem tenho ciúme, pois acho que ele gay.
Uma pessoa bate à porta do meu escritório, me tirando do monitor. Ignoro e continuo trabalhando, mas o tormento torna à bater. Calma, Leo. Deixo bater de propósito, mas não consigo - a pessoa bate freneticamente a porta.
- Ah, que droga! Vai entrando, porra! - grito, jogando a xícara de café na porta.
Que isso?
A porta abre lentamente e criaturinha surge: Esther.
- Oi - ela entra com um olhar franzino. Ao se deparar com os cacos da xícara no chão, ela põe a mão na boca.
Caio na cadeira, exasperado. Nossa, tive a impressão de que tinha algo ruim dentro de mim.
Lentamente, Esther se aproxima. Ela usa minha camisa linho branca, com os cabelos presos num coque e está descalça no piso.
- Eu volto em outra hora - murmura.
Ela deve estar com medo de mim.
- Não. Fique aí - falo com um tom ríspido. Não consigo tirar o mau humor da cara.
Ela toma a mesa como assento, fechando as pernas para mim. Porém não olho nada, continuo absorto diante do computador. Por que diabos me explodi assim?
- Você está bem? - pergunta ela baixinho.
- Estou ótimo.
O som da minha voz soa igual a um feitiço. Posiciono o cotovelo direito sobre a mesa e estímulo os três primeiros dedos da mão direita, concentrado seriamente no computador.
- A Tânia foi embora - comenta, com a voz baixa.
- Eu sei.
- Está zangado comigo?
- Não.
Minhas respostas são rápidas, sem hesitar.
- Por que está assim?
Olho para ela, impassível.
- O que foi?
Meus olhos correm pelo seu corpo, depois para em suas pernas nuas. Esther é extremamente gostosa, mais ainda seminua em cima da minha mesa. Isso é uma distração e tanto.
- O que foi? - repete ela.
Levanto-me da cadeira sem dizer nada, zangado, pego na mão dela, jogo-a contra as paredes e fito seus olhos.
- Leonel.
- Cale a boca.
Levo a mão nos botões da camisa e desabotoo cada um vagarosamente, sem tiras os olhos dela.
- Estava com saudade disso - murmuro.
- Eu também.
- É?
- É. Vá com calma, Leonel.
- Eu estou calmo. - Beijo seu pescoço, um de cada lado. Ela solta um gemido gutural.
Meus dedos sutilmente avançam pelo seus seios nus, explorando seu corpo de cima para baixo. Encontro a bunda dela e sem querer perder tempo apalpo, fazendo-a se enriquecer sob o meu toque. Beijo a boca de Esther com sede, tomando-a e brincando com os movimentos da língua. Ela também me acompanha, devorando-me. Tiro a língua e uso para descer em seu corpo. Vou chupando parte por parte, até chegar ali.
O corpo dela entra em chamas de volúpia, abrindo as pernas, me convidando.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora