6.1K 414 3
                                    

Ela leva os olhos acima do teto do restaurante. Está irritada comigo, com certeza.
- Mas eu não estou com fome.
- Não quer admitir?
- Eu estou falando a verdade, Leonel - diz entre dentes.
- Calma, ruiva. O que deu em você?
- Às vezes você é tão petulante.
- Ora, ora, não me provoque, Srta. Winkler. Eu posso ser mais petulante do que você imagina - murmuro.
Dou um bom gole no vinho branco que veio diretamente da França - meu país. Depois que terminamos o jantar, conversamos um pouco mais antes de partirmos para a melhor hora.
- Está pronta?
- Sim.
- Sente ao meu lado.
Ela obedece, levantando-se de sua cadeira. Enquanto ela muda de lugar, outra música de Sam Smith surge pelo centro do restaurante, chama-se I'M Not The Only One.
- Tire a calcinha.
Seus dedos deslizam até o alto de sua coxa, bem lentamente, ela abaixa a calcinha pelas pernas, passando pelo salto, e entrega o tecido quente e cheiroso em minha mão. Hum... Que delícia.
Num movimento rápido monto Esther em cima mim, ela fica desaprumada com a minha audácia, puxando o vestido para baixo, envergonhada.
- Ai, Leonel - exclama.
- Shhh...
- Você está louco? Por favor, aqui não.
- Você vai gostar. Eu só quero sentir o seu prazer. Isso não é para mim, é para você. Preste a atenção: movimente-se da forma que achar necessário, se não conseguir, eu te ajudo. Entendeu?
- Entendi.
- Está tomando a injeção corretamente?
- Estou.
- Quando foi a última vez que tomou?
- Ontem à tarde, no hospital.
- Então, vou ter quer usar a camisinha. Não passou sete dias.
- Não - concorda.
Olho para ela e sorrio com malícia. Saco uma camisinha do bolso e jogo em seu colo.
- Coloque você.
Ela pega o envelopinho de metal e o rasga, desaprumada. Em seguida, desliza os dedos no zíper da minha calça, então, o desce para baixo, deixando minha cueca à mostra. Ela me olha em espectativa.
- Calma - pego sua mão e coloco alí.
Ela fica rubra com a sensação prazerosa. Eu a observo nem um pouco comovido. Quero ver sua reação, seu gemido, sua boca, seu prazer... Ajudo ela a colocar a camisinha em mim lentamente.
- Pronto - murmuro, colocando Esther em cima, depois de preparada.
Solto um gemido bem baixinho, arfando. Ela pega meus ombros e começa a se movimentar. Olho para ela, com as duas mãos posadas em sua cintura fina. Seus olhos giram como loucos doentes num manicômio. E geme. Nossa, sua boca fica linda gemendo.
O movimento continua, devagar, sem pressa.
- Isso, Esther - murmuro.
Ela aperta meu ombro esquerdo fortemente ao sentir o prazer agudo indo mais fundo. Todo mundo que ver vai pensar que estamos apenas nos beijando como um casal de namorados.
Não dá para notar nossos movimentos e os gemidos, até porque, estamos num canto, às escuras.
- Você fica mais gostosa quando geme - sussurro, quando ela encosta o rosto sob o meu.
- Estou quase lá - avisa.
- Não, aqui não, se controle, Esther. Guarde seu orgasmo para depois.
- Não consigo - sussurra em meu ouvido.
- Se você explodir em cima de mim agora, eu te lasco um tapa.
Ela me olha, incrédula. Dou outro sorrisinho malicioso, então, a beijo na boca, sem hesitar. Minha língua age, de maneira ríspida contra o dela. Ficamos minutos nos beijando, depois paro para tomar um pouco de fôlego.
Dou um soco para cima com a ajuda das pernas, e ela se assusta meio intimidada, e começa a se movimentar de novo.
- Por favor, Leonel, estou chegando lá.
Dou uma fugada com o nariz entre seus seios e apalpo eles com a mão.
- Não, sua cadela assanhada. Se fazer isso já sabe o que vai acontecer.
- Ah - geme. Ela desaba em meu colo, enervada. Deve estar cansada, ou não.
- Chega, por favor - implora.
- Já? - olho para ela, me divertindo.
Acarecio a mecha dos seus cabelos, levo o dedo indicador em seu queixo e deslizo-o até seu lábio cor-de-rosa.
- Está brincando comigo? - murmura, arfando.
- Não, senhorita - sorrio. - Retire-se por gentileza.
Ela sai, cambaleando com o salto, e mostra uma expressão de dor na face, consigo notar. Esther não aguenta muita coisa. Ajeito-me na cadeira e retiro a camisinha, dou um nó na ponta e guardo o objeto no bolso da calça jeans.
Ela finge que nada aconteceu. Ajeita o vestido e os cabelos - de quem acabou de dar uma rapidinha.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora