Pego Esther pelo braço e puxo-a para fora da boate brutalmente, muito zangado. Yany é levada para casa pela polícia e alguns da própria Faculdade de Medicina foram presos por usarem maconha durante a festa. Tamara também está no meio. Não acredito que meus alunos estão usando isso.
- Você poderia andar mais devagar, Leonel? - rezinga Esther.
Abro a porta do carro e praticamente jogo ela no banco-passageiro. Em seguida, entro. Dou a partida e saio da garagem da boate.
- Me desculpe, Leonel - murmura ela.
- Olha, a pessoa que eu menos quero ouvir agora é você. Por favor, guarde as suas ceninhas patéticas para o próximo teatro que vir naquela boate.
- Mas...
- Mas nada! - grito. - Não fale até chegarmos na minha casa. Não ouse a dar um pio.ESTACIONO O CARRO em frente à minha casa, descemos e entramos, ainda em discussão. Olho para o relógio e noto que são uma hora da madrugada de domingo.
Abro a porta do quarto, em seguida, fecho-a atrás de mim. Olho para Esther, furioso. BEM FURIOSO.
- Por que está vestida assim? - minha voz soa fria. Ela me olha amedrontada, retrocedendo os passos.
- Era festa de rock - murmura calmamente.
- Eu tinha coisas importantes na França e você acabou com tudo, sua idiota! - grito, amarrotando os frascos de perfumes que estavam na estante. Eles caem no chão, fazendo um barulho insuportável.
- Eu queria...
- Cale a boca! Eu estou cansado de falar com você! - grito de novo. - Olhe bem para mim - agarro ela e pego seu queixo, apertando-o com as mãos descontroladamente.
- Eu não gosto de repetir ordens, mas você parece que não ouve. Você é uma criança rebelde, desobediente. Eu disse para não sair com o Thaly Alberto, mas você não obedeceu.
Ela começa a chorar e pega meu pulso com as mãos.
- Pare de chorar, droga! Eu odeio isso! Odeio adular mulheres! Você não me obedeceu, Esther!
- Por favor, me desculpe, Leonel.
- Não tem desculpas! Você passou dos limites. Ele poderia ter te drogado, sua burra. Onde estava sua inteligência durante essas horas ao lado daquele inútil? - aperto mais ainda seu queixo. - Diga, Esther - ordeno em voz alta.
- Ai! - geme.
- Está doendo? Seus pais poderiam estar gemendo esse ai se soubessem agora mesmo da sua morte numa corrida de moto - falo, frenético. Ela me olha com com aquele jeito franzino que me deixa amortecido.
Jogo-a na cama com força a fim de livrar desse olhar pecaminoso. O choro dela aumenta, acabando com os meus ouvidos. Dou um soco na janela de vidro, quebrando tudo.
- Você está louco - ela tapa os ouvidos.
- Pare com esse choro insuportável - rosno entre os dentes.
Ela faz de propósito e chora mais alto, destemida a me enfrentar.
- Ah, é? Você não vai calar a boca? Eu sei do que bêbados precisam numa noite de frio.
Pego ela pelo braço e arrasto-a para o banheiro. Faço ela tirar o All Star, à força, gritando para calar a boca.
- Não, Leonel, por favor, não - implora.
- Ande, entre aí - empurro ela para o chuveiro, em seguida clico no botão que direciona a temperatura da água.
- Não! - chora. - Eu não quero tomar banho na água gelada, Leonel, o ar está frio.
- Entre logo, sua bêbada.
Ela cai embaixo da água e tenta sair, mas não deixo.
- Isso é para você aprender a me obedecer.
O corpo dela enrijece à medida que a água gelada cai em sua pele sensível. Ela bate os dentes, trêmula.
- Por favor - implora.
Ignoro o pedido, tirando suas roupas. Pego o sabonete líquido e despejo-o na esponja, logo depois ensabôo a Srta. Bêbada, que chora sem parar.
- Pare de chorar ou eu vou fazer coisa pior com você - ameaço.
Ela ameniza o choro insuportável. Levo a esponja em suas axilas, depois passo paro o pescoço. Pego a parte do rosto, em seguida, desço totalmente para baixo, na parte da barriga, onde ncontro um piercing.
- E essa coisa aqui? - pergunto intrigado.
- É um piercing - balbucia ela entre soluços.
- Desde quando você usa essa porcaria?
- Meu umbigo é furado desde os quinze anos.
Ela fala cabisbaixa. Retiro o objeto e lanço ele para fora do banheiro.
- Você não precisa disso. Seu corpo já é perfeito sem esses objetos dos infernos.
- Eu gosto de usar piercings.
- Agora não vai mais - altero a voz, incisivo. - E se usar, você vai se ver comigo depois. Não quero te ver com essa porcaria de novo.
- Por favor, pare de gritar comigo. Eu não suporto discutir com pessoas assim.
- O que quer dizer com pessoas assim?
- Que não me deixa falar.
- Neste momento, Esther, você está errada. Me fez pegar três aviões por uma coisa banal que você mesma poderia ter evitado.
- Eu só estava curiosa.
- A curiosidade poderia ter matado você nessas estradas perigosas do Rio de Janeiro. É por isso que eu detesto gente curiosa. Sempre acontece coisa errada ao querer saber demais.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...