Capítulo 10

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NO DIA SEGUINTE acordo fungando o nariz, pisco duas vezes para poder me recompor. Esther está grudada em cima de mim, com as pernas entre laçadas na minha, a cabeça sobre o meu peito e os cabelos espalhados pelo meu abdômen.
Ela dorme como um anjo frágil em meus braços. Consigo sentir seu coração batendo, sua respiração e o suor do seu corpo. Fizemos amor ontem à noite, acho que foi uma das melhores transa. Fui carinhoso - uma coisa que eu detesto, - mas fiz por ela.
Meu celular começa a vibrar em cima da mesa do abajur. Ah! Que chato, é só chegar a semana que ninguém me deixa em paz. Olho a tela, é a minha assistente.
- Alô.
- Doutor, liguei para saber se já posso mandar o substituto para a Faculdade de Medicina.
- É claro.
- Só há dois médicos disponíveis: Dr. Carlos Sabóia e Dr. Marco Polo. Qual?
- Chame o Marco Polo, por favor.
- Está bem, tenha um bom dia.
- Para você também, Rana.
Desligo e encaro o teto, descansando a mente. Meu voo é daqui a três horas. Olho o relógio no pulso - seis e dois da manhã.
- Ah! - suspiro alto. Sacudo Esther bem devagar - para não ser grosseiro. Ela se mexe, mas não acorda.
- Esther.
- Agora não - resmunga.
- Vamos, dorminhoca, acorde. Temos que ir embora.
Ela acorda com os seios para fora. Levo os olhos neles. Eu adoro os seios dela, são pequenos e firmes. Faço um círculo com o dedo indicador entre eles. Ela me olha.
- A que horas sai o seu voo?
- Às oito.
- Cadê sua mala?
- O Bernardo vai levar para mim no aeroporto.
- Não vá, por favor - implora ela, choramingando em meu colo.
- Entenda, Esther, você não é mimada.
- Vou sentir sua falta, muita - e me beija.
- Eu também, minha ruiva. Levante.
Ela obedece abruptamente, depois faço o mesmo, ainda nu. Nossa, meu garoto fica duro toda hora em que acordo de manhã. Puxo Esther pelo braço e a levo para o banheiro. Escovo os dentes antes de tomar o banho. Enquanto faço isso, Esther liga o chuveiro e entra, de olhos fechados. Seu corpo ainda está cheio de hematomas - resultado dos chupados que dei nela na noite anterior.
Termino de escovar os dentes e entro no chuveiro também. Ela ensaboa meu abdômen com um sabonete líquido.
- Nossa, Leonel, você anda malhando muito. Seu abdômen é perfeito - ela passa a esponja de banho nas minhas axilas e sobe para o pescoço.
- Deu os parabéns ao seu irmão?
- Sim. Ele ficou feliz com o meu telefonema, fazia meses que eu não falava com ele.
- Ah.
Ela termina. Agora é minha vez. Pego a esponja de sua mão e coloco mais sabonete.
- Vire de costas - murmuro.
Movimento a mão junto com a esponja em seu pescoço, passo para os braços, depois para a barriga lentamente. Meus dedos agem para baixo, bem embaixo. Ela joga a cabeça em meu ombro direito. Movo os dedos, fazendo um círculo em seu grande lábio, movimento mais. Ela arfa. Mordo o lóbulo de sua orelha, e ela geme.
- Que isso, hein? Molhada tão cedo? - enfio dois dedos lá dentro e tiro. Faço isso três vezes.
- Leonel - exclama.
- Shhh - sussurro, pegando sua cintura.
Minha ereção roça sua bunda com cada aproximidade. Seu corpo enrijece depois que recebe um beijo molhado na nunca. Ela vira e me encara, convicta. Desligo o chuveiro depois que terminamos o banho. Ela fica me olhando por um tempo, e eu me torno um homem absorto diante de seus olhos. Ela aperta o lábio e vira a cara para a parede, tristonha. Pego seu queixo.
- Eu vou voltar, Esther.
- Não acredito que você ficará fora por um mês.
- Mas eu vou voltar - tento transpirar um ar convencível com a voz mansa. - Ande, temos pouco tempo. Vamos fazer amor.
- Você disse que detesta fazer amor e que não gosta de carinho durante o sexo.
- Vai me deixar sair com vontade? - sorrio com malícia.
- Não. Quero criar coragem para dizer isso.
Franzo a testa. Dizer o quê?
- O quê?
- Eu... eu... quero que você seja brut_to - gagueja, fechando os olhos.
- Não quero que faça nada que não goste, Esther. Você já está machucada e cheia de hematomas por minha culpa.
- Mas eu estou bem, não dói mais nada em meu corpo.
- Não. Eu vou fazer amor com você e pronto.
- Por favor, Leonel.
- Eu machuquei você. Não vê isso? - levo as mãos na nuca e esfrego.

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora