ESTACIONO NA GARAGEM do apartamento. Pronto. Agora vou entrar. Relaxe! Pego o vinho do banco passageiro e sigo até a recepção. Digo a um rapaz, alto, moreno e jovem que estou subindo para ver minha namorada e ele me conhece pelo nome, mas eu não o conheço. Ele também diz que admira meu trabalho. É bom ouvir isso.
O elevador para em frente à porta dela - N° 425. Penso em bater, mas levo a mão na maçaneta e a porta abre. Não tem ninguém, eu acho.
A casa dela é bem organizada e chique, branco e rosa. Ah... lá está ela: na varanda, sozinha, de um vestido pijama, curto, muito curto. Vejo sua bela bunda sob o tecido de ceda cor-de-rosa. Ela está me dando água na boca. Aproximo-me lentamente sem que ela me veja. Pego-a por trás de repente em meu braço, ela se assustada, mas depois relaxa, sabendo que sou eu.
- Calma, meu bem - sussurro em seu ouvido. Ela geme ao sentir minha ereção por trás.
- Eu preciso de você. Senti sua falta - murmura ofegante.
- Eu sei - afago seu cabelo e deixo um beijo molhado em seu pescoço e depois dou uma pequena mordida no lóbulo de sua orelha.
Levo as duas mãos para frente e prendo seu corpo no meu. Ela joga a cabeça para trás, sentindo o desejo agudo acelerar com o meu toque. O vento está forte e a luz da cidade aglomera lá embaixo, o ar fresco bate em nossa face.
- Eu trouxe vinho para tomarmos juntos. Vinho branco, veio da França.
- Que delícia - ela vira de frente para mim, pendura os braços em meu pescoço e me beija com voracidade. Retribuo, mas - a mão boba entra em ação. Nossas línguas exigindo mais velocidade. Meu pau cresce. Paramos para tomar fôlego.
- Quer transar na varanda? - digo.
- Está louco? Meus vizinhos estão olhando.
- Não tem ninguém nos vigiando.
- Ah, pode acreditar, sempre tem um bisbilhotando meu apartamento.
Dou uma olhada ao redor e duas senhoras de meia idade estão nos observando, uma delas acena com a mão em nossa direção. Sorrimos para ela, que está no outro prédio à frente.
- Parabéns, Dr. Blanchard. A sua namorada é linda - grita do outro lado. Ela sabe meu nome.
- Obrigado - sorrio para ela.
- Você merece, é um bom médico.
Olho para Esther.
- Viu? Você merece o meu amor.
- Não, não mereço - murmuro, tristonho. - Você deveria me conhecer melhor.
Ela pega meu rosto.
- É claro que merece. Por que diz isso?
- Porque... - emudeço.
Não posso dizer que a quero sem compromisso. Isso vai magoar. Ela me beija mais uma vez e me puxa para dentro, sem eu ter a chance de falar.
- Está com fome?
- Mais ou menos.
- Eu posso preparar algo para você comer.
- A essa hora da noite?
Ela sorri.
- É um prato rápido. Só vou fazer para você.
- Só vou comer se você também for.
Ela para no meio da sala e solta minha mão.
- Não posso.
- Por que não?
- É perigoso.
Solto uma gargalhada.
- O quê?
- Ficar gorda.
Rio de novo.
- Esther, você não tem espelho? Olhe para você, é magra demais, não importa se for ganhar uns quilos. Isso é bom. A falta de glicerídeos também faz mal à saúde.
Ela faz cara feia, e bufa:
- Mas eu não posso.
- Vai comer sim.
- Leonel!
- Esther - repreendo-a com um olhar de quem diz "obedeça".
- Está bem.
- Assim que eu gosto. Agora vá cozinhar para mim, ande - ordeno.
- Ah... podemos comer de frente com essa grande varanda, ao relente da luz lá de fora. O que acha?
- Perfeito. Vou arrumar alguns travesseiros e cobertores no chão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...