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Fico lívida quando sinto o toque de suas mãos em minha perna. Ele passou para o meu lado, na mesa. Safado!
- O que você tem para mim hoje? - murmura.
Ele é bruto também. Muito bruto, gosta de novidades na cama. Pego sua mão cautelosamente.
- Muitas coisas, meu bem.
Ele me beija.
- Calma - sorrio.
- Eu quero você logo, Jaqui.
- Eu sei.
Nossos olhares se encaram. Ele leva a mão em minha bunda debaixo do vestido curto que uso, e apalpa.
- Vamos sair daqui, Dr. Rús - recomendo, levando os olhos para o centro do restaurante.
- Vamos.
A suíte dele é fantástica, muito chique, o ar é de luxúria, pura luxúria. Jogo a bolsa na poltrona, e olho para ele, que está trancando a porta atrás de si.
A cama é forrada com um lençol azul-marinho, as paredes são da cor branca. Há três quadros de artes contemporâneas nas paredes. As cortinas são brancas e as janelas vão do teto até o chão. O ar condicionado está ligado, trazendo um oxigênio gelado no quarto inteiro.
Ele me pega por trás, e beija meu pescoço várias vezes.
- O que tem de gostoso para mim, hein? - sussurra ele em meu ouvido, e levanta meu vestido lentamente.
Isso. É disso que eu preciso. Uma coisa que aquele doutor não tem tempo para me dar.
- Sinto como se você já estivesse dentro de mim, Carrick.
- É?

ACORDO ASSUSTADA. Onde estou? Ah, merda, ainda estou na suíte de Carrick. Tenho que ir para casa, meu marido vai me matar. Jaqui, por que você adormeceu, sua burra? O babaca do Leonel deve estar uma fera comigo. Ai, meu Deus! O pior é que ele sabe discutir que me deixa até sem fala.
Visto minhas roupas apressadamente e me mando do motel, deixando meu amante bom de cama dormindo. Quando chego em casa, dou um salto para trás ao me deparar com Leonel parado na escada. Ele está com as pernas entrelaçadas e as duas mãos enfiadas no bolso da calça, e ele está de terno preto. Muito bonito e sexy. Droga! Fico rubra.
Desço os degraus da entrada vagarosamente, como uma câmera lenta. Puta que pariu, o diabo passou em sua frente, ele está com a cara amarrada, mal-humorado.
- É impressionante como você consegue o que quer.
- Leonel...
Ele ergue o dedo indicador. Odeio esse jeito autoritário dele.
- Jaqui, onde você estava? - diz, com a voz grossa.
Pense rápido.
- Dormi na casa da minha mãe.
Ele me fuzila com os olhos ardendo de raiva. Ele se aproxima. Dou um passo para trás.
- Mentira! - grita. Levo um susto. Vai começar a gritaria.
- Você não tem prova de que é mentira.
- Você sabe que eu posso descobrir, não sabe? Jaqui Billy... - ele dá uma risada sardônica. - Se eu descobrir o seu joguinho às escondidas, eu juro que te mato.
Meu coração começa a palpitar. Me matar?
- Você não teria coragem.
- Experimente - avisa seriamente.
Nossa! Matar? Sem pensar duas vezes me atiro nele, pegando-o de surpresa. Me aconchego em seus braços.
- Meu amor, chega. Eu estou falando a verdade. Ligue para a minha mãe então.
Ele hesita, mas não fala nada. Beijo-o na boca, deixando o clima tenso exalar entre nós.
- Me desculpe por não avisar, eu fiquei tão empolgada com a minha família que nem pensei em te ligar.
Ele suspira, transpirando um ar de desconfiança.
- Está bem. Vou deixar passar.
- Obrigada - sorrio. Que tal a gente dá uma transando rápida agora de manhã, hein? Eu deixo tudo por sua conta.
Ele me olha e franze a testa.
- Não posso, tenho que trabalhar agora.
Reviro os olhos. Homem chato! Quando será que vou poder fazer sexo à vontade com o meu marido? Ele transa tão bem.
- Não fique chateada - ele pega meu queixo, e me beija com reverência.
- Eu preciso de você, Leonel. Estou falando sério.
- Eu sei. Tenha paciência. Hoje à noite te recompenso, prometo.
Abro um sorriso de orelha a orelha. Ele me beija, dessa vez com voracidade, e me prende em sua ereção. O beijo continua, ganhando volúpia. Transe comigo, transe comigo, Leo. Você é o melhor entre outros amantes que já tive. Ele me solta. Não!
- Não!
- Tenho que ir. Estou atrasado.
- Leo - exclamo.
- Tchau.
Ele me solta. Nossa, o idiota me deixou molhada e não fez nada. Droga!

Minha estúpida obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora