Meu celular pisca a luz vermelha na tela - sinal de que recebi uma mensagem de texto.
Lorenzo*
E aí, cara, onde vamos nos encontrar? Me ligue.Lorenzo é mais um dos meus colegas de faculdade. Ele é o mais espojando da turma. Esther o conhece, mas não conversa muito com ele. Disco o número dele no meu celular. Lorenzo atende na segunda chamada.
- Fala, Lorenzo.
- Já estou na boate com a galera. Cadê você, cara?
- Eu passei na minha casa antes de chegar aí.
- Pra quê?
- Pra resolver uma coisa. Ah... a parceira do idiota do nosso professor está comigo.
Ele ri ironicamente no telefone.
- O quê? - pergunto.
- Thaly, você está encrencado. Essa ruivinha é do doutor, meu velho. O que você quer com ela?
- Curtir. Ela muito gostosa - Rio.
- Rapaz, aquele professor é uma fera. Ele vai te amarrotar se souber.
- Estou me lixando com esse babaca. Ele que vá para a puta que pariu. A Esther não é propriedade de ninguém.
- Tem razão. Ele não é nada dela, é?
- Acho que não.
- Ahn. Você vem mesmo, cara?
- Vou.
- A festa está bombando com as músicas da banda Nickelback.
- Estou ouvindo o barulho.
- Vem logo, cara.
- Está bem. Até daqui a pouco.
Esther surge pela porta quando desligo o celular. Ela está muito apetitosa: usa um short preto, uma blusa branca caída no ombro esquerdo. À frente está escrito: Amo Rock. A blusa é curta também, expõe a barriga e o piercing no umbigo, e calça um All Star. Tudo combinando com o traje. Está muito melhor do que aquela roupa que ela estava usando agora a pouco. Os pulsos cobertos com pulseiras caveirinhas, no pescoço há um colar de ouro fino, o pingente é no formato de um L. L?... L de Leonel?
- Nossa, você está linda como roqueira.
Ela ri.
- Estou pronta para ir. Sua irmã me ajudou, ela disse que a gente vai curtir rock, é mesmo?
- É.
Sorrio. Ela franze a testa sem entender.
- Do que está rindo, Thaly Alberto?
- Você colocou lente preta nos olhos.
- E daí?
- E daí que não combina com o seu rosto. Parece uma garota revoltada com tudo.
- Ah, vamos logo - ela me puxa pelos braços.
Minha irmã me aborda no corredor.
- O que achou dos trajes dela, meu irmão?
- Ficou perfeito.
- Você está linda, Esther.
- Obrigada, Karen - ela sorri com doçura.
- Ah... - Karen tira a jaqueta da cômoda marrom, que fica no corredor. - ...sua jaqueta preta.
- Obrigada.
- Divirtam-se.
Dou um beijo nela e saio. Esther e eu caminhamos até a garagem de mãos dadas.
- Está frio - balbucia ela.
- Mas você não vai tirar essa roupa. Está linda assim.
- Eu posso pegar um resfriado, Thaly - rezinga.
- Não vai. Deixe de frescuras, Esther. Um friozinho desse não mata ninguém.
Montamos na moto.
- Está preparada?
- Estou.A BOATE bomba com o som do rock, que ecoa no âmago de cada pessoa que dança, eufórica. As músicas são da banda Nickelback, e no momento toca For The Rive. Ela é bem agitada, faz todo mundo pular do chão, levando os jovens à loucura.
Ouço gritarias, muitas gritarias. Atravessamos o centro da boate e paramos no open-bar. Faço um gesto com a mão para Esther se sentar em um dos bancos da bancada.
- Nossa, aqui está barulhento demais, não é mesmo?
- Sim.
O garçom me atende com uma máquina de passar cartão de crédito. Saco e pesso dois uísques com gelo.
- Thaly, ei! - Esther me chama pelo barulho da música.
- Diga.
Olho para ela.
- Eu não quero beber nada que tenha álcool, peça um coquetel de frutas, por favor.
Acabo dando uma gargalhada com o pedido.
- Esther, um gole de uísque não é nada. O que foi? Não aguenta?
- Não é isso, eu só não quero beber álcool.
- Olha, se não beber, ficarei muito chateado - uso a melhor arma para detê-la. Não sei se vai dar certo. Ela hesita. O garçom entrega as bebidas.
- Beba, vai - insisto.
- Mas...
- Por favor.
Lhe jogo um olhar franzino.
- Tudo bem, eu bebo.
E dá a primeira golada. Isso! Consegui. Ela vai sair daqui bêbada e vai parar na minha cama, eu tenho certeza.
- Quer comer alguma coisa?
- Não, obrigada.
- Você precisa comer, Esther. Está muito fraca.
- Não.
- Depois não diga que não avisei.
- Eu vou ficar bem. Almocei muito hoje e comi algumas bobagens à tarde.
- Ah.
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Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...