Ela sorri.
- Você é linda, Esther - sussurro meio ofegante.
O vaivém continua, devagar, bem devagar. Meus olhos penetram o dela, franzino.
- Vamos, Esther.
Ela franze as sobrancelhas. Quero ver você gozar. Me mexo um pouco mais rápido.
- Vá com calma - diz ela.
Tiro e coloco, repito os movimentos três vezes, mas mesmo assim, ela não chega no ponto.
- Ande - aviso com o olhar soturno. Estou começando a me irritar.
- Vamos - rosno entre dentes. Ela geme. Agora chega. Acelero. Acelero mais.
- Devagar - protesta.
Ergo ela acima da cama, jogando-a nas paredes, entro de novo brutalmente. Ela grita. As pernas estão abertas e estendidas em minha cintura, e eu continuo rapidamente, sem parar.
Agarro seu cabelo e puxo, ao mesmo tempo em que amordaço seu maxilar. Mordo forte, bem forte, puxo o cabelo dela para doer. Não tenha piedade.
- Por favor, Leonel. Ai!
Continuo o suplício, agarrando sua coxa, puxando os cabelos, mordendo até seu pescoço. Ela chega a um orgasmo. Meto com força de novo. Ela chega ao segundo, e depois de novo e de novo.
- Leonel - sussurra, enlouquecida.
Continuo amordaçando-a, grosso e bruto. Ela pede para eu manter a calma, mas ignoro-a.
- Você me irritou, me irritou - grito, dando-lhe um forte puxão de cabelo.
- Ai! Está doendo.
- Calada - acelero. Seus gemidos aumentam. Levo a mão em sua boca e fecho.
- Eu disse para ficar calada.
Ela me olha com medo. Forço a mão em sua boca, a respiração dela falha. Ela balbucia algo que não dá para ouvir. Não consegue respirar. Tiro a mão, e ela cai em meu ombro, arfando fundo.
- Não aguento mais - diz.
- Ainda é pouco, você me irritou, agora aguente.
- Não, por favor. Não!
- Cale a boca! - grito, jogando ela na cama.
- Você disse que a gente ia fazer amor.
- Estou me lixando com essa droga. Você me irritou - entro dentro dela, rápido e bruto. Acelero. Isso machuca.
- Devagar, seu idiota.
Idiota? Solto uma risada malvada. Você vai se arrepender disso, Srta. Winkler.O CAFÉ ESTÁ QUENTE e gostoso, Tânia preparou tudo antes de ir embora. Nem notei sua saída. Estou sentado com os braços expostos sobre a mármore do balcão, rodopiando a xícara de café nas mãos.
Uso uma calça jeans preta e uma camiseta azul escura. Nem pareço o doutor importante que todo mundo conhece.
Decido levar o café da manhã de Esther na cama. Será que ela já acordou? Abro a porta. Ela está se olhando no espelho do banheiro.
- Esther - chamo, esquivando a cabeça para o lado da porta. Ela está contemplando o corpo no espelho.
- O que foi?
Ela me olha, furiosa.
- Você ainda pergunta? É muita cara de pau mesmo.
- O que eu fiz dessa vez?
- Olha isso - ela se desvencilha do roupão, que escondia hematomas em todas as partes de seu corpo.
Arregalo os olhos. Nossa! Eu fiz isso? Não acredito. Os roxos pegam do pescoço até suas coxas.
- E agora?
Dou de ombros. Um sorriso se atreve a aparecer em minha face.
- Está satisfeito com a sujeira que fez?
- Bem, eu...
- Ai, que ódio! As pessoas vão notar - ela sai batendo o pé no chão, indo para o closet.
- Trouxe seu café da manhã.
Ela volta ao quarto, mal-humorada.
- Me desculpe, Esther.
- Você não estava fazendo amor ontem.
- Eu tentei, mas não deu certo.
- Você não sabe se controlar?
Baixo a cabeça.
- Às vezes. Esther, eu não gosto de fazer amor. Eu já disse a você. Fazer amor para mim é brochante.
- Pois saiba que eu odeio sua brutalidade na cama. Isso só demonstra sua covardia.
- Covardia? - franzo as sobrancelhas.
- Você me machuca toda hora. Não percebe?
- Não. Eu gosto de machucar todas as mulheres.
- Comigo você vai ter que mudar.
Rio. Ela me encara, zangada.
- Você é muito engraçada.
- Não tem graça nenhuma. Você vai parar com isso imediatamente.
- Nunca. Você vai ter que escalar montanhas para mudar meu jeito de fazer sexo. Eu adoro deixar você dolorida.
- Então, não quero mais. Estou cheia disso.
Fico boquiaberto. O que ela quer dizer com isso? Esther me olha.
- Quer dizer que não quer mais que eu te toque?
- Isso. Você entendeu.
- Tem certeza?
Ela hesita e senta na cama.
- Tenho.
- Ok.
Viro em direção à porta, saio sem olhar para trás. Eu tenho certeza de que ela vai implorar mais tarde e aí eu vou dar o troco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha estúpida obsessão
RomanceBruto, sexy, ambicioso, perigoso e amante da medicina. Isso define Leonel Blanchard, um médico sensual, que consegue jogar seu charme para cima de suas alunas. Linda, doce, pura e ingênua em relação aos homens. Esther Winkler é apenas uma adolescent...