Prólogo

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É tarde de outubro em Dourados e não noto nenhuma diferença deste dia para qualquer outro que esteja chegando, não vejo nenhuma palavra que possa definir esses infinitos instantes de monotonia.

Posso imaginar inúmeros jeitos de acabar me divertindo, mas nenhum deles agradaria a justiça, acredito que nenhum deles agradaria os olhos dos meus superiores, pois cada método ou modo que eu consiga prever para me divertir inclui torturar, machucar e ameaçar.

Toda a euforia de poder ouvir um grito desesperado em meus ouvidos faz meu sangue correr mais rápido e a ávida vontade de sangue volta a surgir em meio ao caos de meus pensamentos.

Estou recluso a dias ou talvez meses em um quarto de hotel de luxo, desfrutando das maravilhas que eu quiser ter, mas nenhuma delas se compara ao ímpeto de satisfazer minhas vontades mais sombrias e sanguinárias.

Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma nova aventura. De uma nova vítima.

Poderia eu recordar dos momentos da minha última tortura, onde cada lágrima que corria pelo rosto de Melany me traziam sensações inigualáveis, onde cada gemido de dor fazia minhas entranhas se apertarem de tanto prazer exposto em um momento de tortura. A loucura quase explícita em meu ser me deixa extasiado ou inebriado e perdido em emoções acolhedoras e reconfortantes.

Acredito que cada pessoa possui um hobby na vida e o meu?

Torturar.

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora