Capítulo 61

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- Não sei quantas mesas, então quero o restaurante fechado para nós, pelo menos para quando chegarmos.

- Fecharei durante meia hora apenas.

- Ok, para as onze e meia.

- Sim senhor! - desligo.

Termino de arrumar minha mala e ligo para Vitória.

- Pronta?

- Quase, que horas saímos? - olho no relógio e já são sete horas.

- Daqui meia hora, se arrume depressa!

- Mas Dimitry...

- Não precisa se arrumar toda, vista algo básico iremos para casa mesmo... - ouço ela bufar.

- Vou tomar um banho rápido e vou aí.

- Ok.

Tomo meu banho e visto uma bermuda cinza com uma camiseta preta, calço um chinelo e coloco uma blusa moletom por cima. Puxo a mala para fora do quarto e confiro o relógio,  já se passaram dez minutos das sete e meia e nada de Vitória aparecer, bufo.

Tranco o apartamento e desço com a mala, agradeço por meu pé  estar bom agora, pois realmente não estou com paciência para estar com dois ferimentos, já me basta a sutura no abdômen que aliás,  Vitória  não sabe.

Coloco a mala no bagageiro e saio do estacionamento, paro em frente ao prédio de Vitória e aguardo. Nada. Olho o relógio e já passaram vinte minutos, ligo  para Lys.

- Oi, vou me atrasar!

- Sem problemas senhor Richards...

- Ok, até  mais.

Saio do carro impaciente e pergunto ao porteiro o apartamento de Vitória,  digo quem sou e por incrível que pareça ele deixa eu subir, lógico que perguntei o porquê dele não me barrar e fico feliz em saber que Vitória deixou minha passagem livre, pois eu podia precisar dela.

Subo apressado no elevador e quando chego na porta do seu apartamento entro sem bater, ouço o barulho de secador e reviro os olhos, sigo o barulho e vou parar dentro do banheiro dela, tiro o secador da tomada e ele desliga, ela dá um grito e olha para trás levando a mão no coração.

Dou risada e ela larga o secador na pia e me acerta socos na barriga, agonizo de dor.

- Pare, Pare, pare... - aperto o local dos pontos do lado e respiro fundo cerrando os dentes.

- Ó meu Deus! Você está bem? - ela se aproxima e levanta a camiseta - O que é  isso Dimitry!? - ela esta assustada e surpresa.

- Briga no presídio...

- Um dia no presídio e você leva uma facada? Se tivesse que ficar preso estaria morto!  - ela me repreende.

- Ei! Não foi minha culpa. - me defendo e pego a mão dela - Vamos!

- Não, deixa eu secar meu cabelo direito!  - ela realmente está assustadora com o cabelo todo armado, mas a paciência acabou.

- Está ótimo assim, só  penteia e vamos, cadê sua mala? - solto a mão dela.

- No quarto. - ela volta para o banheiro e sigo para o outro cômodo,  encontro a mala dela e caminho em direção a porta do apartamento, não demora muito para ela sair do banheiro mais aceitável. Fico aliviado por ela não estar vestindo algo extravagante como da vez que saímos com Karoline, apenas uma blusa sem manga e uma calça de algodão.

-Coloca uma blusa de frio. - ela passa por mim e se abaixa perto da mala, abre um pequeno buraco e puxa uma blusa de frio fininha, jogo a cabeça de lado - Fina demais! Não vai dar não.

- Dá sim! É só até chegarmos lá. - dou de ombros, ela veste e saímos.

Ao chegar embaixo coloco a mala dela nos bancos de trás, Vitória entra, termino de arrumar a mala no banco e entro em seguida.

- Vamos passar na Lys para pegar a chave da casa e passar em uma lanchonete para comer algo antes de ir. - ligo o carro  e seguimos.

Chegando na casa da Lys, peço para Vitória esperar e sigo para a porta da casa de Lys, bato na porta e aguardo, não demora muito para ela abrir.

- Vai de noite mesmo? - ela pergunta.

- Acho melhor, quero estar lá quando as crianças chegarem... Obrigado Lys, até mais. - me viro e Saio.

Passamos na lanchonete e comemos algo rapidamente, chamo o rapaz da conta e olho para Vitória que parece ter frio, reviro os olhos "Odeio avisar e a pessoa por teimosia não me escutar!" Bufo. Retiro meu moletom e estendo para ela que pega toda animada.

- Da próxima vez me ouve! - digo bravo e ela acaba ficando séria novamente.

Seguimos viagem de Dourados a Campo grande, Vitória  dorme a metade do caminho para chegar e como saímos de lá as nove horas acabamos chegando meia noite em Campo grande.

Adquiri uma casa em bairro renomado com sete quartos e três banheiros.

Chegando finalmente abro o portão, estaciono o conversível, Vitória está em um sono pesado, pois não acordou, fecho o portão e admito estar ansioso para ver como Lys deixou a decoração da casa e dos quartos, pedi para que ela não arrumasse os quartos, pois queria que as crianças chegassem primeiro e creio que Vitória fará isso sem nenhum problema.

Abro a porta do carro do lado de Vitória e balanço ela para que acorde.

- Chegamos! - ela abre os olhos sonolenta,  uso a lanterna do celular para seguir o caminho, entramos na casa e fecho a porta, acendo a luz e admiro a sala.

- Ual! Bem formal aqui! - sorrio e concordo com Vitória.

- Ficou lindo! - admito, a sala está toda em tons preto e branco, sofás pretos de couro e móveis pretos em sua maioria, cortinas brancas.

Creio que a casa inteira seja nesse estilo, somente há um quarto que pedi que ela arrumasse e creio que deixou nos tons neutros como gosto, volto para trás e abro a porta, pego as malas e coloco para dentro, Vitória foi conhecer a casa e claro que o serviço ficou todo comigo.

Subo as malas para o andar de cima, a escadaria fica no canto da sala e é em espiral, as luzes que iluminam ficam por debaixo de cada degrau da escada e são em tons azulados, dando um ar de modernismo.

Desço novamente.

- Vitória! - chamo e espero ela chegar.

- Aqui é  lindo! - ela sorri - As crianças vão amar!

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora