Acordo minutos antes dela e cubro seu corpo, desamarro suas mãos, assim que seus braços estão livres ela se move e se aproxima de mim, continua dormindo.
Sinto-me satisfeito o suficiente para não querer a presença de nenhuma outra mulher durante o restante da semana.
Acabo adormecendo novamente.
***
Acordo novamente assustado, revivi em um pesadelo terrível as cenas que me atormentam ainda hoje.
Me desvencilho da garota e levanto colocando meus cotovelos apoiados nos joelhos. Depois de um longo tempo assim decido acordar a garota e tirar ela do meu quarto, o simples fato de ter uma garota deitada na minha cama faz minha cabeça girar e uma tontura chegar.
Creio que por conta do sonho conturbado, eu esteja querendo me ver longe de qualquer pessoa que respire. De qualquer garota que já tenha vida sexual ativa e tenha perdido a inocência de quando era apenas uma criança.
Me aproximo da garota e pressiono um dedo em seu clitóris, ela solta um gemido e abre os olhos sorrindo, sinceramente não estou querendo fazer nada de que me arrependa depois.
Prefiro uma garota por noite, sendo assim prefiro tratá-la como trato toda a humanidade quando não preciso dela. Frieza. Manipulação.
- Hora de ir para casa... - digo indiferente. Ela para de sorrir e se senta na cama.
- Já? - ela faz bico. Reviro os olhos.
- Não estou me sentindo bem, então... - dou de ombros. Ela assente e se levanta lentamente, suas costas estão marcadas em um vermelho adorável, sinto uma leve satisfação.
Ela recolhe suas roupas do chão.
- Eu faço isso. - digo em tom autoritário, ela me olha de soslaio.
- Eu mesma faço! - ela começa a vestir a roupa íntima, mas caminho até ela e agarro a calcinha - Me devolve! - ela grita, solto uma gargalhada.
- Está brava? - pergunto jogando a cabeça para o lado.
- Só me devolve, ok? - fecho o olhar, meu humor não esta nada bom e o fato de estar sendo contrariado está me deixando mais nervoso ainda, me abaixo entre suas pernas e apoio minhas mãos em suas coxas olhando diretamente para os olhos dela.
- Eu faço isso. - digo. Vejo os olhos dela seguirem cada movimento meu, sem quebrar o contato visual coloco sua roupa íntima. Subo lentamente passeando com os dedos pelas suas pernas e quando chego as coxas, me firmo sobre os ajoelho - de pé! - ela obedece imediatamente e termino de vesti-la.
Me levanto e caminho pelo quarto recolhendo suas roupas e visto cada peça, ao final sei que na verdade ela gostaria de não estar com tantas roupas, mas não me importo com as vontades dela. Não no momento.
Junto minhas roupas e sigo para o banheiro, tomo um banho rápido e me visto.
- Pronta? - pergunto checando meu celular e colocando no bolso, ela assente e seguimos para fora do apartamento.
***
Hoje o dia está mais quente minha vontade no momento se resume em trabalhar e agradeço por ainda ser bem cedo, ou seja, não vou me atrasar para o serviço.
Vez ou outra olho para a garota que está me indicando o caminho para sua casa, sinto uma certa repulsa por ver a garota ao meu lado, talvez as lembranças da ordinária estejam mais fortes do que nunca hoje.
Estaciono em frente a um hotel pequeno e sem graça e imagino que as condições financeiras dela não sejam tão agradáveis assim, ela me olha uma vez mais antes de sair do carro e bater a porta, sei que provavelmente ela está imaginando que seria um ótimo partido para apresentar aos pais dela enquanto finjo ser um cara normal e sem nenhum problema, além de esconder meus gostos peculiares enquanto tenho uma mulher em minhas mãos.
Acelero e sigo para a empresa, aliás tenho que ir a companhia e fechar um negócio importante hoje. Não demora muito e chego a empresa, entro em meu escritório sem nem olhar para os lados, acredito que Lys virá me trazer os dados que pedi.
Ouço a toques a porta e Lys abre a porta com cuidado, aceno com a mão para que ela entre e se sente.
- Bom dia Lys - digo em tom dissimulado, ela me olha assustada e lanço um sorriso assustador.
- Bom dia se-senhor! - ela aperta a pasta em suas mãos e coloca sobre a mesa - Aqui estão os dados dá construtora que o senhor pediu e também dos fornecedores, e gostaria de lembrar que a reunião é às três horas hoje. - pego a pasta da mesa e analiso cada detalhe minuciosamente antes de fecha-la e começar.
- Excelente trabalho Lys, poderia te recompensar sem nenhum problema certo? - sorrio e vejo seu rosto corar, sei que a imaginação dela voou mais longe do que eu queria - com dinheiro claro! - começo a gargalhar e vejo que ela está se sentindo incomodada, me levanto e paro atrás do encosto da cadeira dela - Não recomendo começar a imaginar que está comigo em uma cama Lys - digo friamente - teria que demitir você! - termino.
- Eu não estava... Não estava imaginando nada disso senhor! - ela se levanta e olha para mim envergonhada, deveria sentir pena, mas a única coisa que sinto é prazer ao ver ela encurralada e traída pelos seus próprios pensamentos, vejo seus olhos ficarem marejados e reviro os olhos.
- Pode se retirar! - digo com desprezo e aponto para a porta, mas antes que ela saia - Lys! - ela olha para trás - a garota começa a trabalhar quando? Talvez eu saia do seu pé e decida depositar toda minha raiva nela! - digo cruzando os braços.
- Hoje a tarde senhor Richards! - ela engole seco e sai fechando a porta.
Suspiro e fecho os olhos, já posso sentir a emoção dominar meu ser, sentir o prazer de transformar a vida dela em um caos completo. Farei com que ela sinta-se atraída o suficiente para ser humilhada e pisada como uma barata.
Passo o restante da manhã organizando os papéis necessários para a construtora começar o serviço nos hotéis e preparo meu melhor discurso para a companhia de carros.
Peço meu almoço para Lys pelo interfone e almoço calmamente até ser interrompido pelo toque do celular.
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Abominável - A lei da Atração
RomansaTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...