Acordo com o estômago embrulhando e corro para o banheiro, vomito tudo que comi durante o dia, me sinto fraco, dou descarga e me encosto na borda do vaso. "Que gosto ruim!" Depois de um tempo me esforço e levanto, escovo os dentes para tirar o gosto ruim da boca.
Volto para o quarto lentamente. Olho no relógio e ainda são duas da manhã. Meu estômago volta a embrulhar. Corro para o banheiro e vomito mais, acabo tossindo e fecho a tampa em seguida apoiando a cabeça na tampa. Respiro fundo e dou descarga.
Escovo os dentes novamente. Saio rapidamente, pois não me sinto bem, me jogo na cama de bruços e fecho os olhos. Meu corpo treme e estou suando frio. Pisco várias vezes seguidas e a tosse volta. "Será que estou gripando?"
Adormeço.
***
Acordo com Vitória me balançando, meu corpo está pesado e sinto muito frio.
- Dimitry você está queimando em febre.
- Me deixa...- digo enquanto afasto a mão dela de mim, me embrulho mais.
- Para de ser infantil! - ela está sentada na cama, me arrasto para o colo dela e coloco meus braços em volta- Dimitry você está delirando?
- Não! Estou bem! Só estou cansado, me deixa aqui quietinho. - ela me afasta e se levanta - Não Vai! Volta! Fica comigo! Eu prometo me comportar! - digo.
- Fique aí, vou pegar uma toalha e panos quentes já que ainda não amanheceu...
- Que horas são? - Não ouço mais nada e adormeço. Sinto algo molhado tocar minha testa, mas é tão quente que me sinto bem. Abro os olhos e vejo a imagem de Vitória embaçada. - Amanheceu? - ela me olha por um momento.
- Ainda são quatro e meia da manhã. - franzo o cenho e tiro a toalha da testa, puxo ela e algo vai no chão. - Dimitry! - Vitória grita comigo, ela acaba caindo sobre mim e envolvo ela em meus braços - Você derramou toda a água no chão! Demorei para esquentar, sabia?! - ela parece zangada.
- Eu estou bem. Volta para a cama. - ela bufa e se levanta me deixando sozinho. A luz do quarto some e depois de alguns instantes ela está do meu lado.
- Não gosto de te ver assim, parece muito fragil...
- Não sou frágil. - afirmo e encosto minha testa na dela, agarro suas mãos e entrelaço meus dedos.
- Você está tão quente, estou preocupada. - balanço a cabeça para ela parar.
- Dorme... Você está me irritando. - fecho meus olhos. Adormeço.
Acordo novamente com alguém acariciando meus cabelos e agarro o braço rapidamente. Sinto uma forte dor de cabeça e me sinto fraco, meu corpo dói e sinto muito frio. Abro os olhos e vejo Vitória me observando. Solto o braço dela e me encolho na cama.
- Está Melhor? - Me cubro totalmente e fico quieto para que ela não me olhe, a tosse volta e me encolho mais.
- Dimitry estou preocupada! - ela faz sinal para levantar e seguro seu braço rapidamente, descubro a cabeça.
- Não sai. - ela me olha por um instante, suspira e se senta. Me agarro a ela.
- Você está queimando em febre, se continuar assim vai acabar começando a ter delírios. - Sinto meu estômago embrulhar e levanto apressado. Corro cambaleando para o banheiro e vomito novamente.
Vitória me ajuda a levantar e puxa a descarga, escovo os dentes me apoiando na pia e quase não consigo parar em pé.
- Vou te deixar um pouco sozinho, mas já volto. - ela me acompanha até a cama e me cobre, antes dela sair seguro sua mão.
- Já Amanheceu? - ela assente.
- São sete e meia. - ela tenta puxar a mão e seguro com minhas duas mãos para que ela não se solte, me sinto fraco.
- Não me deixa... - murmuro.
- Mas você precisa de ajuda... - ela parece preocupada.
- Fica comigo. Não sai daqui. - ela me encara e se senta revirando os olhos.
- Você parece uma criança quando está doente! - não entendo a raiva dela e quando ela senta pulo para o meio de suas pernas e deito minha cabeça em uma coxa, agarro ela e uso de travesseiro- Dimitry... - resmungo - Não sei se é um bom jeito para você ficar deitado. - ignoro e acabo dormindo.
Acordo novamente com Vitória se mexendo, não abro os olhos, apenas escuto.
- Oi Rafa! Tem como pedir para o doutor vir aqui e peça para Ney ir á farmácia comprar remédio para a febre.
- Ele está bem?
- Não... Não quer me soltar por nada e está queimando em febre, não sei mais o que fazer, só não quero deixar ele sozinho. - sinto um alívio, pois realmente não quero que ela saía. Sinto uma mão na minha testa e abro os olhos lentamente.
- Bom dia Rafa! - ela sorri.
- Como se sente? - Me aperto na perna de Vitória.
- Ei! - Vitória grita de novo - Pare de agir dessa forma! - me encolho e escondo o rosto nas coxas de Vitória. - Viu? Ele age como uma criança de cinco anos. Espera... - Vitória tenta se mover - É isso! Como não percebi. - ela tenta sair - Dimitry me larga agora! - ela realmente está brava - Se não largar vou te bater ... - Me aperto mais e olho para ela, ela cora e desvia o olhar - Você está agindo assim por medo. Medo que alguém te machuque porque está frágil não é? - ela afaga meu cabelo e depois olha para Rafa - Vá depressa, ele não está bem... - encaro ela e depois dou um beijo em sua coxa.
- Não sai daqui, por favor... - ela volta a acariciar meu cabelo.
- Está tudo bem, não vou sair, pode me soltar. Acredite em mim. - sinto meu corpo tremer e solto Vitória .
Deito de bruços e fecho os olhos. Adormeço. Sinto algo gelado tocar o meio das minhas costas. Acordo e abro os olhos estapeando a cama "Ela se foi?! Por que ela mentiu?"
Me esforço para levantar e olho para o lado. Tem um homem aqui dentro, mas ele está sozinho. Me afasto dele.
- Dimitry sou seu médico! - nego com a cabeça, ele se levanta e sai do quarto, volta com Vitória. Ela se senta na cama, me sento também e seguro sua mão, dou um beijo em sua bochecha.
- Você prometeu ficar aqui, não minta para mim!
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Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...